O perfil médio da mulher condutora

Fique a conhecer alguns factos interessantes reunidos em alguns estudos europeus e australianos.

-25% têm entre 18 e 34 anos e fazem gestos rudes para os outros motoristas
- Nos Estados Unidos 92% comem, 72% maquilha-se e 65% penteiam-se nos seus carros
- Um estudo realizado no Reino Unido descobriu que, enquanto 50% dos homens dispende cerca de cinco horas por mês a tratar do carro, cerca de metade das mulheres entrevistadas não lhe dedicam tempo algum
- 60% de um grupo de mulheres entrevistado para uma pesquisa admitiu discutir com o companheiro cada vez que estão em filas de trânsito
- Em média, as mulheres conduzem 12,874 km num ano
- A média das mulheres conduz sozinha em apenas 46% das viagens
- Uma condutora lavará um carro somente 413 vezes durante a vida

TVi

Master and Commander - O lado longínquo do mundo

Jack Aubrey (Russel Crowe) mais conhecido como Lucky Jack é o comandante de um navio britânico que recebe ordens para impedir o alastramento da guerra no Atlântico sul. Estamos em 1805 e a Inglaterra tenta a todo o custo travar Napoleão. O navio a abater é uma fragata corsária bem mais poderosa que o navio comandado por Aubrey. Os dois comandantes igualam-se na sua coragem e conhecimentos da arte da guerra naval.

Pelo meio fica a eterna questão... cumprir o dever a todo o custo ? a qualquer preço ?

Para além da agradável surpresa de ouvir Paul Bettany (Dr. Stephen Maturin) a falar português com uma pronuncia quase correcta para se entender com os brasileiros com quem trocam mercadorias, destaque para o jovem heroi Lord Blakeney magnificamente interpretado por Max Purkis de apenas treze anos de idade.

Um filme a ver, mas não indispensável.

"OS FUGITIVOS" DE ANDRÉ TÉCHINÉ


André Téchiné um dos nomes incontornáveis do cinema francês, está de regresso aos nossos écrans com "Os Fugitivos". Estamos no ano de 1940 e Odile (Emmanuelle Béart) acompanha com os seus dois filhos, Philip e Cathy, uma das muitas colunas de refugiados da invasão alemã, acabando por se cruzar com Yann (Gaspar Ulliel) um jovem fugido de um reformatório.

Depois do fabuloso "Longe" Téchiné pisa as areias movediças da célebre "qualidade francesa", para o melhor e pior que esta marca representa, mas a sua direcção de actores continua a ser uma das referências deste cineasta, assim como aquela câmara nervosa, fazendo lembrar, o genial François Truffaut, no entanto o golpe de asa possibilitador do voo, não surge...porque Téchiné prefere ficar no território daquele período amargo da História de França...o conformismo.

O MEU AMIGO PAUL AUSTER

Paul Auster está de volta...ainda não é o seu novo book...é verdade já anda um a subir e a descer as escadas daquela casinha em Brooklin...onde a Siri também escreve os seus livros...e as crianças brincam com o cão que inspirou o Mr.Boones...mas o que me trás aqui neste post é a reedição de "Leviathan"...numa excelente edição da Asa...parece que alguns editores começam a entender que os livros também se devoram com o olhar...

"Leviathan" editado em 1992...poderia ter sido escrito durante o presente ano...tendo em conta os recentes acontecimentos na América e no Mundo..mas Paul no seu livro fala de Benamin Sachs...alguém que explodiu algures numa estrada...mais uma personagem coberta de pequenas solidões ...como é habitual na obra do escritor...e será Peter Aaron o narrador que nos irá conduzir ao percurso desta estranha figura, em tempos promissor romancista...e nunca se esqueçam meus amigos...que Paul Auster é o autor do livro mais triste que li em toda a minha pequena vida..."No País das Últimas Coisas"..dele falarei numa outra oportunidade...

PS- Vou dar a palavra ao Bichinho...a Faber & Faber reuniu num grosso volume em hard-cover todos os trabalhos de não ficção do autor...no entanto mais de metade do livro poderá ser encontrado em edição nacional...Bichinho!!!! já chega...os posts não podem ser muito grandes e vê lá se aprendes a colocar fotografias para me ajudares...tá!!!

BOOKS/LIVROS/....AS NOVIDADES PARA O NATAL

Cuidado com as bolsas!!!!!!!Espero que já tenham reparado na edição cuidada de "Em Busca do Tempo Perdido"da Relógio d'Água...O 4ºVolume está a chegar...e esta obra é mesmo para ler...porque é simplesmente Literatura, não é para enfeitar a estante.

