2005-04-30
"A Amizade faz-se de um
Para um, por vezes de dois para um;
em matéria de sinceridade
O número quatro assusta-me.
Gonçalo M. Tavares, in Poema - Autobiografia
Recomendo vivamente, a entrevista feita ao autor pelo Jornal de Letras.
Para um, por vezes de dois para um;
em matéria de sinceridade
O número quatro assusta-me.
Gonçalo M. Tavares, in Poema - Autobiografia
Recomendo vivamente, a entrevista feita ao autor pelo Jornal de Letras.
2005-04-28
Recebi hoje este email...desconheço a veracidade da autora, mas está com piada....
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"
Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
Escrito por uma aluna de 16 anos da escola C+S da Rinchoa
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"
Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
Escrito por uma aluna de 16 anos da escola C+S da Rinchoa
2005-04-27
Filhos
No trabalho, na mesinha de cabeceira, nos wallpapers dos computadores ou dos telemóveis, até em bolsas ou t.shirts, é cada vez mais frequente vermos fotografias dos filhos.
Não sei ao certo qual a explicação sociológica para isto, se uma forma artificial de os tornar mais presentes, se fonte de inspiração ou de encorajamento ou até, um lembrete ao estilo - "os teus filhos estão a olhar para ti, vê lá o que fazes".
Apenas posso falar no meu caso.Sei que não é a sua imagem que nos aproxima pois não preciso de nenhuma fotografia para sentir a sua presença na minha vida como fonte eterna de inspiração.
Não. No meu caso é apenas uma questão estética. É que por mais que procure não consegui até hoje encontrar nada mais bonito.
No trabalho, na mesinha de cabeceira, nos wallpapers dos computadores ou dos telemóveis, até em bolsas ou t.shirts, é cada vez mais frequente vermos fotografias dos filhos.
Não sei ao certo qual a explicação sociológica para isto, se uma forma artificial de os tornar mais presentes, se fonte de inspiração ou de encorajamento ou até, um lembrete ao estilo - "os teus filhos estão a olhar para ti, vê lá o que fazes".
Apenas posso falar no meu caso.Sei que não é a sua imagem que nos aproxima pois não preciso de nenhuma fotografia para sentir a sua presença na minha vida como fonte eterna de inspiração.
Não. No meu caso é apenas uma questão estética. É que por mais que procure não consegui até hoje encontrar nada mais bonito.
Falo de casa desfeitas
Nos materiais que as concebem
A cal os recantos as soleiras
O silêncio que as habita
E que durante as insónias
É um grito que pode fender as mobílias,
O tempo a passar como um réptil nesses lugares
Onde confluem passos e memórias e cigarros
Vivi sempre dentro dessas casas rodeado de casas
Paralisado à entrada das portas
Oprimido sob tectos
Que nenhuma viga ou coluna suporta
Casas que são só essas vigas e colunas
Atravessadas pelas tempestades
E oferecendo ao sol a solidão dos pátios.
Manuel Afonso Costa
Os Últimos Lugares
In Poemário Assírio & Alvim
2005-04-26
Next Generation
Curioso é olharmos para o espectro partidário português e descobrirmos que com excepção do Bloco de Esquerda, todos os lideres partidários são-o à menos de um ano.
Curioso é olharmos para o espectro partidário português e descobrirmos que com excepção do Bloco de Esquerda, todos os lideres partidários são-o à menos de um ano.
2005-04-25
Foto: Paixão Esteves
José Vilhena em 15-12-1974
2005-04-23
AU REVOIR MES AMIS
Vou-me embora, vou partir e ainda tenho de ir fazer as malas! Neste momento quero ir durante 14 dias trabalhar para a terra de Joana d`Arc- Órleans. Mas prometo que volto!
Fiquem bem por cá!
Vou-me embora, vou partir e ainda tenho de ir fazer as malas! Neste momento quero ir durante 14 dias trabalhar para a terra de Joana d`Arc- Órleans. Mas prometo que volto!
Fiquem bem por cá!
NOITES DE LOUCURA COM LIVROS
Um livro é uma boa companhia:permite-nos viajar sem sair de casa, pode proporcionar muita adrenalina, reflexões sobre assuntos interessantes e sugestões de viagens; entre muitas outras coisas.
