2005-07-11
Segurança X Liberdade
Há um debate que se impõe. Já se estudava, já se comentava, mas só agora, depois dos atentados em Londres, parece ganhar alguma consistência. A UE, nos próximos tempos, irá discutir e, eventualmente, aprovar medidas que, de algum modo, podem diminuir ainda mais o nosso direito à privacidade. Telefones, fixos e móveis, e a Internet, estarão debaixo de olho das autoridades de Segurança. Os nossos contactos ficarão guardados, pelo menos os registos de origem e de destino e, claro, mais alguns dados, para ulterior análise, caso sobre nós recaia alguma suspeita de actividades terroristas. A verdade é que isso não constitui uma grande novidade, já que podemos ser escutados e ter os nossos contactos devassados, desde que por autorização expressa de uma autoridade judicial.
Não tendo muito a esconder e nem simpatizando com Bin Laden ou com todos os que afirmam as suas causas pela violência, confesso que isso me chateia. Não gosto nada que me andem a espiar e, muito menos, a ouvir ou a ler as minhas conversas e mensagens. Apesar de não muito incomodado, bastou-me a PIDE e os gorilas da Faculdade de Direito. Mas, talvez a dinâmica do Mundo actual exija algum sacrifício das nossas liberdades individuais. É uma dúvida que me fica. Só que sinto também que não é assim que vamos lá. A erradicação do terrorismo passa por outro tipo de medidas, como o Pedro Farinha apontou num post abaixo. A dicotomia ocidente e oriente, norte e sul, são meros eufemismos para significar dominantes e dominados. Para significar que não há partilha, mas exclusão. Para significar que não há redistribuição da riqueza produzida no planeta. Que os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Que os Estados com maior poder se aproveitam dos que não têm meios para os enfrentar.
Mas, tal como comecei, o debate impõe-se. Canetas, digo teclados, em acção!
Há um debate que se impõe. Já se estudava, já se comentava, mas só agora, depois dos atentados em Londres, parece ganhar alguma consistência. A UE, nos próximos tempos, irá discutir e, eventualmente, aprovar medidas que, de algum modo, podem diminuir ainda mais o nosso direito à privacidade. Telefones, fixos e móveis, e a Internet, estarão debaixo de olho das autoridades de Segurança. Os nossos contactos ficarão guardados, pelo menos os registos de origem e de destino e, claro, mais alguns dados, para ulterior análise, caso sobre nós recaia alguma suspeita de actividades terroristas. A verdade é que isso não constitui uma grande novidade, já que podemos ser escutados e ter os nossos contactos devassados, desde que por autorização expressa de uma autoridade judicial.
Não tendo muito a esconder e nem simpatizando com Bin Laden ou com todos os que afirmam as suas causas pela violência, confesso que isso me chateia. Não gosto nada que me andem a espiar e, muito menos, a ouvir ou a ler as minhas conversas e mensagens. Apesar de não muito incomodado, bastou-me a PIDE e os gorilas da Faculdade de Direito. Mas, talvez a dinâmica do Mundo actual exija algum sacrifício das nossas liberdades individuais. É uma dúvida que me fica. Só que sinto também que não é assim que vamos lá. A erradicação do terrorismo passa por outro tipo de medidas, como o Pedro Farinha apontou num post abaixo. A dicotomia ocidente e oriente, norte e sul, são meros eufemismos para significar dominantes e dominados. Para significar que não há partilha, mas exclusão. Para significar que não há redistribuição da riqueza produzida no planeta. Que os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Que os Estados com maior poder se aproveitam dos que não têm meios para os enfrentar.
Mas, tal como comecei, o debate impõe-se. Canetas, digo teclados, em acção!