Depois temos os policiais...sim os policiais!!!da Patricia Cornwell...não conhecem?vão surgir dois books...o do Jack...e claro o célebre "O Cemitério dos Sem Nome"... recomendamos!!!!

Já sabemos que gosta de Rainer Maria Rilke, mas por acaso conhece "As Anotações de Malte Laurids Briggs"?...já agora para lhe fazer companhia aproveite os livros sobre pintores editados pela Quimera...Picasso, Chagal, Miró...e faça uma viagem simultânea...vai ver que vale a pena.

Já que estamos na pintura...por acaso reparou no êxito que tem sido o "Noa Noa" de Gauguin...começou com aquela bela edição da & etc...era eu pequenino e depois a Assírio e Alvim reeditou...e esgotou...agora, meus caros amigos está de volta...nova edição....é imperdoável o desconhecimento!

Nós por cá, cansados de política deixámos de ler/ver noticias sobre a matéria...mas uma saltada até "A Minha História" de Hillary Clinton recomenda-se, só pelo facto de a senhora der sido convidada a sair de um célebre salão de chá em Nova Iorque porque estava muito bem disposta...ou seja tinha um comportamento de uma pessoa normal...
merece que se faça uma viagem com ela...nem que seja uma leitura rapidinha na fnac..entre dois cafés.

E a terminar...uma sugestão...que poderá ser uma descoberta...o pensamento de Delleuze...aproveite e leia as "Conversações" do cavalheiro...livro que reúne apenas entrevistas...e que os grandes temas são...a filosofia e o pensamento contemporâneo e...o cinema!!!!!!!!!!

Do meu amigo Paul Auster falo em post exclusivo...Hi!hi!

É já no dia 1, no Rivoli, e no dia 2, no CCB, que a voz potente de Jacinta pode de novo ser ouvida em Portugal acompanhada por Laurent Filipe, o trompetista que a lançou no CD de tributo a Bessie Smith.

Para além de Laurent Filipe, a cantora de jazz portuguesa far-se-á acompanhar pelos músicos Rob Roth (saxofone), Leonard Thompson (piano), Dan Robbins (contrabaixo) e o português Mário Barreiros (bateria).

Os preços oscilam entre os 10 e os 20 euros, mas para ouvires alguma da sua música basta vires aqui.

Stand Up Tragedy

Esta peça, com Tiago Rodrigues, de Nuno Costa Santos e Luís Filipe Borges (todos eles bloggers) tem um bom argumento de fundo, um comediante de sucesso de stand up comedy que um dia não consegue prosseguir com o espectáculo. Faz então o flash-back da sua vida, do palhacinho de casa, ao piadista da turma até chegar ao estrelato.
Mas a vida traz tragédias e mesmo com essas, ou principalmente com essas torna-se necessário fazer humor. O humor descamba em tragédia...

No entanto, sai do Maria Matos com a sensação que faltava algo, seria ritmo, seria uma maior dramaticidade na parte trágica. Sinto que falta algo para que o contraste humor-tragédia ganhasse a vida que merecia e o espectáculo fosse um sucesso.

o bico do flamingo encarnado revolve o lodo

pequenos lagos de um grande oceano atiram
pedras para o mundo enquanto a maré pede permissão
à lua para se retirar cabisbaixa
e as sete ondas vivas adormecem no alto mar

o sol espraia-se nos seus picos percorrendo em
bicos de pés o caminho que o afasta da praia
e as pulgas da areia enterradas no lodo levantam
o pescoço observando o negrume

revolvido pelo bico do flamingo encarnado o lodo cobre-lhes as mentes despidas orientando-lhes os
rostos e os corpos para longe da morte

mas o bico do flamingo encarnado continuará a sua procura

Jorge Reis-Sá
in à memória das pulgas da areia
Quasi Edições

Recomendo a visita ao blog do simpático autor, que é o Jorge Reis-Sá, clica aqui

Fica comigo esta noite, é o título do último livro de Inês Pedrosa. A autora mantém a sua deliciosa prosa poética em 10 contos, sobre o amor, traição, paixão, desejo, sexo, morte e muitos mais sentimentos que fazem a vida continuar.
Mais uma bela pérola portuguesa literária. A ler, sem sombra de dúvida.

Para que ela acorde logo bem disposta... ficam aqui umas coisinhas que ela gosta...

