2004-02-12
Muitas são as pessoas que se cruzam comigo no dia a dia.
Por vezes são ombros que se encontram num encontrão ocasional, por vezes são dois corpos que se encostam num abraço metropolitano. A maior parte das pessoas que comigo se depara nessas ocasiões suporta facilmente a dureza do meu ombro ou o desconforto do contacto apertado e não desejado.
Mas raras, muito raras, são aquelas que aguentam um olhar. Desviam os olhos mal os nossos olhares se cruzam, fogem deles como se o olhar matasse, rasgasse a roupa ou visse os seus segredos mais escondidos. Num elevador é um verdadeiro bailado de olhos a se evitarem num espaço tão apertado, enquanto o constrangimento desce até ao rés do chão.
Mas por vezes encontro outros olhares a percorrerem os rostos vazios que nos cercam no dia a dia. Olhares que procuram uma centelha de brilho por detrás daqueles rostos cansados e esses olhares, quando cruzam o meu, abrem-se num sorriso.
Por vezes são ombros que se encontram num encontrão ocasional, por vezes são dois corpos que se encostam num abraço metropolitano. A maior parte das pessoas que comigo se depara nessas ocasiões suporta facilmente a dureza do meu ombro ou o desconforto do contacto apertado e não desejado.
Mas raras, muito raras, são aquelas que aguentam um olhar. Desviam os olhos mal os nossos olhares se cruzam, fogem deles como se o olhar matasse, rasgasse a roupa ou visse os seus segredos mais escondidos. Num elevador é um verdadeiro bailado de olhos a se evitarem num espaço tão apertado, enquanto o constrangimento desce até ao rés do chão.
Mas por vezes encontro outros olhares a percorrerem os rostos vazios que nos cercam no dia a dia. Olhares que procuram uma centelha de brilho por detrás daqueles rostos cansados e esses olhares, quando cruzam o meu, abrem-se num sorriso.