2004-03-28
Está ? É de quando o telefone toca, em quem vai votar...
O telefone toca. É mais uma sondagem, querem saber em quem é que eu votaria, mas primeiro em quem é que eu votei nas eleições anteriores e pôr uma data de cenários à minha apreciação.
Hesito entre dizer a verdade ou tentar influenciar o resultado da sondagem, dizendo que votei num grande partido e agora vou votar num pequeno. “Prevê-se uma grande transferência de votos de...”. É que uma vez fiz as contas, uma opinião numa sondagem normal corresponde a cerca de 0,1 %, muito mais que um verdadeiro voto. Um berro do meu filho mais novo seguido de um grande estrondo acaba com a indecisão: - Agora não posso, boa noite.
É por isto que eu não acredito em sondagens, falam em amostras representativas, mas apenas contactam eleitores com telefone fixo. Como se tal não chegasse, grande parte dessas pessoas, desligam logo o telefone antes de saberem se ganharam um fim de semana na Républica Dominicana ou se preferem o Cavaco ao Santana.
Dos poucos que sobram, muitos não dizem a verdade. Não é qualquer um que tem coragem de, por exemplo, confessar que vai votar na Nova Democracia. Depois existem os outros, os que falam de um partido onde sempre quiseram votar mas onde, curiosamente, nunca votam porque acham que aquele não é um voto útil, existem ainda os mentirosos compulsivos e os que apenas votariam se fosse por telefone pois não estão para se deslocar à escola mais próxima e perder tempo nas urnas.
É por tudo isso que eu não ligo a sondagens, nem acredito nelas, além do mais passam a vida a telefonar para minha casa, muito mais do que se a escolha fosse aleatória, mas prometo que da próxima vez, se os meus filhos não me interromperem e estiver naqueles dias em que atendo o telefone, que uma vez na vida vou dar uma resposta verdadeira. Pode ser que desistam...
O telefone toca. É mais uma sondagem, querem saber em quem é que eu votaria, mas primeiro em quem é que eu votei nas eleições anteriores e pôr uma data de cenários à minha apreciação.
Hesito entre dizer a verdade ou tentar influenciar o resultado da sondagem, dizendo que votei num grande partido e agora vou votar num pequeno. “Prevê-se uma grande transferência de votos de...”. É que uma vez fiz as contas, uma opinião numa sondagem normal corresponde a cerca de 0,1 %, muito mais que um verdadeiro voto. Um berro do meu filho mais novo seguido de um grande estrondo acaba com a indecisão: - Agora não posso, boa noite.
É por isto que eu não acredito em sondagens, falam em amostras representativas, mas apenas contactam eleitores com telefone fixo. Como se tal não chegasse, grande parte dessas pessoas, desligam logo o telefone antes de saberem se ganharam um fim de semana na Républica Dominicana ou se preferem o Cavaco ao Santana.
Dos poucos que sobram, muitos não dizem a verdade. Não é qualquer um que tem coragem de, por exemplo, confessar que vai votar na Nova Democracia. Depois existem os outros, os que falam de um partido onde sempre quiseram votar mas onde, curiosamente, nunca votam porque acham que aquele não é um voto útil, existem ainda os mentirosos compulsivos e os que apenas votariam se fosse por telefone pois não estão para se deslocar à escola mais próxima e perder tempo nas urnas.
É por tudo isso que eu não ligo a sondagens, nem acredito nelas, além do mais passam a vida a telefonar para minha casa, muito mais do que se a escolha fosse aleatória, mas prometo que da próxima vez, se os meus filhos não me interromperem e estiver naqueles dias em que atendo o telefone, que uma vez na vida vou dar uma resposta verdadeira. Pode ser que desistam...