Parabéns Cristina



A nossa Cristina faz anos amanhã, dia 27 de Novembro. Está quase...
Parabéns e muitas felicidades :)

Colômbia, 26 de Novembro

Dolores já não sente os pés. O medo deu lugar ao cansaço, mas o orgulho e a vontade firme mantêm-se bem visíveis no seu rosto.
À sua volta, na mesma marcha, muitas mulheres. Três mil talvez. Embrenham-se pela zona de guerrilha em pleno coração da Colômbia, em locais onde a policía e os soldados não se atrevem a entrar.
Mas veiem sós. Sem escolta. Como única arma a voz atravessada na garganta e a vontade de dizer ao mundo: Basta !
Dolores perdeu o marido e o filho. Assasssinados. Mas Dolores não perdeu a dignidade e aínda acredita que três mil mulheres podem ensinar algo ao mundo.
Eu acredito nela, acredito nelas, e é também para poder divulgar este tipo de acções que vale a pena ter um blog.

Azuis Surrealistas

Joan Miró

A criatividade ao serviço de uma causa

Para os fans do Matrix ou para aqueles que defendem os direitos dos animais, este link é imperdível.

Luís Costa Pires em tertúlia literária


O escritor Luís Costa Pires vai estar presente, no próximo domingo, dia 30 de Novembro, véspera de feriado, em Odivelas, no bar BY, para falar da sua obra e dos seus livros, com especial relevo para o seu último romance, “Mandrágora”, publicado pela Editorial Notícias no final do ano passado.

Na tertúlia, a ter lugar neste espaço de grande beleza, vai estar também presente um violinista para aumentar a qualidade do ambiente, bem como outros poetas e actores que irão dizer poesia e textos poéticos de Luís Costa Pires e de outros autores.

Depois de “A Rainha de Copas” (prémio Prosas de Estreia) e “Depois da Noite”, “Mandrágora” foi o último romance que Luís Costa Pires publicou, ainda antes da recente aventura de publicação da peça de teatro “A Desconstrução da Alma”, já estreada e a ser agora ensaiada para os palcos lisboetas, em Março de 2004. Trata-se de um livro polémico e provocador, que mistura uma boa dose de erotismo e reflexões sobre a igreja e a sociedade portuguesa, com os seus tabús e falta de fraternidade. Segundo o autor, é um livro que apela ao “livre-arbítrio e à coragem de cada um seguir o seu destino”.

Recebi este simpático convite do Luís Costa Pires, aqui fica para quem estiver interessado, eu li o Mandrágora, e gostei muito!

O Luís também tem um blog. Cliquem aqui.

5.000

Hoje ultrapassamos a barreira dos 5.000 visitantes contados como um visitante, um dia, ou seja mais que uma visita no mesmo dia pelo mesmo visitante só conta uma vez. São muitos ? São poucos ? Não andamos à procura de tops até porque sabemos que muita vez os primeiros lugares nos tops são sempre ocupados pela mediocridade, mas é bom saber que há quem venha ao nosso Farol e principalmente que após uma primeira visita, tantas vezes ao acaso, se tornam leitores fieis.

Obrigado por isso e não se esqueçam que temos sempre um mail ao vosso dispor para deixarem uma opinião, sugestão ou o que vos aprouver, e claro: os comentários ou farolices em cada post.

Mystic River

Eu arrisco a dizer que é o meu filme do ano de 2003, se já o livro de Dennis Lehane me prendeu a atenção e o li num fôlego, o filme foi visto com as lágrimas por vezes a marejarem nos olhos.

Mas vamos ao filme, realizado por Clint Eastwood, que conta com Sean Penn (Jimmy), Tim Robins (Dave), Kevin Bacon (Sean), Laura Linney (Annabeth), Marcia Gay Harden (Celeste) e Laurence Fishburne.

Uma trama policial carregado de um drama intenso, um retrato de uma sociedade americana, Clint “pinta-nos” um duro quadro no grande écran, com uma narrativa perfeita. Todos os actores estão perfeitos, mas Sean Penn está grandioso no seu papel.

Uma história de três amigos que acabam por se afastar devido a um acontecimento dramático vivido por Dave. As vidas continuam, mas ficam sempre marcadas, até que 20 anos depois mais um trágico acidente os reune, o assassinio da filha mais velha de Jimmy. E de novo a mágoa vem ao de cima, e os fantasmas regressam ao presente. Podia falar mais deste filme, mas tudo seria pouco, por isso não deixe de ver, este Mistico Rio que nunca mais será o mesmo.

Palomar

O último romance escrito por Italo Calvino, um dos mais conhecidos escritores italianos da última geração, ainda que tendo nascido em Cuba, apresenta-nos o senhor Palomar: um homem que aproveita todo e qualquer pretexto para reflectir sobre a vida e da sua pequenez face ao universo. De facto Palomar sofre de um incurável sentido de observação e de complexo de inferioridade. Um livro diferente, mas que recomendo.

