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2007-01-07

 

O Processo

Trata-se de um daqueles livros míticos, frequentemente citados e utilizados amíude em intertextualidades. Por isso, e porque mais vale tarde do que nunca, resolvi-me finalmente a conhecer o famoso processo kafkiano que se me revelou bastante diferente do que imaginara.

Joseph K é gerente de um banco e um homem respeitado na comunidade até que um estranho processo de uma mais estranha justiça, que funciona nos sótãos de todas as casas, se abate sobre ele, fazendo-o perder o discernimento, o respeito perante os outros e a sua vida anterior.

A história é obviamente uma metáfora e, como acontece com todos os livros muito citados, permite uma mão cheia de interpretações quer religiosas, filosóficas ou metafísicas. O interessante mais do aquilo que é mais falado que é a estranheza do processo, é a forma como os acusados se entregam voluntariamente nos meandros desta justiça, sofrendo contrariedades apenas porque as querem evitar.

Podendo ser uma heresia dizer isto, não o considerei um grande livro nem pouco mais ou menos, mas acho que era uma falha cultural nunca o ter lido que finalmente foi colmatada.

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