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2003-12-11

 
O “poder” das palavras

O post de ontem “Há que ser optimista” foi, mais que um desabafo, um acto de rebeldia. Há coisas que pensamos que só acontecem aos outros e quando nos tocam ficamos assim. Compreendemos então melhor algumas realidades. E, sobretudo, damos valor à solidariedade. Já temperado pela resignação - que contra factos não há argumentos – e com optimismo moderado, tentei fazer algum humor. Porque não vale de nada arrancar os cabelos – no meu caso dariam para várias cabeleiras -, mas encarar as coisas como elas são. O pragmatismo não é o meu forte, mas nestas ocasiões vejo-me a encarar o touro de frente, olhos nos olhos. Tudo tem um lado positivo, se formos capazes de nos superar.
E é quando, por vezes, nos acontecem as coisas mais incríveis. Nem tinham passado cinco minutos sobre a colocação daquele post, recebia uma chamada no meu telemóvel. Uma pessoa de Estremoz encontrara a carteira furtada com todos os documentos. Todos?! Não é bem assim. Menos os cartões de crédito e do multibanco, claro. Também já estavam cancelados, para que os queria? De repente, vi-me livre das filas intermináveis. Readquiri a qualidade de cidadão com plenos direitos. Até a Senhora Ministra das Finanças me parecia mais simpática, sorrindo, embevecida, ao ver-me empunhar o Cartão de Contribuinte. Este foi o último sonho da noite, que me lembre, antes de rumar a Estremoz.

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