Numa época em que a intolerância dos mais velhos em relação aos jovens e dos jovens em relação aos mais velhos chegou ao cúmulo, em que os mais velhos não fazem outra coisa senão acumular argumentos para dizerem finalmente aos jovens aquilo que eles merecem, e os jovens não esperam mais do que estas ocasiões para demonstrarem que os mais velhos não percebem nada, o senhor Palomar não consegue articular uma palavra. Se, por vezes, tenta intervir, apercebe-se de que todos estão demasiados acalorados com as teses que estão a defender para ligarem àquilo que ele está a tentar esclarecer a si próprio.

Galináceos na Teatroesfera

Eu fui ver o teatro dos Galináceos. Eu gostei, e as personagens eram engraçadas, havia três galinhas e um galo. Elas viviam num carro antigo e havia muita música e alegria!

Ricardo Farinha - 8 anos


Teatro dos Galináceos eram três galinhas e um pinto. Eu gostei e eles viviam num carro abandonado com um farol estragado e também as três galinhas e o pinto queriam andar de carro mas não conseguiam. Eles tinham encontrado um postal que achavam muito lindo e o pinto queria ir a esse convite que estava lá no postal. Eles eram muito malucos e depois estavam a ir a pé, depois a andar de carro, depois a ir a pé e depois a andar de carro.

Gonçalo Farinha - 5 anos.

AVENTURAS NO MUNDO DA ARTE

Alexandre Melo regressa às livrarias com mais um título "Aventuras no Mundo da Arte" uma obra que recolhe escritos provenientes das mais diversas áreas, mas com grande incidência nas artes plásticas como não podia deixar de ser.

Este livro é composto por textos escritos ao longo de vinte anos, oferecendo um leque bastante vasto de experiências no mundo da arte contemporânea...temos assim uma excelente oportunidade para rever o pensamento de Alexandre Melo, que é sem dúvida o mais interessante crítico de arte contemporânea.

As suas críticas surgiram junto do grande público nos tempos em que Mega Ferreira era chefe de redacção do JL, e muitos foram os textos assinados por uma dupla que deixou saudades - Alexandre Melo/Tereza Coelho..que recentemente contaram no "Público" como se conheceram na exibição de "India Song" de Margueritte Duras. Depois a sua colaboração com o "Expresso" e também em diversas revistas internacionais e vários livros publicados...para além da intervenção em diversos catálogos.

Se deseja mesmo fazer uma verdadeira descoberta no "prazer da leitura" de que falava Rolland Barthes, leia os textos que compõem este livro...e depois siga a sugestão de alguns faroleiros deste Farol...faça uma viagem até ao CCB e veja a exposição de Noronha da Costa...Ah! mas antes de entrar compre "Aventuras no Mundo da Arte", não se vai arrepender,

PS - O Bichinho recomenda "Velocidades Contemporâneas" também do Alexandre Melo, editado pela Assírio & Alvim, está a dizer que é óptimo para ler na IC19 em dias de chuva...Ah!!!! Bichinho!!!!!!!!!!!!!!!

Circus Maximum

Panem et circenses faz lembrar, em tempos mais recentes, uma trilogia com três “efes”. Ainda se lembram ou ouviram falar? Deles, dizem que ficou o futebol. Não sendo alimento, mesmo em sentido figurado, pelo menos para a maioria, poderá significar hoje uma espécie de circus maximum? Quando a auto estima dos portugueses anda nos mínimos, o Euro 2004 poderá dar-nos algum alento? E se a nossa equipa perder? Não vem sofrendo já desse síndroma, da pressão de uma vitória antecipada? Os novos estádios são imponentes e até alguns ferozes críticos se renderam à evidência. Mas devemos esquecer o seu impacto numa das crises mais graves que alguma vez Portugal experimentou? Como se explica que, apesar da evidente redução do rendimento familiar, os estádios estejam cheios? É verdade que o futebol é, cada vez mais, uma válvula de escape? Que ultrapassou o campo desportivo para se transformar num fenómeno complexo? Será que hoje, tal como no passado, se tende a usar este espectáculo desportivo como forma, senão de alienação das massas, pelo menos como lenitivo dos problemas de fundo que os políticos não conseguem resolver? São apenas algumas questões para o debate que se sugere. Vamos a isso?

Azuis

Mais uma foto do gato Pinóquio e da cadela Nikita. Desta vez em tons de azul. Não é um azul do Noronha da Costa, mas também é bonito.
Bom fim de semana a todos.