Deixo aqui uma sugestão : Anjos e Demónios de Dan Brown
O Livro é apresentado desta forma pelo editor: " Quando um famoso cientista do CERN é encontrado brutalmente assassinado, o professor de simbologia Robert Langdon é chamado para identificar o estranho símbolo gravado no peito do cientista. A sua conclus?o é avassaladora: a marca é de uma antiga Irmandade chamada Iluminatti, supostamente extinta há séculos e inimiga da Igreja Católica. Em Roma, o Colégio dos Cardeais está reunido para eleger um novo Papa quando se apercebe do rapto de quatro cardeais, ao mesmo tempo que a Guarda Suíça é informada de que uma perigosa arma está na Cidade do Vaticano com o propósito de a destruir. Robert Langdon, quem n?o o conhece? Ajudado desta vez por Victoria Vetra, cientista do CERN, procura desesperadamente a antimatéria no meio das intricadas pistas deixadas pelos Iluminati, lutando contra o tempo para salvar o Vaticano."
Recomendo a leitura deste livro ( que li numa noite) porque fala de Roma ( Roma mia) , da relação entre a fé a ciência, tem uma mistura de policial com História de Roma e do Vaticano, fala de amor e da eleição de um novo Papa - um tema bastante actual.
Boas leituras!
23 de Abril - Dia do Livro
"Um dos principais deveres do homem é cultivar a amizade dos livros."
Thomas Carlyle
"Um dos principais deveres do homem é cultivar a amizade dos livros."
Thomas Carlyle
2005-04-22
A Intérprete
Um filme Sydney Pollack, com Nicole Kidman, Sean Penn, Doug Aguirre, Wayne Chang, Yvan Attal, Jesper Christensen, Tsai Chin, Lynne Deragon, Curtiss Cook, Brother Douglas, Paul De Sousa, Guy A. Fortt, Dana Eskelson, Maz Jobrani, Yusuf Gatewood, Catherine Keener, Satish Joshi.
Silvia, intérprete das Nações Unidas, ouve acidentalmente uma ameaça de morte a um líder de uma nação africana.
Imediatamente são chamados agentes federais para se encarregarem do caso, ou seja saber da veracidade das afirmações de Silvia, protegê-la ou não, e proteger ainda o possível alvo da ameaça.
O passado de Silvia é rebuscado ao mais ínfimo pormenor, chegando mesmo a ser suspeita. Entretanto Silvia é também seguida e torna-se num alvo a abater.
Um thriller político, que se vê muito bem, as interpretações de Nicole Kidman e Sean Penn são muito boas, e as intenções de Pollack também. É de salientar que é a primeira vez que um realizador consegue autorização para filmar na sede da ONU. O filme transmite-nos ainda uma simples mensagem de paz, realçando a mensagem chave da ONU em que a violência não é o caminho.
Um filme Sydney Pollack, com Nicole Kidman, Sean Penn, Doug Aguirre, Wayne Chang, Yvan Attal, Jesper Christensen, Tsai Chin, Lynne Deragon, Curtiss Cook, Brother Douglas, Paul De Sousa, Guy A. Fortt, Dana Eskelson, Maz Jobrani, Yusuf Gatewood, Catherine Keener, Satish Joshi.
Silvia, intérprete das Nações Unidas, ouve acidentalmente uma ameaça de morte a um líder de uma nação africana.
Imediatamente são chamados agentes federais para se encarregarem do caso, ou seja saber da veracidade das afirmações de Silvia, protegê-la ou não, e proteger ainda o possível alvo da ameaça.
O passado de Silvia é rebuscado ao mais ínfimo pormenor, chegando mesmo a ser suspeita. Entretanto Silvia é também seguida e torna-se num alvo a abater.
Um thriller político, que se vê muito bem, as interpretações de Nicole Kidman e Sean Penn são muito boas, e as intenções de Pollack também. É de salientar que é a primeira vez que um realizador consegue autorização para filmar na sede da ONU. O filme transmite-nos ainda uma simples mensagem de paz, realçando a mensagem chave da ONU em que a violência não é o caminho.
2005-04-21
Todos os dias vejo muitos jornalistas, pensadores e opinion makers a lastimarem-se pela mediocridade do país em que vivemos. Acho que eles deviam era agradecer, só essa mediocridade é que lhes permite terem o tempo de antena que tantas vezes não merecem.
Há um ano "postavamos" assim...
Memórias de Farol
O post segundo...
