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2005-08-31

 
Soares é fixe. Mas eu preferia só ter de votar nele na segunda volta.

Tal como há uma eternidade de anos atrás, quando apoiei Maria de Lurdes Pintassilgo na primeira volta e Mário Soares na segunda. Gostava de ver aparecer um candidato com quem eu me identificasse mais. Não é o Jerónimo de certeza e também não seria Manuel Alegre. Também não era o Fernando Rosas que estava sentado a ouvir o discurso de Soares na primeira linha e a Ana Drago ainda não deve ter idade.

Pois é, acho que desta vez leva o voto logo à primeira volta.

2005-08-30

 
E Alegre se fez triste...

 



Como da Primeira Vez, Mike Gayle

Depois de ter lido o primeiro livro de Mike Gayle fiquei imediatamente fã deste autor.
Os seus livros “A namorada dos meus sonhos”, “Uma proposta de casamento”, “Ao virar dos trinta” e “Jantar a dois”, são super bem dispostos e agradáveis de ler.
Desde Março de 2004, espero o seu mais recente livro traduzido na nossa portuguesissima língua, tenho pena de o meu inglês ser fraco para grandes leituras.
Vi-o na altura numa livraria londrina. Pois finalmente chegou, a Portugal, este mês - “Como da primeira vez”, escrito em forma de diário é mais uma obra bem ao estilo de Mike Gayle


Jim e Alison, após 4 anos de separação conjugal, tendo já as vidas refeitas sentimentalmente, e sem nunca se terem visto ao longo deste tempo, são reunidos pelo destino.
Quando Disco, a gata de Alison, morre, esta pensa logo que tem de avisar Jim, pois foi ele que lhe ofereceu a gata, que presenciou a relação de ambos. Quando se reencontram, inevitavelmente surgem várias questões.

Mais um excelente livro de Mike Gayle, cómico, ternurento, bem disposto, romântico, que se lê lindamente.

- Retirei-te de todas as fotografias que tirámos em férias – explico, a desafiá-lo.
- Fizeste o quê?
- Cortei as fotografias de férias, de maneira a desapareceres. Foste apagado de Creta (...), Lake District (...) e Nova Iorque (...). Peguei nas miniaturas de ti e deitei-lhes fogo. Uma operação muito terapêutica. Na verdade, foi uma pena, pois, quando falei nisso a uma colega de emprego, à Lucy, do departamento gráfico, ela disse-me que deveríamos ter inserido as fotografias no computador; nesse caso, ela poderia colocar alguém mais bonito no teu lugar. Sugeriu o Keanu Reeves, com roupa molhada, em Ruptura Explosiva, mas respondi que preferia lá pôr um cão, um animal bastante mais fiel.”

In como da primeira vez
Mike Gayle
Editorial Presença

 


pintura de Júlio Pomar

Em Longo se transforma

Em longo se transforma o breve engano,
e o discurso em vento,
e o desejo em medo.
E a esperança
em memória, e o pensamento
em bússola cega
para o mundo.
E em vidro o espelho apaga,
gasto de mágoas e mudanças,
o claro rosto do futuro.

Pedro Mexia

in o futuro em anos luz
edições quasi

2005-08-28

 


Valiant
Os Bravos do Pombal


Estamos na segunda guerra mundial e os pombos são necessários para conseguir trazer mensagens da resistência francesa para Inglaterra. Mas a tarefa não é fácil, como se não bastasse a fúria dos elementos e as bombas inimigas, existiam ainda os falcões alemães prontos para capturar e devorar os pombos britânicos.

Valiant é um jovem recruta a quem vai ser entregue uma missão arriscada e importantissima...

Mais um bom filme de animação dos produtores de Shrek e do Gang dos Tubarões cheio de personagens divertidissimas e de pormenores deliciosos. Um daqueles filmes para as crianças que deliciam os adultos.

