2004-01-15
"OVER THE RAINBOW"
Para o Zé Pedro e a Luísa
Na quinta-feira temática, os Faroleiros, tal como os Mosqueteiros respondem à chamada...desta vez, foi o tema proposto pela Henriqueta, que nos reuniu à volta do "Arco-Íris". Por razões de saúde, o texto que desejava escrever acabou por não nascer...mas vou falar um pouco dele.
Chamava-se "O Vale do Arco-Íris" e tinha a fazer-lhe companhia o piano de Keith Jarrett enviando para o azul do céu o tema "over the rainbow", é claro que o espaço onde se iria passar o final da história...seria retirado de "Brigadoon"(A Lenda dos Beijos Perdidos) de Vincent Minnelli e a sua coreografia acabaria por encher de colorido as palavras dos nossos heróis.
Ele chamava-se Peter e ela Megan, viviam em Whiteblack Town, uma pequena povoação perdida nas Montanhas Rochosas, perto de Yosemith e onde chovia diáriamente, já fazia uma decada, como se de uma maldição se tratasse. Nessa cidade não existia crime ou pobreza, apenas "bem estar" baseado no politicamente correcto, e no entanto Peter e Megan sentiam o vazio das suas vidas sem sentido, pois antes de dizerem ou escreverem uma palavra, os seus interlocutores, já estavam ao corrente dela, exibindo sorrisos forçados no rosto. Na verdade o sentido das suas vidas, era uma estrada para lugar nenhum, uma rua sem saída, um beco inexistente.
Um dia, Peter conheceu um esquilo, possivelmente um primo afastado do Bichinho, e ofereceu-lhe abrigo na sua casa, mas os pais depois de o castigarem, deram-lhe oito horas para se livrar do maravilhoso esquilo.
Nessa mesma noite encontrou-se com Megan, debaixo do velho carvalho que insistia em permanecer na Main Street, e num impulso, partiram para lado nenhum...sabiam apenas que nunca mais poderiam regressar a casa. E caminharam até já não sentirem os pés e adormeceram, junto a um pequeno ribeiro, completamente exaustos.
No dia seguinte ao acordarem, repararam que o esquilo tinha desaparecido, mas o fundo do pequeno ribeiro era visí vel, devido à transparência das águas, e nele haviam tonalidades desconhecidas. A pouco e pouco Peter e Megan foram habituando o olhar ás desconhecidas cores que surgiam em seu redor. Era certo o mistério que rodeava o nome daquelas tonalidades e a sua beleza quase os cegava. Por fim Peter segurou na mão de Megan e juntos continuaram a descida, ao longo do pequeno ribeiro, até que por fim, avistaram um vale meio escondido nas brumas...e de súbito surgiu radioso o Arco-Íris, ao mesmo tempo que pequenas sonoridades cristalinas, oriundas de um piano maravilhoso, os conduzia a Brigadoon...over the rainbow.
(Como diria o meu amigo Zé Pedro para a Joana Falcão..."aqui fica o esqueleto da história", agora tenho que ir procurar a Luísa, que está, já vão três semanas, no bar da fnac/Colombo, à espera que aqueles dois preguiçosos, decidam o seu destino)
PS- Nota do Editor: Que eu saiba o preguiçoso só é um, pois a "bola" está do seu lado, meu caro amigo, mas tendo em conta o estado de saúde do Bichinho, vou ser tolerante...tem mais uma semanita, para passar a bola, para o outro lado do Arco-Íris!
Para o Zé Pedro e a Luísa
Na quinta-feira temática, os Faroleiros, tal como os Mosqueteiros respondem à chamada...desta vez, foi o tema proposto pela Henriqueta, que nos reuniu à volta do "Arco-Íris". Por razões de saúde, o texto que desejava escrever acabou por não nascer...mas vou falar um pouco dele.
Chamava-se "O Vale do Arco-Íris" e tinha a fazer-lhe companhia o piano de Keith Jarrett enviando para o azul do céu o tema "over the rainbow", é claro que o espaço onde se iria passar o final da história...seria retirado de "Brigadoon"(A Lenda dos Beijos Perdidos) de Vincent Minnelli e a sua coreografia acabaria por encher de colorido as palavras dos nossos heróis.
Ele chamava-se Peter e ela Megan, viviam em Whiteblack Town, uma pequena povoação perdida nas Montanhas Rochosas, perto de Yosemith e onde chovia diáriamente, já fazia uma decada, como se de uma maldição se tratasse. Nessa cidade não existia crime ou pobreza, apenas "bem estar" baseado no politicamente correcto, e no entanto Peter e Megan sentiam o vazio das suas vidas sem sentido, pois antes de dizerem ou escreverem uma palavra, os seus interlocutores, já estavam ao corrente dela, exibindo sorrisos forçados no rosto. Na verdade o sentido das suas vidas, era uma estrada para lugar nenhum, uma rua sem saída, um beco inexistente.
Um dia, Peter conheceu um esquilo, possivelmente um primo afastado do Bichinho, e ofereceu-lhe abrigo na sua casa, mas os pais depois de o castigarem, deram-lhe oito horas para se livrar do maravilhoso esquilo.
Nessa mesma noite encontrou-se com Megan, debaixo do velho carvalho que insistia em permanecer na Main Street, e num impulso, partiram para lado nenhum...sabiam apenas que nunca mais poderiam regressar a casa. E caminharam até já não sentirem os pés e adormeceram, junto a um pequeno ribeiro, completamente exaustos.
No dia seguinte ao acordarem, repararam que o esquilo tinha desaparecido, mas o fundo do pequeno ribeiro era visí vel, devido à transparência das águas, e nele haviam tonalidades desconhecidas. A pouco e pouco Peter e Megan foram habituando o olhar ás desconhecidas cores que surgiam em seu redor. Era certo o mistério que rodeava o nome daquelas tonalidades e a sua beleza quase os cegava. Por fim Peter segurou na mão de Megan e juntos continuaram a descida, ao longo do pequeno ribeiro, até que por fim, avistaram um vale meio escondido nas brumas...e de súbito surgiu radioso o Arco-Íris, ao mesmo tempo que pequenas sonoridades cristalinas, oriundas de um piano maravilhoso, os conduzia a Brigadoon...over the rainbow.
(Como diria o meu amigo Zé Pedro para a Joana Falcão..."aqui fica o esqueleto da história", agora tenho que ir procurar a Luísa, que está, já vão três semanas, no bar da fnac/Colombo, à espera que aqueles dois preguiçosos, decidam o seu destino)
PS- Nota do Editor: Que eu saiba o preguiçoso só é um, pois a "bola" está do seu lado, meu caro amigo, mas tendo em conta o estado de saúde do Bichinho, vou ser tolerante...tem mais uma semanita, para passar a bola, para o outro lado do Arco-Íris!