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2004-03-04

 
Fenómenos atmosféricos

A chuva caía incessantemente, molhando os casacos dos transeuntes e formando pequenas poças nos baixios do asfalto.

Pessoas sem rosto visível, encobertas por chapéus de chuva multicolores femininos ou pretos monocórdicos masculinos, passavam indiferentes por mim que devia ser o único a quem a chuva não afligia.

O sol que trazia cá dentro repelia as gotas que também me evitavaqm. Estavas À minha espera mal eu dobrasse a esquina, e na minha mente antevia os teus braços abertos para me aconchegares.

Curiosos que ninguém estranhasse o facto da chuva cair sobre todo o bulício da avenida mas não sobre mim.

Apenas quando virei a esquina e a tua ausência me acertou em cheio é que a chuva desabou sobre mim sem que mais uma vez, ninguém reparasse que a maioria das gotas de chuva brotasse, ali mesmo, dos meus olhos.

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