2005-08-25

 


Duas medidas, duas lógicas

O Governo português anunciou hoje duas medidas para o combate aos incêndios: a compra de aeronaves e a dispensa obrigatória dos funcionários públicos que são bombeiros para irem combater os incêndios.

A primeira destas medidas só peca por tardia, vem aliás com um atraso de décadas, como é que um país compra submarinos para combates virtuais e não possui uma única aeronave de combate a incêndios ?

No que respeita aos bombeiros a lógica deveria ser a mesma. Isto é, o Governo em vez de utilizar recursos de outros emprestados (ou alugados como faz com as aeronaves), deveria igualmente criar meios próprios para o combate aos incêndios. Profissionais qualificados com funções eventualmente distintas no inverno e no verão, mas com missões de protecção da floresta. Se acham que saía caro, duvido que a solução actual seja mais barata face ao volume de área ardida e às quebras de produtividade que se registam em zonas onde muitos funcionários são bombeiros.

Mas, se o dinheiro não chegar para tudo, poderiam pensarem reduzir ou acabar mesmo com o exército português e passarmos a ter soldados da paz. É que esta guerra já dura há anos, e em cada ano perdemos mais uma batalha.


in Público

 


Para o òscar

"Um gato a dormir é pesado, mas a caminhar é ligeiro".

Fred Schwab
in gatos
adriano bacchella

2005-08-24

 


A formosa pintura do mundo

O novo livro de ficção de Frederico Lourenço é um livro de contos. No entanto não são contos como os outros, razão pela qual só ao fim do terceiro comecei a desconfiar que se calhar era mesmo um livro de contos e não um romance, é que cada conto é um começo deuma história, e tive a esperança que estas diferentes histórias evoluissem e se cruzassem num romance que prometia.

Na verdade tirando essa desilusão, a de não ver inicíos tão prometedores desabrocharem em histórias de maior dimensão, o livro é muito bom. Toda a sensibilidade que Frederico Lourenço já demonstrara na triologia "pode um desejo imenso" - " o curso das estrelas" - "à beira do abismo" está bem patente nestes pequenos contos que têm como denominador comum, não só a pintura que dá título ao livro, mas também a música.

Um livro que recomendo vivamente, e recomendo também ao autor, se por acaso vier ler aqui ao blog, que pegue em algumas destas pérolas e prossiga por forma a serem um romance inteiro.

2005-08-23

 



A Ilha

Um filme de Michael Bay, com Ewan McGregor, Scarlett Johansson, Sean Bean, Djimon Hounsou, Steve Buscemi, Michael Clarke Duncan, Sean Bean

Estamos no ano de 2019, numa estranha comunidade residem Lincoln e Jordan, que nutrem uma grande amizade um pelo outro. Ambos são sobreviventes de uma grande contaminação que assolou o mundo. Todos os membros da comunidade se vestem de igual, tem regras muito exigentes e são controlados, por guardas e médicos. Diariamente é efectuado um sorteio de lotaria em que o prémio é uma viagem para “A Ilha” o único local do planeta imune à devastadora contaminação, e todos anseiam pela viagem.
Quando Lincoln, resolve procurar respostas para as quais não encontra justificação, teme pela sua vida e tem de fugir com Jordan iniciando uma viagem alucinante.
Acção no seu melhor, excelente filme, efeitos especiais de grande nível, um naipe de actores que dão vida ao filme deixando-nos agarrados à cadeira de cinema, esperando o que se vai seguir.
A ver!

2005-08-22

 
A Chave



Um filme de Iain Softley, com Kate Hudson; Peter Sarsgaard; Joy Bryant; John Hurt; Gena Rowlands

Caroline, uma mulher que toma conta de idosos, vai para uma mansão antiga tomar conta de um casal em que o homem, acamado, sofreu um AVC. Contudo o comportamento da dona da casa torna-se um pouco misterioso para com Caroline, que resolve tentar descobrir o que se passou anos atrás na mansão, acabando por se envolver numa trama de feitiçaria, crenças de magia negra, o chamado “hoodoo” muito praticado na América do Sul.
É um bom thriller e não um filme de terror. Mantém o espectador interessado, as representações são muitos boas, nomeadamente a de Kate Hudson, que nos habituou ao seu magnifico sorriso em comédias românticas. Destaque para os pântanos filmados ao longo do filme que dão um ar mais sombrio ao filme. Um belíssimo “twist” final que verdadeiramente nos surpreende. A ver.