FelizCIDADES: Antiga Fábrica de Lâmpadas Transformada em "Lofts"
Por ANA HENRIQUES
Quarta-feira, 19 de Novembro de 2003

Não resisiti a deixar aqui esta notícia...
A antiga fábrica de lâmpadas Osram, na Av. 24 de Julho, em Lisboa, conseguiu escapar à fúria demolidora de que estão a ser alvo muitas antigas instalações fabris desta zona da cidade. Foi transformada em "lofts", ou seja, em apartamentos onde as tradicionais assoalhadas dão lugar a um único espaço aberto. Os felizardos que conseguiram ficar com as casas mais pequenas - com uma área de 80 metros quadrados - pagaram 140 mil euros há cerca de três anos. Os 77 apartamentos da antiga fábrica de lâmpadas, um projecto dos arquitectos Raul Abreu e Miguel Varela Gomes, no qual participou o especialista em estruturas João Appleton, só deverão ficar prontos no início do ano que vem. Mas desenganem-se os que pensam que ainda vão a tempo de adquirir um destes luminosos "open spaces" com "mezzanine" incluída: as únicas casas que ainda não encontraram dono são as de maiores dimensões, de 258 e 396 metros quadrados. Custam, respectivamente, 484 e 675 mil euros. Resta ao comum dos mortais deliciar-se com a bela fachada dos anos 20 agora recuperada em cinzento e amarelo, onde há um magnífico painel de azulejos da Fábrica Viúva Lamego, de inspiração Arte Nova. Acabaram-se assim os dias de abandono da velha fábrica, que chegou a servir de residência a muitos toxicodependentes. Só é pena que muitas das antigas instalações fabris entre a Av. 24 de Julho e Alcântara não tenham semelhante destino, parecendo estar fadadas para servir de pasto ao camartelo.
Este texto foi enviado pela Sofia. Obrigado:)

S. Nicolau de Mira - o Pai Natal



Mais conhecido nos países anglo-saxónicos por Santa Claus, o equivalente ao Pai Natal, foi Bispo de Mira, na Turquia, durante o século IV. Diz-se que salvou três raparigas da prostituição dando-lhes três sacos de ouro para os seus dotes, que salvou da morte três homens injustamente condenados, sendo a lenda mais conhecida aquela que trouxe à vida três rapazes que tinham sido assassinados por um talhante e escondidos numa cuba de farelo. Muitos dos seus padroados derivam destas histórias, sendo mais popular como padroeiro das crianças. A tradição antiga, nos Países Baixos, de dar presentes às crianças no dia da sua festa – um dos muitos costumes locais que surgiram como parte do seu culto – é a origem da sua metamorfose moderna em Pai Natal. Os colonos holandeses na América do Norte misturaram lendas sobre a sua generosidade com crianças, com contos de folclore escandinavo acerca de um feiticeiro que recompensa as crianças boas com presentes. Estes tornaram-se populares nos Estados Unidos e daí espalharam-se por todo o mundo. O seu Dia de Festa é a 6 de Dezembro.

Bonecos...

Clique aqui e observe os pontinhos na tela e veja a silhueta de uma pessoa
caminhando.
Primeiro clique em LINES para ter uma visão melhor. Para cada situação, clique nas setas pra direita ou esquerda pra ver a pessoa andando de vários angulos.
Obs.: Reparem na posição dos ombros quando se está nervoso ou relaxado.
Descrição dos controlos:
O menu na esquerda permite alterar o andar de acordo com o sexo(masculino, feminino), peso (pesado, leve), factor psicológico 1 (nervoso, relaxado) e factor psicológico 2 (feliz, triste), movendo as barras azuis para esquerda e direita.
As setas viram o corpo de um lado para outro. LINES ligam os pontos dando outra visão à imagem. RESET volta a configuração ao ponto neutro. Para Informações clique INFO.

SHREK

De certeza que ouviste falar deste filme. Provavelmente até o viste! Senão o viste...deves ver! Sim, hoje às 20.10 no canal telecine - Premium! E já agora deixa aqui um comentário sobre o filme.

O Fantasma de Camões

No outro dia, acho que foi na sexta, o fantasma do Camões saiu do seu túmulo e nas suas andanças transcendentais, acabou por deparar com alguns dos mais ilustres escritos sobre a sua lírica.

Leu as páginas sem fim, discorrendo sobre a interpretação ou o significado oculto de uma simples palavra e não pode conter uma gargalhada "se eles soubessem como foi difícil encontrar uma palavra trissilábica que rimasse ali...".
Depois riu-se de novo e agarrou o livro "Isto é muito mais divertido do que
ir para o túmulo do Bocage ouvir anedotas".

Post para quem nos lê do Brasil

Cléo Busatto é uma escritora brasileira que colaborou comigo na parte infantil d'As letras de Paganini. Mais que uma escritora é uma comunicadora e uma contadora de histórias. Utilizando as imagens e a interactividade que os CD ROMs proporcionam, tem recuperado histórias tradicionais dos quatro cantos do mundo e desta forma divulgado, à sua maneira, que todos diferentes todos iguais.

