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2003-10-03

 
União Europeia

É sabido que ando de candeias às avessas com a televisão e também que não morro de amores pelo parlamento. Por este, não enquanto instituição Assembleia da República, mas como centro privilegiado de decisões de fundo para o País, onde os eleitos se perdem em discussões estéreis e inúteis, deixando, por vezes, muito a desejar à arte das boas maneiras e da convivência social.
Mas, hoje dei-me conta que há bons políticos em Portugal, ficando colado ao Canal 44 durante um debate, em directo, sobre a nova Constituição Europeia. Porque não discutiram por discutir mas para confrontar ideias, com a calma e fair play que se lhes exige. E o tema é importante. Todos sabem que pertencemos à União Europeia e que até temos uma moeda comum. Mas poucos saberão que, cada vez mais, os poderes de cada Estado membro vão sendo ou tendem a ser transferidos para ou partilhados por uma entidade supranacional.
A salvaguarda das identidades nacionais vai cedendo a esta vontade, progressiva, de construir um Estado Europeu. A Constituição Europeia não é uma verdadeira constituição no sentido conceptual ainda vigente. Mas os velhos conceitos nem sempre já se adaptam às novas realidades. A dinâmica de hoje, a globalização, obrigam a recriar, a reformular definições, a, sobretudo, uma mudança de mentalidades.
Que tem isto a ver com o nosso Farol? Nada e tudo. Até que ponto a nossa cultura pode ser absorvida? Em que medida perderemos a nossa identidade? São perguntas que se colocam. Pela minha parte, acérrimo defensor de um Estado Federado Europeu, face à realidade do Mundo actual, penso que só temos a ganhar. Assim saibamos nos encontrar nesse espaço maior, fazendo valer as nossas raízes.

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