2005-08-21

 

FÉRIAS parte v ... e esta terra conheces Avelino ?

 

FÉRIAS PARTE IV

Dar um salto à Horta ..... bar do Peter só para beber este Gin e comer uma fatia de bolo de chocolate ....

 

FÉRIAS: PARTE III

Comer este queijo de São Jorge

 

Férias: parte II
Dar um mergulho nestas águas límpidas ... Fajã das Almas- São Jorge

 
FÉRIAS PARA RECUPERAR ENERGIAS : Açores


Acordar todos os dias com esta paisagem: O Pico visto a partir de São Jorge

 
IMAGEM DE PORTUGAL .... Onde o IVA é mais barato e não se fala na possibilidade de se transformar numa província espanhola..

2005-08-20

 

Auto estima

Em 1179, o Papa Alexandre III reconheceu ou confirmou o Estado de Portugal, apesar da oposição de Castela, estava D. Afonso Henriques já de espada arrumada. Em 1383, o mestre de Avis encabeça a revolução contra o mesmo inimigo, resistindo ao cerco do Rei de Castela (1384), que desandou com a peste, e reinando a partir de 1385, como D. João I. Em 1640, quando Portugal tinha cerca de dois milhões de habitantes e, ao que parece, farto do domínio dos Filipes desde 1581 - causado pela insensatez de D. Sebastião que terá morrido em Alcácer Quibir no ano de 1578 (mas ainda esperado nas manhãs de nevoeiro...) - , D. João IV restaura a independência, facto que ainda hoje se comemora a 1 de Dezembro. Há já muitos anos atrás, mas em data que não se pode precisar, os Espanhóis (que não é o mesmo que castelhanos) voltaram a invadir Portugal, mas agora usando da subtileza do comércio livre no seio da União Europeia, numa dimensão ainda não quantificada mas esmagadora.

Não pretendendo imitar José Hermano Saraiva, “foi aqui...” que quis mesmo chegar. A uma conversa que ouvi num destes dias de férias no Algarve, onde não há segredos entre toalhas. Falava-se das pessoas que iam a Espanha fazer as compras da semana ou do mês e aproveitavam também para abastecer o carro de combustível. Comparava-se Portugal e o país vizinho, ficando para o lado de cá apenas desgraças. E concluía-se por ser preferível uma União Ibérica ou, simplificando, pela integração de Portugal em Espanha, como mais uma província. Longe vão os tempos em que se dizia: “De Espanha nem bom vento nem bom casamento!”. Fiquei a matutar nisto, mas, curiosamente, não me apeteceu sequer questionar-me. É que isto vai mesmo tão mal que começo a acreditar que não há salvação possível. No entretanto, acabado de chegar, vou mas é voltar a Vilamoura, por mais uns dias, para ver se me passa a “telha”. Adiós!!!...

 


Depois do Webcedario vem aí AB©ity

e eu, sendo um admirador confesso do humor, imaginação e criatividade do Webcedário, tenho a certeza que não me vou desiludir com essa "espécie de caça ao tesouro" conforme podemos ler nos teasers.

mas ainda vamos ter de aguentar a criosidade até 25 de Setembro...

2005-08-19

 



O Zoo de Lagos continua um belo espaço acolhedor, tanto para quem o visita, como para quem lá vive, penso eu...Os habitantes deste espaço acolhedor dão nos a sensação de estarem livres, pois as cercas, redes, jaulas e afins são escassas.

Aconselho a quem estiver no sul do país a dar lá um pulinho, eles gostam das visitas.

