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2006-12-31

 


O FAROL DAS ARTES
DESEJA A TODOS UM FELIZ ANO DE 2007 COM MUITA SAÚDE, PAZ , AMOR E TUDO O QUE DESEJAREM!

 

AMADEO DE SOUZA-CARDOSO.DIÁLOGO DE VANGUARDAS

Está patente na Fundação Calouste Gulbenkian uma exposição que reúne obras de Amadeo de Souza Cardoso e de outros artistas. Amadeo é uma das maiores figuras do modernismo português, cuja obra é muito diversificada e se integra nos movimentos de vanguarda do início do século XX.
Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), nasceu em Amarante, mas viveu em Paris entre 1906 e 1914, onde contactou com a grande maioria dos artistas e movimentos de ruptura que alteraram definitivamente a arte mundial. Na sua curta existência produziu uma vasta obra e participou em diversas exposições em França, Alemanha e Ingaterra.
Na apresentação da exposição podemos ler : Esta exposição, intitulada Amadeo de Souza-Cardoso. Diálogo de Vanguardas, abrange todo o período de actividade de Amadeo, aproximadamente uma década (1907-1918) e pretende estabelecer um reencontro entre a sua obra e a de artistas estrangeiros seus contemporâneos, dentro e fora do seu círculo de amizades, mas em cujas obras se revelem os sinais e as cumplicidades experimentais do tempo.
Para além das pinturas e desenhos de Amadeo podemos encontrar na exposição trabalhos de artistas seus contemporâneos como Constantin Brancusi, Amedeo Modigliani, Pablo Picasso, Albert Gleizes, Robert Delaunay, Sonia Delaunay-Terk, Kasimir Malévitch, Olga Rozanova, Liubov Popova e Ivan Puni.
Recomendo vivamente a visita desta exposição!Admiro a obra de Amadeo devido a aspectos como o uso de cores primárias e vivas, diversidade, ousadia, experimentação de novas técnicas, vanguardismo e síntese de correntes diversificadas. É de realçar que esta exposição foi possível graças à colaboração de vários museus nacionais e nacionais e muitos coleccionadores particulares.
O horário da exposição é alargado ( Terça a Quinta e Fins-de-semana das 10:00 às 22:00 e Sexta das 10:00 às 24:00) e termina já no dia 14 de Janeiro de 2007.

2006-12-26

 
O céu já está todo a dançar


James Brown
1933 - 2006

2006-12-23

 


são os votos d'O Farol das Artes a todos os seus leitores e amigos.

Façam o favor de ser felizes e de tornar os outros felizes.

2006-12-22

 
Maria José Nogueira Pinto não quer que os impostos que paga possam subsisdiar a IVG

Eu percebo o problema da senhora. Nós pagamos impostos e parte do dinheiro é gasto em coisas que não acreditamos.

No meu caso pessoal prefiro mil vezes subsidiar interrupções voluntárias da gravidez feitas com dignidade e segurança para a mulher do que urgências hospitalares e tratamentos devido a abortos clandestinos; mas também eu me arrepio às vezes quando penso que o dinheiro dos meus impostos serve para pagar, por exemplo, o vencimento do Ministro da Saúde, a construção do aeroporto na OTA ou a compensação dada à Lusoponto devido às portagens na ponte 25 de Abril serem de valor inferior às da ponte Vasco da Gama.

Coisas da democracia.

2006-12-18

 
Eragon



Para quem tem saudades do Sr. dos Aneis recomenda-se! A pequenada vai adorar! Cavaleiros e dragões o bem e o mal (the usual)

Aspectos positivos - Apesar de ser apenas a 1ª parte de uma trilogia, o final é perceptível e a duração do filme não excede as 2 horas!

2006-12-16

 
Posts que devem ser lidos

Este aqui no Arrastão, onde a questão do referendo é tratada como ela merece.

2006-12-15

 


Cemitério de Pianos

Neste seu novo romance José Luís Peixoto traz-nos a saga do quotidiano da familia de Francisco Lázaro. Atletas português que morreu ao quilómetro trinta na maratona olímpica de Estocolmo.

Mas a maratona de Lazaro é apenas o ritmo que marca a história. Esta é composta do dia a dia das várias gerações desta familía. Do amor, da morte e do cemitério de pianos que se esconde para lá da oficina de Benfica.

Quanto a mim, e não comparando com morreste-me que é um livro onde a emoção escreve mais alto, trata-se do melhor livro de José Luís Peixoto. A poesia posta na prosa e a rugosidade que empresta à escrita fazem deste livro um bom exemplo do que é a verdadeira qualidade literária.

A forma como a própria história é contada, entremeando diferentes tempos e a confusão familiar dos nomes repetidos, um pouco ao jeito do Cem anos de solidão, está também muito bem conseguida. Um único senão, o livro ganhava em ser ligeiramente mais curto, há um ligeiro arrastar excessivo de algumas situações que podem até fazer perder ao leitor a natureza circular do romance.

Um livro a não perder, para ler e, porque não, para oferecer no Natal.

Foto de Daemoon

2006-12-13

 
Aqui não há Barbies

Casa da Cultura dos Olivais

De 16 de Dezembro de 2006 a 10 de Janeiro de 2007


Criadores portugueses que divulgam a sua arte na net, juntam-se para mostrar que há mais bonecos para além das "Barbies".

