2003-09-23
Uma agitação súbita...
O homem sentado à minha frente depositava os olhos, preguiçosos, no decote da rapariga que lia compenetradamente um livro de capa castanha. Ao meu lado e com um ressonar quase inaudível, cabeceava uma senhora de dimensões que me empurravam para fora do banco. Do outro lado do corredor o mesmo silêncio, apenas se ouvia o voltear das páginas da Bola nas mãos de um bigodaças.
De repente a agitação.
O livro castanho foi pousado obrigando o meu vizinho da frente a levantar o olhar rapidamente. Ao meu lado, as carnes tremeram, enquanto a senhora remexia na bolsa preta que pousara sobre o colo. O homem do bigode levantou-se e levou a mão ao rabo de onde surgiu uma carteira.
Mal o revisor passou, tudo voltou ao normal. O silêncio rima com os olhares mortiços na linha de Sintra aquela hora da manhã.
O homem sentado à minha frente depositava os olhos, preguiçosos, no decote da rapariga que lia compenetradamente um livro de capa castanha. Ao meu lado e com um ressonar quase inaudível, cabeceava uma senhora de dimensões que me empurravam para fora do banco. Do outro lado do corredor o mesmo silêncio, apenas se ouvia o voltear das páginas da Bola nas mãos de um bigodaças.
De repente a agitação.
O livro castanho foi pousado obrigando o meu vizinho da frente a levantar o olhar rapidamente. Ao meu lado, as carnes tremeram, enquanto a senhora remexia na bolsa preta que pousara sobre o colo. O homem do bigode levantou-se e levou a mão ao rabo de onde surgiu uma carteira.
Mal o revisor passou, tudo voltou ao normal. O silêncio rima com os olhares mortiços na linha de Sintra aquela hora da manhã.