2004-03-20
Os olhos são como farois, por vezes brilham intensamente fazendo esquecer outros momentos, em que, mortiços, apenas se deixam antever sem iluminar.
Por vezes um brilho de um olhar é de tal intensidade que é capaz de rasgar o nevoeiro mais cerrado e as brumas da memória. Duas vezes ao mar, três vezes a terra.
E quando dois faróis se encontram ?
O eco do brilho de um farol no outro, num jogo de toca e foge, ilumina o mar e ilumina a terra numa estranha dança de luz e amizade.
São assim os faróis, que mesmo distantes e sem braços, por vezes se deixam abraçar.