Num mundo em que o design e o artesanato dão as mãos, peças únicas dão um saltinho até aos Olivais para encantar pequenos e graúdos de artistas como Ana Malha (Retrosaria dos sonhos), Carla Pessoa (Perlimpimpim), Carina Martine (Mundo ao Contrário), Ricardo Rodrigues (Wishes & Heroes), Rosa Pomar (A Ervilha Cor de Rosa),Rute Reimão (Oficina Artes e Ofícios de Avis), entre outros.

Aqui será possível ver trabalhos que a maioria só conhece no monitor do computador e que, feitos a partir de pano com muito carinho e dedicação, tornaram-se alvo de grandes paixões.

 
Happy Feet



Na Antárctica, na terra dos pinguins-imperador, há que saber cantar, mas Mumble é o pior cantor do mundo. No entanto, faz sapateado como ninguém. A mãe, Norma Jean, acha graça, mas o pai, Memphis, acha que não é próprio de um pinguim.
O problema de todos os pinguins é a falta de peixe, e aí o nosso herói propõe-se a resolver o problema, mas será que vai conseguir?

Um filme bem simpático e musicalmente agradável, propicio para levar a criançada em tempo de Natal!

2006-12-10

 


Pinochet Morreu

Pinochet morreu e não vejo motivos para festejar. Primeiro porque não me alegro com a morte de ninguém. Sempre fui contra a pena de morte e, principalmente neste caso, porque morreu sem ter sido julgado e condenado por todos os crimes que cometeu.

No Chile há quem festeje, no Chile há quem chore. Eu prefiro recordar Salvador Allende.

2006-12-07

 

Um poeta diria que se tratou de um mero beijo entre os carros. Eu não chegaria a tanto, mas pouco ultrapassou o roçar de pára-choques e, pelo menos sob o meu olhar míope, não era possível vislumbrar qualquer vestigio de dano em qualquer uma das viaturas.

No entanto, e apesar do transito intenso eles não hesitaram em se apear. Ele e ela, não hesitaram em vestir os seus coletes florescentes. O dele amarelo, o dela verde. Convictamente, ele abriu mala traseira do carro, desdobrou o triângulo e, abanou a cabeça descontente, ao ver que o teria de colocar bem junto ao seu carro, porque a fila de carros acumulada que em vão se tentava esgueirar para a outra faixa, não lhe permitia distanciar o triângulo.

Ela olhou para ele e com ar decidido abriu também a mala do carro, sacou do seu próprio triângulo e pousou-o no chão entre os dois carros com ar desafiador. Depois miraram-se nos olhos e precipitaram-se, cada qual para o seu porta-luvas, de onde emergiram com a declaração amigável na mão. Quase que esboçaram um sorriso, mas ela lembrou-se que o cupado era ele. Afinal ele é que lhe tinha batido (eu diria encostado) por trás. O sorriso extingiu-se e, da sua mão veloz, surgiu um telemóvel. É a polícia que atende.

Apesar da cena ser idílica não pude observar a sua conclusão, mas fez-me pensar se não seria mais justo uma taxa moderadora a pagar para quem chama a polícia, sem razão, do que, para quem estando efectivamente numa situação de urgência, se dirige Às urgências hospitalares.

2006-12-06

 


Trechos que agradam

- De onde és tu?
- Sou de perto de Hull, na costa.
- Que coincidência! Eu também. Imaginem só encontrar alguém daquela zona aqui tão longe. Isso deixou-me a sentir-me muito melhor, realmente deixou. É tão bom ter amigos da nossa terra, não achas?
- Eu não vivi lá muito tempo.
- São as nossas raízes que contam.
- As plantas e as árvores têm raízes. As pessoas têm pernas.


in Delito sem provas de Susanna Jones

2006-12-05

 


Tantas vezes Sócrates classificou medidas e eventos como históricos que alguma vez havia de acertar

Na verdade, penso que o acordo na Concertação Social quanto aos valores do salário mínimo para 2007, 2009 e 2011 é realmente histórico e extremamente importante. Por um lado porque sai a ganhar a concertação e é importante que as partes se habituem a sentar-se à mesa para chegar a acordos.

Depois porque se o aumento de 4,4 % para o ano que vem não é nada de especial, os aumentos previstos para daqui a dois e quatro anos são já mais substanciais e ajudarão a aproximar o nosso valor de salário mínimo de valores mais respeitosos para com quem trabalha.

Por último, para os próprios empresários que têm de fazer contas a médio prazo em termos de investimento, e ficam a saber, desde já, os valores do factor trabalho.

Claro que o mais importante é que conjuntamente com o aumento do salário minímo haja um correspondente aumento de competências e que o país perceba, de uma vez por todas, que tem de qualificar a sua mão de obra e de lhe pagar, depois, justamente.

 
in "Quanto mais conheço os homens, mais gosto do meu gato"
Daisy Hay
Editora Bizancio

2006-12-04

 
O Natal é um stress

... e não me venham falar do espiríto natalício. Como se não bastasse as prendas para comprar, o inferno do trânsito, a dificuldade em estacionar o carro, as músicas irritantes a invadirem os telemóveis e o espaço público ainda chego a casa e passo a vida a tirar gatos de cima da árvore, ou a apanhar a árvore que caiu em cima dos gatos.