2003-08-19
Que mundo é este que estamos a construir e vamos deixar aos nossos filhos? É o que me apetece perguntar, mais a mim mesmo, perante o atentado à ONU em Bagdad e, sobretudo, ao saber da morte de Sérgio Vieira de Mello. Por mais condenável que seja a intervenção no Iraque – e sempre fui um dos críticos à hegemonia americana -, não consigo entender que, mesmo lutando por uma causa, haja quem não consiga distinguir entre o combate e o assassínio.
É gente criminosa, que não olha a meios para atingir fim nenhum. Eles sabem que a ONU não apoiou a guerra. Sabem que Sérgio Vieira de Mello era um homem de paz. Sabem que a missão dele era, de certa forma, remediar, emendar, reconstruir. Mas não se importam. Matar militares ou civis é a mesma coisa. Pôr ainda mais em causa o papel da ONU é também um objectivo.
Isto é política. Mas também é cultura. É a Guernica de Picasso. O símbolo do Mundo que temos. Como se muda? Não sei, mas sinto ganas de contribuir para alguma coisa. Para não deixar uma Terra apodrecida sob os pés do meu filho.
É gente criminosa, que não olha a meios para atingir fim nenhum. Eles sabem que a ONU não apoiou a guerra. Sabem que Sérgio Vieira de Mello era um homem de paz. Sabem que a missão dele era, de certa forma, remediar, emendar, reconstruir. Mas não se importam. Matar militares ou civis é a mesma coisa. Pôr ainda mais em causa o papel da ONU é também um objectivo.
Isto é política. Mas também é cultura. É a Guernica de Picasso. O símbolo do Mundo que temos. Como se muda? Não sei, mas sinto ganas de contribuir para alguma coisa. Para não deixar uma Terra apodrecida sob os pés do meu filho.