No próximo dia 22 do corrente, pelas 16 horas, será feito o lançamento do seu livro que vem acompanhado com CD, intitulado Contos e encantos dos quatro cantos do mundo, na Livraria Curitiba do Shopping Barigui - Curitiba.

É pena ser longe...

Histórias de S. Francisco, Armistead Maupin

Este livro retrata a vida de umas quantas personagens, todas deliciosas, que vivem no nº 28 de Barbary Lane, em S. Francisco.

"É estranho, mas quando alguém desaparece diz-se que foi visto em S. Francisco". Oscar Wilde

Mais uma vez se avisa a navegação, se conhecerem alguém que faça anos a 27 de Novembro, existem mais 4 livros, deste autor com estas magnificas personagens!

O Natal



O Natal está quase aí. Não se esqueçam de fazer as compras. Eu não faço muitos comentários sobre esta quadra porque não gosto dela, só gosto do Pai Natal, pronto!
E a árvore tem mesmo um gato (neste caso uma gata), e a foto está direita. Gatices!!!

Tenho uma certa desconfiança em relação à palavra pensar. Quando se está a escrever, podemos pensar enquanto indivíduo. mas enquanto escritor... Sempre me fez confusão as pessoas que dizem: "tenho um livro na cabeça só me falta escrever"

Lobo Antunes, António

Imagens pedidas...

Noronha da Costa e os seus azuis

Sunlight in a Cafetaria

Abria o guarda-fatos e tirava
o casaco mais velho e as piores
calças de veludo cor de sombras.
Ia ter contigo. Só o perfume

fazia pressentir o coração.
essa frágil ideia que batia
quando me sentava no café
muito antes da hora combinada.

As mãos quietas, o rosto debruçado
para o vidro sujo de tabacos
donde ao longe havias de chegar.

O chão coberto duma luz magoada,
de papéis amassados, cinzas
que teus pés vinham a calcar.

Joaquim Manuel Magalhães

in "Uma Exposição"

Ed. Na Regra do Jogo

A que filme pertences ?

Foi no Janela para o rio que descobri este teste, fiquei assim a saber que o meu filme é:

Forrest Gump!


What movie Do you Belong in?(many different outcomes!)
brought to you by Quizilla
e o teu ?

Carmen Posadas

Carmen Posadas é uma escritora espanhola mas que mercê de ter um pai diplomata viveu em vários países como Argentina, Rússia e Inglaterra. Após ter publicado dezenas de livros infantis, tendo ganho com o "El señor viento Norte" o Premio Nacional de Literatura, virou-se para o público adulto para nosso prazer. Aqui em Portugal é a Temas e Debates que tem vindo a publicar os seus trabalhos.

Deixo aqui um excerto de um livro saboroso, pleno de humor e de critica social.

A vida não é como as obras de ficção em que os papéis que cada personagem tem de interpretar são fixos e intransmissíveis. Na vida real, pelo contrário, mais tarde ou mais cedo calha-nos representar todos os papéis.
Umas vezes somos a vítima. Outras o herói. Depois o intrigante. Mais tarde o comparsa... E assim por diante até completar o repertório.

in Pequenas Infâmias

Estreias da semana #3

Elephant

Gus Van Sant consegue mais um soberbo filme.

Este filme não procura respostas para as questões, apenas se limita a filmar um dia de aulas, aparentemente normal, que termina em tragédia. (Massacre de Columbine em 1999)

Uma bela composição do tumultuoso Bethoven acompanha o filme, não terá sido por acaso, certamente.

Recomenda-se, a ver sem dúvida alguma.

Estreias da semana #2

Culpa Humana

Um elenco de luxo, Anthony Hopkins, Nicole Kidman, Ed Harris e Gary Sinise, todos muito bem no seu papel.

Um filme baseado na obra de Philipe Roth. Coleman é um professor universitário que termina a sua carreira docente com base numa calúnia inventada por alunos sobre uma sua atitude racista, que nunca aconteceu. De seguida tem de lidar com o facto da morte súbita da sua esposa. Mais tarde conhece Faunia, com cerca de metade da sua idade e esta jovem desperta-lhe um novo sentido de viver.

É um filme que retrata duas pessoas atormentadas na sua consciência, e a consequente dificuldade de sobreviverem e lidarem com novos sentimentos. Não é um filme excepcional. Mas recomenda-se.

