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2004-04-26

 


Fantasia para dois coronéis e uma piscina

Este romance de Mário de Carvalho , contado de forma particular, com alguma cumplicidade com o leitor e uma piscadela de olho ao estilo literário de Saramago, conta-nos a história de dois coronéis que se retiram para montes no baixo Alentejo e se dedicam, entre outras coisas, a manter uma piscina impecável apesar de nunca ter sido usada para além do dia da inauguração.

É um livro pleno de critica social, muito bom humor e de agradável leitura. Não passa no entanto disso.

E foi assim que o jovem Emanuel, uma bela tarde, chegou no seu Renault Quatro ao monte do coronel Bernardes, alvoroçou um novelo de galinhas em estrédula revoada e deu duas buzinadelas a preceito. Após, saiu do carro, encheu o peito de ar, admirou as casas e os horizontes e ficou à espera. Alto, desengonçado, com um cabelo espigado, às farripas e uma cara agaiatada, de traquinice benigna, não ficava mal na paisagem.
Não tardaram o coronel e, mais tarde, Maria das Dores.
Foi tratado por ele paternalmente, e por ela talvez mais maternalmente do que seria apropriado.

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