2005-01-20
Falta um mês
As eleições do próximo dia 20 de Fevereiro devem ficar para a história como as do fim da bipolarização que se vinha a instalar na política portuguesa.
E se a convicção generalizada de que o PS vai ganhar as eleições mas não terá a maioria absoluta, é a grande responsável pela dispersão dos votos, existem outros factores, à esquerda e à direita, que não são de desprezar.
Por um lado é evidente que no tradicional eleitorado laranja, existe uma grande fatia que tendo grandes dificuldades em votar Santana Lopes, também não quererá votar PS. O PP, apesar dos malabarismos erráticos de Bagão Félix, conseguiu passar uma imagem de maior seriedade política e, estou convicto, aumentará significativamente o seu número de deputados.
Do lado daquilo que é vulgar chamar-se esquerda, Sócrates não tem conseguido apresentar soluções concretas e descolar-se da imagem, algo injusta, de ser o Santana da esquerda. O Bloco, que foi até agora a única força política a apresentar propostas concretas, tem vindo a captar, pela sua imagem de competência e, também, de ruptura, um elevado número de eleitores extraviados ultrapassando a lógica do eleitorado jovem urbano.
O PCP, por fim, não sendo um partido que capte eleitorado volátil, consegue manter os seus fieis, tanto mais agora, que o seu novo secretário geral é um melhor espelho dos mesmos.
Por tudo isto, penso que aquilo que está verdadeiramente em jogo a 20 de Fevereiro, é saber qual vai ser a 3ª força política mais votada.
As eleições do próximo dia 20 de Fevereiro devem ficar para a história como as do fim da bipolarização que se vinha a instalar na política portuguesa.
E se a convicção generalizada de que o PS vai ganhar as eleições mas não terá a maioria absoluta, é a grande responsável pela dispersão dos votos, existem outros factores, à esquerda e à direita, que não são de desprezar.
Por um lado é evidente que no tradicional eleitorado laranja, existe uma grande fatia que tendo grandes dificuldades em votar Santana Lopes, também não quererá votar PS. O PP, apesar dos malabarismos erráticos de Bagão Félix, conseguiu passar uma imagem de maior seriedade política e, estou convicto, aumentará significativamente o seu número de deputados.
Do lado daquilo que é vulgar chamar-se esquerda, Sócrates não tem conseguido apresentar soluções concretas e descolar-se da imagem, algo injusta, de ser o Santana da esquerda. O Bloco, que foi até agora a única força política a apresentar propostas concretas, tem vindo a captar, pela sua imagem de competência e, também, de ruptura, um elevado número de eleitores extraviados ultrapassando a lógica do eleitorado jovem urbano.
O PCP, por fim, não sendo um partido que capte eleitorado volátil, consegue manter os seus fieis, tanto mais agora, que o seu novo secretário geral é um melhor espelho dos mesmos.
Por tudo isto, penso que aquilo que está verdadeiramente em jogo a 20 de Fevereiro, é saber qual vai ser a 3ª força política mais votada.