E a Siri, que faz umas legendas fantásticas, vai destacar alguns no Blog dos Bichos, vale a pena espreitar!

 
Pode ser útil ...

Caso alguma vez necessitem de chamar a autoridade por qualquer motivo e não saibam o nº de telefone da esquadra da área que pretendem, basta ligar o 21POLICIA, em que as letras dizem directamente respeito aos números dessas teclas ou seja 217654242, este nº pertence ao comando geral da PSP, onde existe a informação dos números das esquadras, que são fornecidos a pedido do interessado. Também podem utilizar este nº para pedir a intervenção da (B)rigada de (T)rânsito.

2005-08-18

 


Novo aeroporto de Lisboa e TGV - A solução tem de ser pensada de forma articulada

Sempre tenho sido um grande defensor da ligação a alta velocidade Lisboa - Madrid e sempre fui contrário à localização do novo aeroporto na OTA. Hoje, ao ler a Transportes em Revista deparei com um dos melhores artigos sobre o tema, escrito por um dos maiores especialistas portugueses na área da mobilidade e dos transportes - Fernando Nunes da Silva, que recomendo a leitura completa para quem se interessa sobre o tema.

De qualquer forma deixo aqui um pequeno excerto:

"segundo inquéritos realizados em vários aeroportos europeus, 60 % dos passageiros de avião e da AVF, elegem como principais motivos da sua opção modal, o preço do bilhete, o tempo total de viagem e a facilidade de acesso ao aeroporto ou à estação. Nestas circunstâncias, localizar um novo aeroporto a 40 km a norte de Lisboa – ainda para mais servido por uma auto-estrada congestionada e obrigando à travessia do centro da área metropolitana para a maioria dos seus potenciais utilizadores – não parece ser a opção mais indicada, antes podendo conduzir ao completo fracasso da operação. Além do mais, tendo em conta a desejável complementaridade entre o transporte aéreo e a AVF, tal localização implicaria um significativo desvio em relação aos dois eixos ferroviários de maior interesse no país – as ligações Lisboa-Madrid e Lisboa-Porto – e a construção de duas pontes ferroviárias sobre o Tejo, face às enormes dificuldades e custos que uma saída de Lisboa pela margem norte implicam.
Contrariamente às opiniões que vêm sendo divulgadas nalguma imprensa, as questões do novo aeroporto de Lisboa, da rede de alta velocidade ferroviária e da nova travessia do Tejo, estão indissociavelmente ligadas. Uma boa decisão sobre elas será aquela que permita potenciar ao máximo a complementaridade entre estes dois modos de transporte, ao menor custo total possível e com o menor tempo de acesso para a maioria dos seus potenciais utilizadores. A localização do novo aeroporto de Lisboa deverá assim aproximar-se do ponto de intersecção entre os dois novos eixos ferroviários, o que desde logo aponta para a margem sul do Tejo."

 


Um Equador de polémica

Hoje li de relance um título do DN, Equador (Livro de Miguel Sousa Tavares) – estreia amanhã...
...mas devemos ter em atenção o título completo:
“Adaptação não autorizada de “Equador” estreia amanhã”.
Pronto, lá se foi a euforia, de ver este belíssimo livro no teatro, se bem que no teatro? Penso que daria certamente um excelente filme, onde andam os realizadores?
Mas adiante, segundo reza a história esta adaptação não tem autorização do autor, que aliás se insurge contra o seu livro ser adaptado ao teatro. Mas o grupo de teatro Fatias de Cá, ou seja o director do Grupo de Tomar, Carlos Carvalheiro, fala de cartas, etc, em que MST acedia, depois é o costume do diz que disse e não disse, e concluindo vai mesmo levar a cabo a estreia “deturpando” o verdadeiro romance.
Enfim, acho que já começa mal, mas se quer saber pormenores pode ler aqui.
E Srs. Realizadores que tal um filme?

