2006-10-10
A saga do túnel do Rossio
Confesso que só estou a par do que tem saído na comunicação social, que é o mesmo que dizer que não sei ao certo os pormenores e que posso aqui opinar sem estar da posse de factos importantes. No entanto, também não seria a primeira vez...
Esta decisão da Refer de rescindir o contrato com a Teixeira Duarte, que parece uma coisa óbvia e normal face ao incumprimento de prazos e a alterações de projecto a meio da obra sem vantagens para o dono da obra, é tudo menos vulgar e é um marco na história das obras públicas em Portugal.
Na verdade é demasiado frequente os grandes empreiteiros derraparem nas obras e apresentarem-se a concurso a preços reduzidos sabendo que as deficiências de caderno de encargos e os "já-agorismos" que aparecem a meio da obra lhes permitem, sem esforço, ir buscar os lucros previstos.
Mas é raro senão único, o dono da obra rescindir com o empreiteiro em obras desta dimensão. Quem sabe se fosse caso corrente, quanto é que o estado não pouparia nas grandes empreitadas que lança.
É por isso que aplaudo esta decisão: é preciso ver que a construção original deste túnel, no final do século XIX, durou apenas três anos e sem a maquinaria agora existente. Como é possível que a sua reparação exceda em tanto a construção original.
Gravura da inauguração tirada do Arquivo Municipal Fotográfico de Lisboa
Confesso que só estou a par do que tem saído na comunicação social, que é o mesmo que dizer que não sei ao certo os pormenores e que posso aqui opinar sem estar da posse de factos importantes. No entanto, também não seria a primeira vez...
Esta decisão da Refer de rescindir o contrato com a Teixeira Duarte, que parece uma coisa óbvia e normal face ao incumprimento de prazos e a alterações de projecto a meio da obra sem vantagens para o dono da obra, é tudo menos vulgar e é um marco na história das obras públicas em Portugal.
Na verdade é demasiado frequente os grandes empreiteiros derraparem nas obras e apresentarem-se a concurso a preços reduzidos sabendo que as deficiências de caderno de encargos e os "já-agorismos" que aparecem a meio da obra lhes permitem, sem esforço, ir buscar os lucros previstos.
Mas é raro senão único, o dono da obra rescindir com o empreiteiro em obras desta dimensão. Quem sabe se fosse caso corrente, quanto é que o estado não pouparia nas grandes empreitadas que lança.
É por isso que aplaudo esta decisão: é preciso ver que a construção original deste túnel, no final do século XIX, durou apenas três anos e sem a maquinaria agora existente. Como é possível que a sua reparação exceda em tanto a construção original.
Gravura da inauguração tirada do Arquivo Municipal Fotográfico de Lisboa