Dias de vicio

Por vezes lemos um livro e gostamos tanto que não o conseguimos largar.
Por vezes lemos um livro e gostamos tanto que não queremos que ele acabe.
E estas duas proposições gladiam-se entre si a menos que estejamos a ler
Guerra e Paz ou outro volume volumoso. Mas mesmo livros como o Equador do
Miguel Sousa Tavares que prometia conciliar o inconciliável, acaba por fenecer ao fim de uma semana. Quando estou a ler um livro como o que leio hoje com menos de metade da dimensão o caso complica-se. Faço pausas por tudo e por nada mas de dentro das suas páginas as personagens chamam-me quais amantes insatisfeitas e sendo o pecado tentador, tem igualmente um fim marcado onde não aparece escrito the end mas onde já não sobre espaço para que haja mais história.
Então em desespero de causa venho para aqui para o PC e escrevo posts como
este.

Estreias da semana #1

Love Actually (O Amor Acontece)

Acho que não se poderá comparar com Quatro Casamentos e um funeral, Notting Hill e O Diário de Bridget Jones. O filme ficou muito aquém das minhas expectativas. A ideia é simpática retrata o amor em 10 histórias diferentes, com os ingredientes amor, paixão, desejo, ciúme, amizade, paternidade. Mas algumas histórias não foram bem exploradas.

Um filme com um óptimo elenco, mas na minha opinião desiludiu-me. E a presença portuguesa neste filme, deixa um pouco a desejar, não falo da performance da nossa actriz Lucia Moniz, mas na caricatura que lá fazem dos portugueses, é infeliz, começando pelo nome da rapariga - Aurélia....

Dá para sorrir em algumas cenas, a música é agradável, mas pouco mais.

E para os fanáticos de Casablanca...

Vão aqui e instalem o screen saver.

Casablanca # 3,

O apartamento de Rick está às escuras. Uma escuridão de bréu, pesada e abstracta, cujo silêncio é apenas cortado por um crepitar áspero de um lamento mudo, e breve como o sono. Rick abre então a porta e a luz do átrio penetra como um paquete a abrir espaço, superficies sedimentadas (há uma figura no quarto), acontecimento premonitório (é Ilsa), Rick continua, está demasiado preocupado para dar conta disso: o café dele está fechado, houve pessoas que foram atingidas a tiro, tem problemas. Mas depois, com uma pancada, acende uma pequena luz (que luminosidade! as sombras recuam, tudo recua: onde estão as paredes?) e ei-la, diante dele, segurando o cortinado aberto da janela, mais afastada como se fosse a parte da frente de uma camisa de noite, a luz a reverberar no seu rosto pálido mas determinado como se fosse electricidade estática. Rick atónito, pára por um momento. Ilse larga o cortinado e as implicações deste perdem-se, dá um passo em frente para o luar estranhamente trémula, procurando captar os olhos dele com os seus.

Robert Coover

in " Não te esqueças disto"

Ed. Difel

A photo is just a photo...

... as times goes by...

Casablanca #2

A nossa vida passava-se no Rick's, dia após dia, noite após noite, e a luz do sol era para nós apenas o intervalo entre aquilo que nos trouxera e o que ainda nos mantinha vivos em Casablanca. É claro que havia o Blue Parrot, mas o Blue Parrot era um disfarce para os negócios escuros de Ferrari, toda a gente sabia que ele controlava o mercado negro em Casablanca e que a sua maior ambição era tomar conta do Rick's. No Rick's tudo era possível, todos sabíamos tudo o que se estava a passar, e antecipávamos de alguns minutos cada cena, cada drama.

António Mega Ferreira in A expressão do afectos ( Assírio & Alvim)

Casablanca


Mal a noite cai
corro de sombra em sombra
até chegar ao fumo dos cigarros
do café do Rick.

O olho do Peter Lorre
vai finalmente descolar-se
e cair no copo de champanhe
da polaca deslumbrante
que me quer vender os anéis
da sua transatlântica tragédia.

Há barcos encalhados
à porta da roleta
e peixes a dormir nos olhos
do patrão.

A memória vai
no fumo de um cigarro.
Sam
a tua voz é um realejo
um beijo é sempre um beijo
um beijo
e nada mais

A orquestra torna-se
de súbito
uma agulha
e as putas regressam
à mais pura virgindade
como pássaros de fogo
a subir na vertical.

Aqui a Marselhesa ainda existe
e mesmo que os nazis
sejam só de fancaria
eu estou de pé
de punho erguido e alma
em fogo
até ter a certeza de que todos eles
partiram magoados.

Deixa-te ficar,
meu caro Rick.
O avião vai partir
mas deixa-te ficar.
A miúda vai-se embora
toca-lhe nos olhos
Ingrid
condu-la docemente ao nevoeiro.
Só um louco
não se agarra aos seus pés
e se deixa arrastar pelo ar
até Lisboa.
Mas deixa-te ficar no celulóide
Rick
Deixa-te ficar a preto e branco
porque aqui
é o último lugar do mundo
onde ainda é possível começar
a beautiful friendship.