2005-08-17

 


2006 será o ano da Vaca Louca em Lisboa

Em Maio de 2006 Lisboa começara a ser invadida por vacas coloridas com os mais diversos motivos. É a Cowparade de 2006, uma forma diferente de pôr a arte na rua. Artistas conhecidos, menos conhecidos ou alunos de escolas terão oportunidade para pintar as suas vacas que enfeitarão a nossa capital. O evento já tem site e está na fase de arranjar patrocinadores.


 
Gatos Felizes!



Os meus "miaus" adoram brincar no ginásio!

2005-08-16

 
Charlie e a Fábrica de Chocolate



De Tim Burton, com Johnny Depp, Freddie Highmore, Helena Bonham Carter, Richard D. Zanuck

A fantasia de Tim Burton continua no seu melhor. Um filme fantástico para lá da imaginação um “doce” mergulho no mundo do chocolate.

Willy Wonka é proprietário de uma grande fábrica de chocolate e doces, envolvida nalgum mistério. Um dia resolve proporcionar a visita a 5 crianças que encontrem num dos seus chocolates um bilhete premiado. É aqui que se vai iniciar uma bizarra viagem pela fábrica bem ao estilo fantasioso de Burton.

Imperdível para todas as idades!

2005-08-14

 


Portugal hoje: O medo de existir

Existe um livro muito interessante chamado Papalagui em que um chefe tribal de uma ilha na polinésia explica aos seus conterrãneos como são os eurpopeus. Analisados os europeus por quem está de fora é fácil aceitar a generalização e a colocação de todos os europeus no mesmo saco. Afinal para quem vive de forma tão diferente, nós sociedades ocidentais somos muito parecidos.

Neste livro José Gil também coloca todos os portugueses no mesmo saco, oscilando entre ficar dentro ou fora dele. Mais estranho é colocando-nos a todos no mesmo saco dizer que esse saco é muito diferente dos outros europeus. É um livro que fala, por vezes com alguma assertividade, de algumas características dos portugueses, mas que exagera ao nos considerar a todos, apáticos, sem memória e sem capacidade de intervenção e debate. As suas linhas mestras de raciocínio são a incapacidade dos portugueses para a inscrição (deixar memória no sentido de sequência a acontecimentos ocorridos), a inexistência de espaço público (espaço de debate e de comuniação que não os media) e o medo de exclusão em que vivemos (medo de sermos considerados fora da normalidade). Pois eu acho que um país que tem a palavra saudade como sua, é um país que se inscreve, acho que em Portugal, cada vez mais, há espaço de debate de iedias foras dos canais dos media, como acontece na própria blogoesfera ou nos movimentos sociais e acho que cada vez mais as pessoas estão a ser capazes de assumir as sias diferenças e idiossincrasias.

Confesso que este livro me irritou, primeiro porque está mal escrito e depois porque é repetitivo até à medula. No entanto, tal como na história do Rei vai nú, alguém disse que se devia achar que era uma grande obra e até agora é usual repeti-lo. Apesar de tudo o livro serve como prova daquilo que defende: apenas num país tão atordoado e sem auto-estima como o nosso é que este livro podia ser um “caso”. Também no seguinte parágrafo, se pode ver como o livro serve de prova à sua própria teoria:

“O ressentimento e o ódio alimentavam o queixume, num discurso recorrente até à exaustão: “este país é uma merda”, “está entregue aos bichos”, etc. E, de cada vez, o sujeito da enunciação excluía-se do conjunto nomeado, como se lhe não pertencesse”.

Enfim, como diria o outro se o José Gil é português eu quero ser espanhol, morra o josé Gil, morra, PIM!

2005-08-12

 



Histórias Falsas

Este pequeno livro de contos de Gonçalo M. Tavares traz-nos 9 histórias de personagens que, de uma forma ou outra, se cruzaram com grandes filósofos e, misturando factos históricos com pura ficção, a forma como estes influenciaram a sua vida.

Não se tratando de uma das grandes obras de Gonçalo M. Tavares, é de muito agradável leitura.