José Saramago
O café era como qualquer outro café que o leitor pode encontrar na cidade. Cenário provável para a entrada da rapariga, pois de uma rapariga se tratava, àquela hora da manhã. O rapaz, já sentado, café à frente e olhar pousado no infinito, era igualmente vulgar pelo que se poderia perguntar qual a razão deste post, uma rapariga a entrar num café, um rapaz a já lá estar assim como o empregado, eslavo pela certa, mas de quem não vale a pena perder tempo a descrever dado pouco ser mais que um mero figurante, ainda que louro e de olhos azuis, diria que sim, bonito, mas que na dimensão deste post, que já se alonga e ainda mais com estas palavras, não tem espaço para entrar.
A rapariga senta-se e pede um café, e o tom da sua voz faz levantar os olhos ao rapaz, olhar repentinamente desperto, pensamentos interrompidos se é que se pode dar esse nome a uma ou duas ideias difusas que lhe entretinham a mente.
A rapariga ao beber o café tem que erguer o olhar, assim como a chávena, para não entornar, e eis que os olhares se cruzam, comunicam, perguntam um ao outro, Vamos dar uma volta, responde o outro ao primeiro que sim, e ei-los levantados, os corpos que não os olhares, e saem de mãos dadas do café, deixando-me a mim e ao leitor, arredados da continuação desta história que ainda agora mal começou e já tem de terminar, tão abruptamente, regras dos posts, força da internet, ou falta de perícia do autor.
José Luís Peixoto
O café.
O rapaz dentro do café.
Os pensamentos tristes dentro do rapaz dentro do café.
Os olhos que se baixam e olham para dentro de dentro de si, sem respostas, só perguntas.
A rapariga.
A rapariga a abrir a porta do café, muito depressa e a sentar-se na cadeira de madeira puída. Na beira da cadeira, quase em desequilibro.
O empregado de um país distante ergue os olhos para a rapariga, como se fosse fazer uma pergunta. Uma pergunta que não chega a fazer pois a rapariga na sua pressa não lhe dá tempo – um café – pede.
O rapaz.
O rapaz dentro do café ouve aquela voz que lhe soa como se fosse um som muito conhecido mas muito distante. Um som que lhe faz lembrar as brincadeiras com a sua irmã mais nova ou a voz da mãe, cristalina, a chama-los para a mesa. O rapaz a levantar os olhos para ver de onde provinha aquela voz e a rapariga a erguer os olhos com a chávena na mão. Os olhos a cruzarem-se e com os olhos, a cruzarem-se as emoções, os desejos, os pensamentos e uma vontade expressa na voz da rapariga: Vamos dar uma volta.
As mãos que se dão e que se tornam o primeiro contacto entre os dois fazem surgir um sol muito forte lá fora que os recebe de braços abertos.
Mia Couto
Manhã solheira traz a moça gingando para dentro do café. O rapaz lá dentro, entregue a uns pensatristes não ergue os olhos para ela.
Ela não repara, olha para o empregado louro e acafeza-se no pedido. O rapaz, pele escura e dentes brancos, ouve naquela voz os sons da madrugada a espantar bichezas do mato. Levanta o rosto e sorri-se a boca. Entreolham-se os dois mas é ela que se levanta, com a elegância de uma gazela bailarina, e com um sorriso bota estas palavras para fora:
- Vamos dar uma volta ?
O rapaz, afirmativo, levanta-se num desassossego e saem os dois, porta fora, para a benção do pai sol.
Margarida Rebelo Pinto
Ela já vai apressada, entra no café e senta-se numa cadeira cruzando as pernas compridas e morenas, fruto de muito solário e doses maciças de creme.
Olha para o empregado, giraço, mas com cara indisfarçavel de ucraniano.
O rapaz, veste um polo vermelho e traz uns jeans azuis, desbotados que lhe ficam a matar. Tens uns olhos muito escuros daqueles que provocam arrepios quando nos olham directamente. Está sentado na mesa à frente, mergulhado em pensamentos e dores de alma e não dá pela agitação causada pela entrada intempestiva dela.
Pelo canto do olho, a rapariga olha para ele e aprecia-lhe os cabelos encaracolados em madeixas castanho escuras e, mais abaixo, os jeans bem apertados.
- Um café se faz favor.
