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2004-09-09

 


O código Da Vinci

Li finalmente este best-seller mundial de Dan Brown. Por puro preconceito sou normalmente esquivo a ler os livros que todas as pessoas lêem e elogiam. No entanto, tal como aconteceu, por exemplo, com Equador de Miguel Sousa Tavares, um livro pode ser um caso de sucesso e simultaneamente ser realmente bom.

Robert Langdon está em Paris, para uma conferência, quando é acordado a meio da noite e levado para o Louvre. Depara-se aí com um estranho assassinato em que a vitima deixa uma mensagem cifrada. Esse é o ponto de partida para uma mirabolante aventura com todos os ingredientes para prender o leitor. Muita acção, reviravoltas estonteantes, suspense e enigmas por descobrir. Esta é a base da história e só por isso vale a pena ler o livro.

No entanto o “sucesso” de O Código Da Vinci resulta muito mais da teoria coerente divulgada ao longo do livro, quanto à verdadeira história de Jesus Cristo e de Maria Madalena, da estranha relação entre a Opus Dei e o Vaticano e, claro, da demanda do Santo Graal.

Não sei o suficiente de história e de teologia para avaliar da veracidade dos factos descritos. No entanto não tenho dúvida quanto à forma como a igreja católica se apropriou de certos ritos pagãos ou da forma como ostracizou o sexo feminino ao longo da sua história.

Mas também me parecem excessivos alguns simbologismos referidos. Quando se procura entre milhares de factos ou de símbolos alguns que apontam certa direcção, facilmente se encontram. Essa é a base de qualquer teoria da conspiração. Parece-me por exempo excessivo considerar que a cor dos cabelos e o nome, Ariel, da Pequena Sereia da Disney tenham a ver com Maria Madalena, parece-me que se esqueceram que não foi a Disney quem escreveu a história original da Pequena Sereia.

Este livro, prova ainda, como uma teoria escrita como um romance tem muito maior impacto do que escrita de forma mais erudita. Já tinha pensado o mesmo ao ler como a triologia de Frederico Lourenço revela a homossexualidade latente em Camões.

Mas, polémicas à parte, o livro lê-se muito bem.


P.S A última ceia de Leonardo da Vinci, onde segundo Dan Brown é vísivel que ao lado esquerdo de Jesus se encontra Maria Madalena.




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