 
Sinais Vermelhos



Um filme de Cédric Kahn, com Jean-Pierre Darrousin, Carole Bouquet, Vincent Deniard, Charline Paul, Jean-Pierre Gos, baseado no romance do escritor Georges Simenon.
Um casal Antoine e Hélène estão de partida para ir buscar os filhos a uma colónia de férias. A mulher atrasa-se perturbando o marido que começa a beber e envereda por estradas e bares tentando fugir ao trânsito.

Após uma discussão, Hélène resolve abandoná-lo e seguir sozinha de comboio. Desnorteado, e bastante alcoolizado Antoine tenta apanhar a esposa, sem grande sucesso, a dá boleia a um desconhecido que pode ser um recluso em fuga.

Mais tarde tudo se complica e Antoine não consegue encontrar a mulher.

Um belo thriller de fazer inveja a muitos filmes “hollydwoescos” que por aí andam, a ver !

 
Quarteto Fantástico



Um filme de Tim Story, com Michael Chiklis, Chris Evans, Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Julian McMahon.
Um acidente espacial, e quatro pessoas vêem a sua vida mudar pouco tempo depois, tornam-se poderosos. “Mr. Fantastic” tem a capacidade de esticar o corpo. Sue Storm tem a capacidade de se tornar invisível e de criar campos de força, assumindo-se como a “Invisible Woman”. O seu irmão, Johnny Storm ganha a habilidade de controlar o fogo e até de se imolar, conhecido como Human Torch.
Ben Grimm como The Thing, é ultra-forte, tal como um rochedo. Juntos formam os “Fantastic Four” e irão combater os planos maquiavélicos do Doctor Von Doom .
Mais uma BD no grande écran, que se vê bem à falta de melhor escolha. Puro entretenimento.

2005-08-11

 
Águas Passadas



Um filme de Walter Salles, com Jennifer Connelly, Ariel Gade, John C. Reilly, Dougray Scott, Shelley Duvall, Tim Roth, Camryn Manheim, Perla Haney-Jardine, Pete Postlethwaite
Um remake de um filme japonês, em que uma filha e a mãe, após o divórcio, tentam reconstruir a sua vida. Alugam uma pequena casa, que vive assombrada por um espirito que as atormenta.
Um filme a ver por quem aprecie este género. Jennifer Connely tem uma excelente prestação. O filme baseia-se no grande amor de uma mãe, pela sua filha apesar dos seus recalcamentos de infância, que tenta ser feliz e estável para com a sua filha protegendo-a até aos seus limites.

2005-08-10

 

Amados gatos

É conhecida a paixão que José Jorge Letria nutre pelos seus nove gatos e a forma como os considera fonte de inspiração fulcral para a sua escrita.

Daí deve-lhe ter nascido a ideia para este pequeno livro de pequenos contos que, baseando-se em gatos reais pertencentes a personalidades históricas das mais variadas vertentes, ficcionou a forma como essas mesmas personalidades interagiam com os seus gatos e a importância que davam aos seus conselhos.

Se me permites meu caro Winston, sugiro-te que o desembarque Aliado seja feito na Normandia, e não na Bretenha. Bem vistas as coisas, o combate que estamos todos a travar contra as forças de Hitler não é muito diferente dos que eu travo contra os ratos da nossa mansão de campo. Mais do que nunca, é preciso ser frio e ardiloso. Ganhará quem tiver mais manha e for capaz de dar o golpe final.

Como sempre, Winston Churchill ouviu com a maior atenção as palavras do seu gato Nelson, companheiro de todas as horas, as de paz e as de guerra, desde o tempo em que era Lorde do Almirantado.

2005-08-09

 



Mr. e Mrs. Smith

Um filme de Doug Liman com Brad Pitt e Angelina Jolie.

Um casal vive a vida ocultando um segredo, ambos são assassinos contratados. Tudo se complica quando ambos acabam por ser alvo um do outro.