JOSÉ FANHA
(Elogio dos peixes das pedras e dos simples)

Van Gogh - 1853/1890

Centro Comercial Parque Altântico - S. Miguel, Açores

Algumas fotografias tiradas em exclusivo para o nosso blog, pelo meu querido amigo Manuel Carreiro. Obrigado :)

"NAQOYQATSI" CHEGOU EM D.V.D.

O último filme da triologia Qatsy (o mundo em transformação) chegou a Portugal através de uma edição no formato DVD.

A Obra de Godffrey Reggio e Philip Glass surgiu pela primeira vez em Portugal num ciclo promovido pela Gulbenkian no âmbito "a música e o cinema" onde tivemos oportunidade de assistir à exibição de Koyaanisqatsi e Powaqqatsi, com a banda sonora a ser tocada ao vivo pelo Ensemble de Philipp Glass.

Esta triologia de Reggio, cujos títulos são baseados na língua dos índios Hopi, foi interrompida devido a problemas económicos....embora os dois primeiros filmes sejam dos mais vistos em todo o mundo no circuito alternativo. Mas só 16 anos depois foi possível completar a triologia com o financiamento de Steven Soderberg.

Esta obra que influênciou várias gerações de cineastas...e marcou decisivamente o documentarismo moderno...além de invadir o universo dos video-clips. Fala no seu conjunto da A VIDA EM DESEQUILIBRIO, A VIDA EM TRANSFORMAÇÃO e A GUERRA COMO FORMA DE VIDA, e surge como um momento de reflexão sobre a forma como olhamos o que nos rodeia. Utilizando apenas imagens e música, Reggio e Glass construiram um dos grandes momentos de reflexão do mundo contemporâneo, possibilitando a cada um fazer a sua leitura, colocando as suas próprias interrogações, duvidas e certezas.
(Penso, logo desisto)(1)

A edição em dvd dos dois primeiros filmes é vendida num único pack a 28,00 - zona 2
e 35,00 - zona 1 (ambas as edições incluem os extras: entrevista com os autores+trailer), sendo a edição excelente(*****) No respeitante à edição nacional de Naqoyqatsi está ao preço de 15,00 e 19,00 euros depende do local, e inclui extras excelentes...mas foi gravada em dvd de dupla camada, o que desde já lamentamos profundamente...de qualquer forma não perca estes filmes, porque depois deles, o seu olhar cinematográfico será forçosamente diferente
(É mais fácil matar do que pensar)(1)

(1)- in "O Homem no Tempo"

um pássaro pergunta-me se
existe o céu, para saber se
lhe responderei ou se
deve cair

valter hugo mãe
in Estou escondido na cor amarga do fim da tarde

Profissões impensáveis #4

Dando seguimento à ideia que o Pedro teve, aqui deixo mais uma profissão.

Mês de Julho, Açores, Ponta Delgada

- Bom dia, dá-me uma boleia até ao aeroporto? (pergunto eu a um casal)
- Sim, claro vamos mesmo para lá, não nos custa nada.
- Gostei muito da minha estadia aqui na ilha, os senhores fazem o que?
- Ah nós somos Pais Adoptivos de Animais...(respondem com um sorriso de
felicidade estampado na cara)
- A sério? E como fazem isso?
- Olhe desculpe-me um pouco, não se importa que eu páre um pouco o carro?
- (Olho o relógio, ainda tenho tempo para o meu avião), não claro que
não...aproveito para esticar as pernas...
O Senhor estaciona o seu mercedes e sai, abre o porta bagagens e de lá
retira um fundo de garrafa de água de plástico, ao lado vejo um enorme saco
cheio de ração, e mais uns garrafões de água, ele aproxima-se então de um
cão vadio, e dá-lhe de comer e beber, despedindo-se dele com uma festa.
- Está a ver? Mais um amigo que eu fiz...
- (Espantada, pergunto, à senhora, ao entrar de novo no carro) O seu marido
faz sempre isto quando vê um animal?

- Claro que sim! Eu também faço, sabe eu sou responsável pelo canil aqui da
ilha, recolhemos e tratamos todos os animais que nos batem à porta. Aliás,
por vezes até tenho alguns cães e gatos em recuperação na minha própria
casa.
- A sério? E recompensa-lhes esta profissão?
- Sim claro, desde então a nossa familia aumentou, sabe em casa além de nós
dois, temos sete cadelas e dois gatos, e por vezes ainda recebemos visitas
de amiguinhos, quer melhor salário, que uma familia feliz?

Este post é dedicado ao Florival, Fernanda, Sara, Maya, Nikita, Pretinha,
Castanhinha, Mimosa, Fofinha e Pinóquio. Os factos relatados e os
intervenientes são reais, isto não é ficção.