2003-08-31
D.H. Lawrence
O Amante de Lady Chaterlley, de D. H. Lawrence é um dos mais belos romances escritos no início do século XX. Arrojado no tema para uma época ainda muito aquém de se libertar de certos tabus no que refere às relações amorosas, à mulher e ao sexo, é um livro que nos coloca perante as sensações empíricas e reacções impulsivas da paixão e, no oposto, a intelectualidade e o idealismo. Dentro dessas formas, traçar o caminho mais perfeito para as relações humanas, e amorosas. Constance é casada com um baronete que fica paralisado na Primeira Guerra Mundial onde combateu. A ausência do factor físico dentro do casamento não parece afectar o casal que se isola numa propriedade mineira da família aristocrática de Clifford. Porém esse estado não se prolonga muito até Constance se sentir entediada com a vida que leva ( “Os dias continuaram a passar-se lentamente. Nada restava senão aquele mecanismo de vazio a que Clifford chamava vida completa, uma longa vida em comum de duas pessoas que estão habituadas a viver na mesma casa. O vazio. Aceitar o grande vazio da vida pareceu a Connie ser o único objectivo da sua existência.” ). Ao conhecer o guarda-caça que trabalha na quinta do marido, Constance entra numa viagem dos sentidos que a levam às últimas consequências, partindo de uma relação puramente sexual e acabando num sentimento de paixão e amor profundo. Tecido de um vocabulário rico e de uma linguagem sensual, o romance atinge o seu auge quando Constance engravida, tendo de encarar a decisão de retomar uma vida nova, mas intensa de problemas, ou continuar a monotonia de uma vida com um prepotente aristocrata. Este livro, de clara denúncia social da época, é a reflexão sobre o conformismo, a liberdade individual, o sexo, as convenções sociais, e o abismo entre as camadas sociais – com o seu quê de trágico, pois como diz o autor no início, “A nossa época é essencialmente trágica, por isso nos recusámos a aceitá-la tragicamente.”
O Amante de Lady Chaterlley, de D. H. Lawrence é um dos mais belos romances escritos no início do século XX. Arrojado no tema para uma época ainda muito aquém de se libertar de certos tabus no que refere às relações amorosas, à mulher e ao sexo, é um livro que nos coloca perante as sensações empíricas e reacções impulsivas da paixão e, no oposto, a intelectualidade e o idealismo. Dentro dessas formas, traçar o caminho mais perfeito para as relações humanas, e amorosas. Constance é casada com um baronete que fica paralisado na Primeira Guerra Mundial onde combateu. A ausência do factor físico dentro do casamento não parece afectar o casal que se isola numa propriedade mineira da família aristocrática de Clifford. Porém esse estado não se prolonga muito até Constance se sentir entediada com a vida que leva ( “Os dias continuaram a passar-se lentamente. Nada restava senão aquele mecanismo de vazio a que Clifford chamava vida completa, uma longa vida em comum de duas pessoas que estão habituadas a viver na mesma casa. O vazio. Aceitar o grande vazio da vida pareceu a Connie ser o único objectivo da sua existência.” ). Ao conhecer o guarda-caça que trabalha na quinta do marido, Constance entra numa viagem dos sentidos que a levam às últimas consequências, partindo de uma relação puramente sexual e acabando num sentimento de paixão e amor profundo. Tecido de um vocabulário rico e de uma linguagem sensual, o romance atinge o seu auge quando Constance engravida, tendo de encarar a decisão de retomar uma vida nova, mas intensa de problemas, ou continuar a monotonia de uma vida com um prepotente aristocrata. Este livro, de clara denúncia social da época, é a reflexão sobre o conformismo, a liberdade individual, o sexo, as convenções sociais, e o abismo entre as camadas sociais – com o seu quê de trágico, pois como diz o autor no início, “A nossa época é essencialmente trágica, por isso nos recusámos a aceitá-la tragicamente.”