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2004-03-31

 



Inesperadamente deste-me a mão, só a ponta dos dedos. Mas de repente todo eu era dedos, era naquelas extremidades que te tocavam que se concentravam todos os meus sentidos. O meu coração batia com tanta força que mal conseguia ouvir o teu silêncio.

Os nossos olhos que antes se procuravam, afastaram-se arredios, como se tivessem medo de surpreender uma expressão inesperada no outro olhar. A custo, e enquanto um suave calor me subia às faces, forcei o meu olhar a fixar-se no teu rosto. Cabelos agitavam-se ao vento como bandeiras desfraldadas no mar alto, mostrando e ocultando a tua cara.

Puseste-te em bicos de pés e estendeste-me a boca... e foi aí que descobri que tinhas o sabor inconfundível do chocolate.

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