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2003-10-24

 
Inundas a noite
Com as tuas mãos
Derrama-se por ti
Em mim o mundo
Agora que és
cavidade absoluta

Amar-te no rasto
Das lágrimas
Na vida esboçada
Só com um dedo
Porque és maior
Do que o teu fim.

Pela dor íngreme
Se chega a ti
Vergasta o vento
Teu breve corpo
Silencioso, feliz,
Em sua urna de água.


Ana Marques Gastão
In Anos 90 e Agora
Quasi Edições

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