2003-09-25
A campainha da porta toca, é a policia militar. Isaac levanta-se, sabe ao que eles vêem. Despede-se da mulher e olha para o filho, um pedaço de gente miúda com duas pernas, dois braços, uns olhos escuros e um nariz semita.
Olha para a criança agarrada às pernas da mãe, não fosse o nariz e poderia ser um palestino. Os gestos das crianças não conhecem raças nem crenças...
A mulher vê-o ser algemado com algum orgulho, sabe que o marido, piloto da força aérea na reserva, tomou a atitude certa. Lá longe, em Gaza, uma espessa nuvem de fumo negro irrompe de mais um prédio bombardeado. Isaac não está só, são cada vez mais os militares israelitas que se recusam a participar na carnificina da população civil, mas são ainda uma minoria.
foto BBC
Olha para a criança agarrada às pernas da mãe, não fosse o nariz e poderia ser um palestino. Os gestos das crianças não conhecem raças nem crenças...
A mulher vê-o ser algemado com algum orgulho, sabe que o marido, piloto da força aérea na reserva, tomou a atitude certa. Lá longe, em Gaza, uma espessa nuvem de fumo negro irrompe de mais um prédio bombardeado. Isaac não está só, são cada vez mais os militares israelitas que se recusam a participar na carnificina da população civil, mas são ainda uma minoria.
foto BBC