Ao som da sua voz, ele ergue os olhos e olha para ela directamente provocando-lhe um ligeiro arrepio na espinha. Sem querer acreditar no que está a acontecer e a sentir-lhe o chão a fugir debaixo dos pés, ela dá pela sua boca se abrir, e dizer:
- Vamos dar uma volta.
Os dois saem de mãos dadas, a dele muito escura, a dela clara e bem cuidada mas ligeiramente húmida de excitação.
Post de 21.04.2004 por Pedro
Memórias de Farol
O post segundo...
José Saramago
O café era como qualquer outro café que o leitor pode encontrar na cidade. Cenário provável para a entrada da rapariga, pois de uma rapariga se tratava, àquela hora da manhã. O rapaz, já sentado, café à frente e olhar pousado no infinito, era igualmente vulgar pelo que se poderia perguntar qual a razão deste post, uma rapariga a entrar num café, um rapaz a já lá estar assim como o empregado, eslavo pela certa, mas de quem não vale a pena perder tempo a descrever dado pouco ser mais que um mero figurante, ainda que louro e de olhos azuis, diria que sim, bonito, mas que na dimensão deste post, que já se alonga e ainda mais com estas palavras, não tem espaço para entrar.
A rapariga senta-se e pede um café, e o tom da sua voz faz levantar os olhos ao rapaz, olhar repentinamente desperto, pensamentos interrompidos se é que se pode dar esse nome a uma ou duas ideias difusas que lhe entretinham a mente.
A rapariga ao beber o café tem que erguer o olhar, assim como a chávena, para não entornar, e eis que os olhares se cruzam, comunicam, perguntam um ao outro, Vamos dar uma volta, responde o outro ao primeiro que sim, e ei-los levantados, os corpos que não os olhares, e saem de mãos dadas do café, deixando-me a mim e ao leitor, arredados da continuação desta história que ainda agora mal começou e já tem de terminar, tão abruptamente, regras dos posts, força da internet, ou falta de perícia do autor.
José Luís Peixoto
O café.
O rapaz dentro do café.
Os pensamentos tristes dentro do rapaz dentro do café.
Os olhos que se baixam e olham para dentro de dentro de si, sem respostas, só perguntas.
A rapariga.
A rapariga a abrir a porta do café, muito depressa e a sentar-se na cadeira de madeira puída. Na beira da cadeira, quase em desequilibro.
O empregado de um país distante ergue os olhos para a rapariga, como se fosse fazer uma pergunta. Uma pergunta que não chega a fazer pois a rapariga na sua pressa não lhe dá tempo – um café – pede.
O rapaz.
O rapaz dentro do café ouve aquela voz que lhe soa como se fosse um som muito conhecido mas muito distante. Um som que lhe faz lembrar as brincadeiras com a sua irmã mais nova ou a voz da mãe, cristalina, a chama-los para a mesa. O rapaz a levantar os olhos para ver de onde provinha aquela voz e a rapariga a erguer os olhos com a chávena na mão. Os olhos a cruzarem-se e com os olhos, a cruzarem-se as emoções, os desejos, os pensamentos e uma vontade expressa na voz da rapariga: Vamos dar uma volta.
As mãos que se dão e que se tornam o primeiro contacto entre os dois fazem surgir um sol muito forte lá fora que os recebe de braços abertos.
Mia Couto
Manhã solheira traz a moça gingando para dentro do café. O rapaz lá dentro, entregue a uns pensatristes não ergue os olhos para ela.
Ela não repara, olha para o empregado louro e acafeza-se no pedido. O rapaz, pele escura e dentes brancos, ouve naquela voz os sons da madrugada a espantar bichezas do mato. Levanta o rosto e sorri-se a boca. Entreolham-se os dois mas é ela que se levanta, com a elegância de uma gazela bailarina, e com um sorriso bota estas palavras para fora:
- Vamos dar uma volta ?
O rapaz, afirmativo, levanta-se num desassossego e saem os dois, porta fora, para a benção do pai sol.
Margarida Rebelo Pinto
Ela já vai apressada, entra no café e senta-se numa cadeira cruzando as pernas compridas e morenas, fruto de muito solário e doses maciças de creme.
Olha para o empregado, giraço, mas com cara indisfarçavel de ucraniano.
O rapaz, veste um polo vermelho e traz uns jeans azuis, desbotados que lhe ficam a matar. Tens uns olhos muito escuros daqueles que provocam arrepios quando nos olham directamente. Está sentado na mesa à frente, mergulhado em pensamentos e dores de alma e não dá pela agitação causada pela entrada intempestiva dela.