Um filme de fugir, que se não fosse o cariz "sexual" que despertam os dois actores não valeria nada, nem merecia atenção alguma.

A evitar!!!!

2005-08-08

 
Porque é que a antiguidade já não é um posto ou 80 anos e daí ?

Nas sociedades mais antigas, a antiguidade era de tal maneira um posto que era comum existirem conselhos de anciãos para ajudarem o chefe tribal a tomar decisões.

Mesmo nas sociedades industrializadas, e muito mais recentemente, era comum a promoção do mais antigo na função para dirigir, por exemplo, uma equipa de operários. Dizia-se que tinha mais tarimba.

Essa lógica correspondia à ideia de que os mais velhos tinham mais conhecimentos, fruto da vivência e da experiência. Por isso, os mais velhos, eram muito respeitados, e ainda bem, na sociedade.

Hoje em dia, a velocidade da evolução tecnológica, faz com que a experiência acumulada seja, muitas vezes, obsoleta. De que servem trinta anos de experiência num estirador a desenhar com régua e escantilhão, se agora a ferramenta é o CAD ?

É por isso que, naturalmente, a antiguidade deixou de ser um posto. Porque a antiguidade deixou de corresponder à garantia de um maior conhecimento do que interessa.

No entanto, muitas vezes, está-se a cair no erro oposto. É que há coisas que pouco mudam, como o saber lidar com uma equipa, a capacidade de análise ou a liderança. E tudo isso, também, se ganha com a experiência. Hoje cai-se no despeito de desprezar os mais velhos e de considerar que um ser humano só porque já viveu muita vida não tem capacidades para liderar.

Tudo isto afinal e a propósito, para dizer que os 80 anos do Dr. Mário Soares em nada obstacularizam a sua capacidade para assumir a Presidência da Républica Portuguesa. Se vai ter o meu voto... ainda não sei, mas uma coisa garanto: Soares é velho, mas é fixe !

2005-08-07

 
O Melhor e o Pior do Algarve

O Pior...

- Chegar ao Marina Parque em Lagos às 16:30 com um voucher a dizer que a entrada pode ser feita a partir das 16 h e só nos darem o apartamento às 21:30.
- Demorar 25 minutos em fila no estacionamento do Algarve shoping na Guia só para conseguir sair da garagem.
- Ir ao café da praia da torralta em Alvor e pedirem-nos 2,5 euros por uma garrafinha de água.


O Melhor...


- Ir ao Zoo de Lagos e ver todos aqueles animais bem tratados, em habitats próximos dos naturais e à distância, sem grades, de dois braços.
- A meia praia onde a transparência da água e o número de conchas nos dá a sensação de tomarmos banho num local verdadeiramente limpo.
- As Bolas de Berlim da praia que têm sempre um sabor especial e diferente das dos cafés.
- As cegonhas nos ninhos em cima das chaminés abandonadas.

2005-08-06

 



Em tempo de verão e de férias, nunca é demais lembrar que não se devem abandonar os nossos animais de estimação.
Se por acaso não puder levar o seu animal consigo, combine com a sua família ou amigos de eles irem a sua casa, e darem comida e água aos bichinhos e fazer umas festinhas também, porque não...
Especificamente os gatos preferem ficar no seu território, logo esta situação é preferível a levá-lo para uma casa alheia

2005-08-05

 


Depois de 2 semanas algarvias, custa sempre regressar, mas com este calor insuportável, ainda é pior! Para quando uma brisa fresca?

