2003-09-09
Autores portugueses esquecidos?
Aqui há dias visitei a Fnac do NorteShopping (Porto) à procura de um autor que algum tempo pretendo ler: Fernando Namora. Na estante estavam 5 títulos, publicados pela Europa-América, edições antigas, capas pobres e papel amarelecido. Capas pobres e não em estado decente para serem vendidos a 17 ou 18 Euros! De Alves Redol existe uma colecção da Caminho que pouca coisa já se vê também. Manuel da Fonseca não encontrei nada, e do Augusto Abelaira apenas o seu último romance Outrora Agora, editado pela Presença. Nem fui espreitar Raúl Brandão. Este autor ainda foi um dos que teve destaque com o seu Húmus, na colecção Mil Folhas do Público. Fico desanimado. Porque não reeditam os autores portugueses? Os grandes autores portugueses? À excepção de José Saramago, Agustina Bessa Luis, Luisa Costa Gomes, Lídia Jorge, Raúl Brandão, João de Melo, Álvaro Guerra, José Cardoso Pires, Mário de Carvalho e Manuel Alegre, os já 90 títulos da colecção Mil Folhas não vão mais além... porquê? A colecção da Visão/JL editou autores lusófonos, mas destes autores que referi acima, nenhum deles é lembrado. A Planeta Agostini lançou há pouco tempo uma bibioteca de Miguel Torga. Mas Miguel Torga, assim como Cardoso Pires já são reeditados pela Dom Quixote. Irão desaparecer os livros de F. Namora, de Abelaira, de Raul Brandão, de Alves Redol? Ary dos Santos? José Régio? Alexandre O'Neill? Alguns ilustres académicos e directores de jornais culturais acusam este esquecimento, mas não os vejo fazerem alguma coisa para lutar contra. Como podem as novas gerações conhecer os grandes autores portugueses do século XX se os não reeditam? O mercado está cheio de edições e reedições de autores universais; mas e os nossos, serão menos que aqueles?
Aqui há dias visitei a Fnac do NorteShopping (Porto) à procura de um autor que algum tempo pretendo ler: Fernando Namora. Na estante estavam 5 títulos, publicados pela Europa-América, edições antigas, capas pobres e papel amarelecido. Capas pobres e não em estado decente para serem vendidos a 17 ou 18 Euros! De Alves Redol existe uma colecção da Caminho que pouca coisa já se vê também. Manuel da Fonseca não encontrei nada, e do Augusto Abelaira apenas o seu último romance Outrora Agora, editado pela Presença. Nem fui espreitar Raúl Brandão. Este autor ainda foi um dos que teve destaque com o seu Húmus, na colecção Mil Folhas do Público. Fico desanimado. Porque não reeditam os autores portugueses? Os grandes autores portugueses? À excepção de José Saramago, Agustina Bessa Luis, Luisa Costa Gomes, Lídia Jorge, Raúl Brandão, João de Melo, Álvaro Guerra, José Cardoso Pires, Mário de Carvalho e Manuel Alegre, os já 90 títulos da colecção Mil Folhas não vão mais além... porquê? A colecção da Visão/JL editou autores lusófonos, mas destes autores que referi acima, nenhum deles é lembrado. A Planeta Agostini lançou há pouco tempo uma bibioteca de Miguel Torga. Mas Miguel Torga, assim como Cardoso Pires já são reeditados pela Dom Quixote. Irão desaparecer os livros de F. Namora, de Abelaira, de Raul Brandão, de Alves Redol? Ary dos Santos? José Régio? Alexandre O'Neill? Alguns ilustres académicos e directores de jornais culturais acusam este esquecimento, mas não os vejo fazerem alguma coisa para lutar contra. Como podem as novas gerações conhecer os grandes autores portugueses do século XX se os não reeditam? O mercado está cheio de edições e reedições de autores universais; mas e os nossos, serão menos que aqueles?