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2003-08-31

 
José Cardoso Pires

Cardoso Pires escreve como se nos falasse, como se nos contasse a sua história oralmente de uma forma despreocupada, como em conversa informal. Sem seguir regras estilisticas, num ritmo que não é certo, e com um leve traço jornalístico, ao jeito de crónica. Fala-nos das pessoas, de um interior esquecido do século XX... E através de histórias, à partida, vulgares, constrói (ou construia) verdadeiras obras de deleite e reflexão. Esta maneira de escrever está patente em todos os seus livros, mas cada um tem o toque especial, cada romance é um só, como se cada filho diferente, mas todos sairem parecidos. Leva-me a ter outra visão sobre como ler e como escrever, sobre como ouvir e como interpretar e, o que é mais interessante, saber observar e pesquisar para poder saber escrever. Sugestões: O Delfim; A Balada Da Praia dos Cães; Anjo Ancorado; Dinossauro Excelentíssimo; De Profundis, Valsa Lenta; Lisboa Diário de Bordo; Alexandra Alpha. Todos editados pela Dom Quixote.

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