2004-04-05
O amigo do morto
Há alguns anos atrás fui ao cemitério levar alguém que ali queria rezar e depositar flores junto ao túmulo de um ente querido. Como se demorava, dei comigo a olhar para as fotografias das campas circundantes. Por entre flores de plástico e laços de cetim queimados pelo sol, descobri uma fotografia completamente diferente de todas aquelas que alguma vez sonhei encontrar num local daqueles.
Era uma fotografia a preto e branco de um soldado fardado a rigor e sorridente. Na mesma fotografia, de frente para a objectiva mas um pouco mais afastado, podíamos ver um outro soldado, também ele fardado, mas completamente alheio à objectiva do fotógrafo.
Tratava-se muito provavelmente de um amigo (ou não) do falecido mas caramba … haja bom senso e se não houver, que haja uma tesoura para tirar daquele sítio uma pessoa que muito provavelmente anda por aí sem saber que há uma fotografia sua por baixo de um “Aqui jaz…”
Há alguns anos atrás fui ao cemitério levar alguém que ali queria rezar e depositar flores junto ao túmulo de um ente querido. Como se demorava, dei comigo a olhar para as fotografias das campas circundantes. Por entre flores de plástico e laços de cetim queimados pelo sol, descobri uma fotografia completamente diferente de todas aquelas que alguma vez sonhei encontrar num local daqueles.
Era uma fotografia a preto e branco de um soldado fardado a rigor e sorridente. Na mesma fotografia, de frente para a objectiva mas um pouco mais afastado, podíamos ver um outro soldado, também ele fardado, mas completamente alheio à objectiva do fotógrafo.
Tratava-se muito provavelmente de um amigo (ou não) do falecido mas caramba … haja bom senso e se não houver, que haja uma tesoura para tirar daquele sítio uma pessoa que muito provavelmente anda por aí sem saber que há uma fotografia sua por baixo de um “Aqui jaz…”