2003-08-05
REFLEXÃO
Não podemos ficar indiferentes à destruição do nosso país pelo fogo. Repetir aqui lugares comuns não vale a pena.... mas a solidariedade deve estar activa! Para reflectirmos um pouco deixo aqui um poema de Rudyard Kipling:
SE
Se tu podes impor a calma, quando aqueles
Que estão ao pé de ti a perdem, censurando
A tua teimosia nobre de a manter.
Se sabes guardar sem ruga e sem cansaço.
Privar com Reis continuando simples,
E na calúnia não recorres à infâmia
Para com arma igual e em fúria responder,
- Mas não aparentar bondade em demasia
Nem presumir de sábio ou pretender
Manifestar excesso de ousadia, -
Se o sonho, não fizer de ti um escravo
E a luz do pensamento não andar
Contigo no domínio do exagerado,
Se encaras o triunfo ou a derrota
Serenamente, firme, e reforçado
Na coragem que é necessário ter
Para ver a verdade atraiçoada,
Caluniada, espezinhada, e ainda
Os nossos ideais por terra. - Mas erguê-los
De novo em mais profundos alicerces
E proclamar com alma essa Verdade!,
Se perdes tudo quanto amealhaste
E voltas ao pricípio sem um ai,
Um lamento, uma lágrima, e sorrindo
Te debruças sobre o coração
Unindo outras reservas à Vontade
Que quer continuar, e prosseguindo
Chegar ao infinito da razão,
Se a multidão te ouvir entusiasmada
E a virtude ficar no seu lugar,
Se amigos e inimigos não conseguem
Ofender-te, e se quantos te procuram
Para estar com o teu esforço não contarem
Uns mais do que outros, - olha-os por igual!,
Se podes preencher esse minuto
Com sessenta segundos de existência
No caminho da vida percorrido
Embora essa existência seja dura
À força das tormentas que a consomem,
Bendita a tua essência, a tua origem
- O Mundo será teu,
E tu serás um Homem!
Rudyard Kipling (Versão portuguesa de António Botto)
Não podemos ficar indiferentes à destruição do nosso país pelo fogo. Repetir aqui lugares comuns não vale a pena.... mas a solidariedade deve estar activa! Para reflectirmos um pouco deixo aqui um poema de Rudyard Kipling:
SE
Se tu podes impor a calma, quando aqueles
Que estão ao pé de ti a perdem, censurando
A tua teimosia nobre de a manter.
Se sabes guardar sem ruga e sem cansaço.
Privar com Reis continuando simples,
E na calúnia não recorres à infâmia
Para com arma igual e em fúria responder,
- Mas não aparentar bondade em demasia
Nem presumir de sábio ou pretender
Manifestar excesso de ousadia, -
Se o sonho, não fizer de ti um escravo
E a luz do pensamento não andar
Contigo no domínio do exagerado,
Se encaras o triunfo ou a derrota
Serenamente, firme, e reforçado
Na coragem que é necessário ter
Para ver a verdade atraiçoada,
Caluniada, espezinhada, e ainda
Os nossos ideais por terra. - Mas erguê-los
De novo em mais profundos alicerces
E proclamar com alma essa Verdade!,
Se perdes tudo quanto amealhaste
E voltas ao pricípio sem um ai,
Um lamento, uma lágrima, e sorrindo
Te debruças sobre o coração
Unindo outras reservas à Vontade
Que quer continuar, e prosseguindo
Chegar ao infinito da razão,
Se a multidão te ouvir entusiasmada
E a virtude ficar no seu lugar,
Se amigos e inimigos não conseguem
Ofender-te, e se quantos te procuram
Para estar com o teu esforço não contarem
Uns mais do que outros, - olha-os por igual!,
Se podes preencher esse minuto
Com sessenta segundos de existência
No caminho da vida percorrido
Embora essa existência seja dura
À força das tormentas que a consomem,
Bendita a tua essência, a tua origem
- O Mundo será teu,
E tu serás um Homem!
Rudyard Kipling (Versão portuguesa de António Botto)