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2005-11-07

 


Está a fazer-se cada vez mais tarde

Foi a primeira obra de António Tabucchi que li e, talvez por isso e por ser um nome conhecido da nossa literatura, a desilusão foi grande. A escolha feliz das palavras e as intertextualidades permanentes ao longo das dezoito cartas que compõem este romance não chegam para as minhas expectativas.

António Tabucchi escreve sobre as memórias e as sensações que ficam de lugares, pessoas ou viagens, ainda que assumidamente algumas sejam memórias sobre acontecimentos que nunca se deram. Mas falta algo. Algo que torne a escrita mais atractiva e que prenda o leitor. Pois como ele diz, às tantas:

Porque depois, minha querida, depois foi só água doce, água chilra, quase sempre, e eu pergunto-me que sentido tem continuar a viver sem um grão de sal que estimule o meu paladar.

P.S Mas sinto que ainda vale a pena voltar a experimentar este escritor, eventualmente através de uma das suas obras mais conhecidas.

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