2003-12-11
ERA UMA VEZ NO MÉXICO
Roberto Rodriguez chegou a Hollywood levando na bagagem um filme feito com o minímo dos minímos de custos...chamava-se El Mariachi e contava com a ajuda de um grupo de amigos...simplesmente magnifico...demonstrando como é possivel fazer cinema com meios tão escassos. Rodriguez surgia assim como o "homem dos sete instrumentos".E claro os estúdios deitaram-lhe as unhas...mas o que se seguiu provou que o menino prodigio deixou-se maravilhar pela manicure de Los Angeles e a guitarra foi perdendo o som limpído à medida que as películas seguintes foram nascendo.
Desperadousou a mesma partitura de El Mariach e Banderas deu um ar da sua graça...mas Aberto Até de Madrugada foi feito para as pipocas...apesar de ter um argumento de Tarantino...era essencialmente um movie...depois foram os Spy Kids criado a pensar nas bilheteiras e num público infantil e pré-adolescente...verdadeiro desastre!!! E agora o fechar da triologia do Mariachi segundo dizem com Era Uma Vez no México.
Banderas regressa e com ele a figura do Mariachi. Se o elenco é de luxo...pois temos Dafoe e Ruben Blades (sempre excelentes por muito maus que sejam os filmes) já o Depp repete um papel revivido noutros movies e quanto às senhoras Salma e Eva surgem como simples produtos de decoração. Enfim muitas explosões para colmatar a falta de ideias e uma história cujos contornos estão explícitos desde o primeiro fotograma...e desta vez...já nem se trata de um movie para pipocas em salas de cinema, mas sim de um daqueles produtos em que Roger Corman se especializou nos anos sessenta: o movie para drive-in! Sim!!!! para drive-in porque neles tudo se faz menos ver o movie e oferecer uma bola preta na classificação é na verdade já gastar muita tinta, portanto fiquemos pela bola branca. A evitar!!!!