2005-08-04

 

Packs de Verão

Ela: biquíni (reduzido e com a peça superior intermitente), batik (aquele pano oriental, vendido nas tendinhas, que já fez moda), protector solar, toalha com ondas, óculos de sol (modelo oficial das stars), revistas dos famosos e de tricas e enredos, maço de cigarros e, claro, telemóvel.
Ele: calções (a dar pelos joelhos, sem marca visível), t-shirt às riscas, óculos de sol (tipo anos sessenta), toalha com âncoras, jornais desportivos (se a bola deixar espaço para outras modalidades), chaves do carro e, claro, telemóvel.
Eis os packs deste verão. Simples, próprios para estar e passear na praia, sem grandes danos em caso de um, quase impossível, roubo individual ou por arrastão de gente de um qualquer getto mal afamado. Porque quando se passeia, leva-se os óculos, as chaves do carro e os telemóveis. E a roupa?... Se ela for de seios à mostra e ele com os cabelos do peito à brisa, qual o problema? O carro ficou a poucos metros da praia, por isso é que ele andou às voltas durante mais de uma hora...
E há convívio familiar mais profícuo que um casal que em vez de destilar o fel de uma noite encurtada, pela música espanta-esqueletos de uma boîte em Albufeira, se concentra pacificamente numa leitura elevada, absorvendo cultura, como a pele os raios de sol? Há conversa mais interessante com os amigos do que, exibindo o último modelo de telemóvel anunciado, saber das fofocas fresquinhas, tecidas nas últimas horas da manhã, sentindo os salpicos das ondas e o rumorejar de centenas de banhistas apinhados, disputando uns palmos de areia?
Claro que não. A praia, o sol, o descanso, são pretextos. As férias não são necessariamente um retiro. São, antes, uma espécie de sublimação, em traje de passeio. Por isso não têm uma grande diferença da realidade quotidiana. Apenas se mudam uns quantos elementos, como seja o local e a vestimenta. O resto fica quase igual. Cozinha-se na casa arrendada, tal como na de residência. Chateiam-se, como normalmente. Buzinam nas filas de trânsito, como é usual. Encaram as do pão, do supermercado, do restaurante (então a do frango assado para fora bate todos os recordes...), como as bichas normais que enfrentam todos os dias.
Mas há diferenças, claro. Há, pelo menos, os Vips da Praia dos Tomates ou de outras, que esta anda a perder clientela. Há, também, os passeios, após o jantar, pela Marina de Vilamoura, onde, sem muita procura, se podem encontrar alguns jogadores de futebol e outros astros do desporto rei – basta ir ao bar certo, aquele que todos conhecem da televisão. Afinal, com um pouco de cultura, absorvida das revistas cor-de-rosa, qualquer pessoa pode dedicar-se ao interessante passatempo de papparazi amador.
Fica, porém, a ideia de que muita desta gente quebrou a barreira da sobrevivência, ao passar o cheque pelo arrendamento de uma semana ou, coroa de glória, por quinze dias em terras de mouros, onde se come mal e se é pior recebido. Mas há fotos, vídeos, lembranças para mostrar aos amigos, sobretudo aos que possam morrer de inveja por não terem a mesma sorte – capacidade de endividamento, entenda-se.
Nabos. Ali, em Espanha, tão perto, é mais barato. Ah, mas são nacionalistas. Viva! Tadinhos... É destes que eu gosto, porque também sou um deles. Ninguém me tira esta confusão do mês e Agosto no Algarve. Acabo as férias mais cansado, mas mais cioso do cumprimento dos meus deveres de cidadão. É assim mesmo. Mais cansado, mas mais português. Até vi uns ministros, cujos nomes não recordo. Mas eram ministros, disso tenho certeza. E então ter estado mesmo ao lado de duas figuras bem conhecidas de um canal de televisão, que não identifico porque ainda não me pagam a publicidade, foram os momentos mais especiais e inesquecíveis de toda a minha vida. Sei quem vai ficar roído de inveja, olá se vai...
Cansado, mais desgastado do que antes, pronto para ir repousar no doce lar, bendigo as férias que me proporcionam estas emoções únicas. Sim, porque já nem ver um batik levantado pela aragem do fim da tarde em plena avenida marginal de Quarteira desencadeia sensações tão fortes. Mesmo que por debaixo não exista mais nada... Mas isso é vulgar, não é? Ai, ai...

Vilamoura, 20.08.2002