2004-05-19
Quando a liberdade de expressão passa a ser crime
É porque alguma coisa está profundamente errada. Tal prática é típica de países com regimes ditatoriais. No entanto nos EUA, o governo de George Bush tentou processar criminalmente a organização Greenpeace nos Estados Unidos por causa de um protesto pacífico realizado em Abril de 2002, contra a exportação ilegal de madeira da Amazónia, realizado em Miami.
Na sequência desse protesto seis activistas foram detidos durante um fim de semana dado terem entrado a bordo de um navio que transportava mogno e foram processados. Essa situação já aconteceu diversas vezes na sequência de acções deste tipo do Greenpeace.
Dois anos passados, o governo de George Bush resolveu considerar a Greenpeace como uma organização criminosa, acusando-a de um crime bizarro: "O governo Bush acusa o Greenpeace pelo crime de “venda de marinheiro” (sailor-mongering, em inglês), uma lei da época da pirataria que não é utilizada há 114 anos. O crime de “venda de marinheiro” foi tipificado no século 19, quando bórdeis enviavam prostitutas com bebidas alcóolicas aos navios. O objetivo era embebedar a tripulação e trazê-los para terra firme, onde os marinheiros eram mantidos em cativeiro."
Na fotografia podem-se ver activistas do Greenpeace brasileiro, com uma mordaça preta, a entregarem um pedaço de mogno ilegal ao Cônsul Geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro com a mensagem “Presidente Bush: combata a madeira ilegal, não o Greenpeace” gravada na madeira.
Felizmente o tribunal de Miami, por intermédio do Juiz Adalberto Jordan considerou o caso nulo por insuficiencia de provas.