2004-05-30
Ao sabor do Vento, de Ramiro Marques
"Livre, por assim dizer. Livre, livre como uma águia. Sem laços nem amarras. Assim, ao sabor do vento. O problema é que gosto muito de mulheres. A bem dizer, não posso passar sem elas. E não é só o sexo que me atrai nelas. É também a cumplicidade e os afectos. Gosto de amar uma mulher, mas não consigo pensar em constituir família. As mulheres casadas são, por definição, mulheres que não podem casar. Pelo menos enquanto forem casadas. Foi por isso que me desinteressei sempre das mulheres casadas que acabaram por se divorciar. Quando eram casadas, sentia por elas fascínio e desejo. Divorciadas, passei a afastar-me delas, a receá-las até.Passaram a ser livres e comecei a vê-las como adversárias do meu modo de vida."
Este é o retrato de Jorge, professor universitário, de 56 anos que dá cor ao mais recente romance de Ramiro Marques. Recomendo.
"Livre, por assim dizer. Livre, livre como uma águia. Sem laços nem amarras. Assim, ao sabor do vento. O problema é que gosto muito de mulheres. A bem dizer, não posso passar sem elas. E não é só o sexo que me atrai nelas. É também a cumplicidade e os afectos. Gosto de amar uma mulher, mas não consigo pensar em constituir família. As mulheres casadas são, por definição, mulheres que não podem casar. Pelo menos enquanto forem casadas. Foi por isso que me desinteressei sempre das mulheres casadas que acabaram por se divorciar. Quando eram casadas, sentia por elas fascínio e desejo. Divorciadas, passei a afastar-me delas, a receá-las até.Passaram a ser livres e comecei a vê-las como adversárias do meu modo de vida."
Este é o retrato de Jorge, professor universitário, de 56 anos que dá cor ao mais recente romance de Ramiro Marques. Recomendo.