<$BlogRSDUrl$>

2004-09-18

 
Antídoto Versão 3.0

Depois do livro de José Luís Peixoto e do album gerado em simultâneo pelos Moonspell, eis que nos chega Antídoto em versão bailado. Quantos mais antídotos precisaremos para exorcizar os nossos medos ?

Não é evidente a ligação entre este bailado e o livro de contos do José Luís Peixoto. No entanto o imaginário do autor está lá. O meio rural, personagens bem vincadas mas algo imprevistas, o ritmo, o entrelaçar de sentimentos, a tristeza, a nostalgia, a dor, o conflito, o amor, a violentação, o riso descontrolado, a revolta, a dor, a tristeza, a melancolia.

No chão do placo surgem figuras geométricas de diferentes cores e texturas, areia, terra, relva e flores. Quatro mulheres e três homens movem-se, dançam, formando diálogos. Quantos diálogos são possíveis entre sete personagens aparentemente desconexas que no entanto por vezes formam um todo ? Muito menos que as leituras feitas por cada pessoa que enchia a bancada do Tetaro Camões.

A música funcionava em crescente e marcava os capítulos, marcados ainda pelo despir de peças de roupa da rapriga de negro que dançava com os seus cabelos. Infelizmente a qualidade do som deixou muito a desejar.

O bailado termina e sinto que assisti a algo original, fica no entanto uma ligeira impressão que faltava algo. Maior clareza na mensagem ? Ou terá sido incapacidade minha de mergulhar completamente naquele mundo campestre que viveu por hora e meia frente ao meu olhar...

Comments: Enviar um comentário

<< Home