A GRALHA JÁ CHEGOU AO FAROL

Conheci a Gralha no "Foxtrot", um daqueles bares perto da minha antiga casa em Lisboa -(que saudades). Nós estávamos num alegre debate - filmes, livros, pintura pop - e no outro lado da sala, sentada, a sublinhar um livro, estava a Gralha. às tantas a catatua (lembram-se da catatua, sempre tão inconveniente!?) atirou-lhe um piropo e aqueles olhos negros gelaram a alma do pobre bicho, que não abriu o bico o resto da noite e nós baixámos imediatamente o tom de voz.
Mais tarde, ela saiu com o seu andar elegante e nós pouco depois, mas ao virar a esquina
descobrimos a Gralha encostada à parede a olhar o pneu furado. Fomos cavalheiros e ajudámos a nossa futura amiga.
O que se seguiu depois foi uma história de cumplicidades na escrita. Hoje, ainda de madrugada, ela lá estava no Farol: listas por çistas; nomes por noms...
Seja então bem vinda minha querida amiga!

PS- O Bichinho da escrita uma vez zangou-se muito com ela, depois de ter adormecido em cima do teclado!!!!!!!!!