Pelo canto do olho, a rapariga olha para ele e aprecia-lhe os cabelos encaracolados em madeixas castanho escuras e, mais abaixo, os jeans bem apertados.
- Um café se faz favor.
Ao som da sua voz, ele ergue os olhos e olha para ela directamente provocando-lhe um ligeiro arrepio na espinha. Sem querer acreditar no que está a acontecer e a sentir-lhe o chão a fugir debaixo dos pés, ela dá pela sua boca se abrir, e dizer:
- Vamos dar uma volta.
Os dois saem de mãos dadas, a dele muito escura, a dela clara e bem cuidada mas ligeiramente húmida de excitação.
Post de 21.04.2004 por Pedro
2005-04-20
2005-04-19
Para mim é cada vez mais o melhor em termos de papa.
Habemus Papam
Joseph Ratzinger, com 78 anos, foi eleito papa num dos mais curtos conclaves da História do Vaticano. Adoptando o nome de Bento XVI, este ex-cardeal alemão é considerado, no seio da própria Igreja, um ultra conservador.
Quando se esperava uma renovação, eis que se anuncia um retrocesso. Quando se esperava uma adaptação à realidade, eis que se perspectiva uma linha de maior intolerância. Depois de ouvir, esta tarde, uma entrevista com o nosso patriarca D. José Policarpo, parece-me que, no mínimo, há várias Igrejas e, sobretudo, que a mensagem de Cristo depende, cada vez mais, das interpretações. Mas eu sou agnóstico, donde não conto para esta estória.
Joseph Ratzinger, com 78 anos, foi eleito papa num dos mais curtos conclaves da História do Vaticano. Adoptando o nome de Bento XVI, este ex-cardeal alemão é considerado, no seio da própria Igreja, um ultra conservador.
Quando se esperava uma renovação, eis que se anuncia um retrocesso. Quando se esperava uma adaptação à realidade, eis que se perspectiva uma linha de maior intolerância. Depois de ouvir, esta tarde, uma entrevista com o nosso patriarca D. José Policarpo, parece-me que, no mínimo, há várias Igrejas e, sobretudo, que a mensagem de Cristo depende, cada vez mais, das interpretações. Mas eu sou agnóstico, donde não conto para esta estória.
Depois do fumo branco, o rosto...
O nvo Papa, Joseph Ratzinger.
O nvo Papa, Joseph Ratzinger.
2005-04-17
Parabéns Henriqueta !
São os votos dos restantes faroleiros. Que a vida te traga tudo aquilo que gostas, principalmente a oportunidade de saires a correr mundo com a máquina fotográfica a tiracolo e um sorriso estampado na cara.
2005-04-16
Heffalump - O Filme
Numa era onde os efeitos especiais e as figuras fantásticas invadiram o cinema de animação, por vezes é repousante ver filmes como este. Trata-se do novo filme da série ursinho Pooh, virado para os mais novos de entre os mais novos e onde os valores como a amizade e o respeito pela diferença são os transmitidos.
No bosque dos cem acres os nossos herois habituais, Pooh e companhia, estão assustados com as pegadas de efalantes e resolvem organizar uma expedição para capturar o efalante. Mas é Roo, o mais jovem da pandilha, o primeiro a travar conhecimento com este novo habitante da floresta...
2005-04-14
Eu hoje ando estranho
Dou por mim a vibrar primeiro pelo Sporting e depois pelo Sócrates.
Isto não é normal mas o que é que querem... eles andam a jogar bem.
Dou por mim a vibrar primeiro pelo Sporting e depois pelo Sócrates.
Isto não é normal mas o que é que querem... eles andam a jogar bem.
Hide and Seek – O amigo Oculto
Um filme de John Polson, com Robert De Niro, Dakota Fanning, Elisabeth Shue, entre outros.
Daniel, um psicólogo de renome, muda-se para uma casa no campo com a sua filha. Emily, a filha, sofre de um traumatismo recente, a sua mãe suicidou-se em casa, cortando os pulsos na banheira.
Após alguns dias na nova casa, Emily confronta o Pai com um novo amigo, apesar de imaginário.
Emily desafia Daniel confrontando-o com as opiniões de Charlie, o seu mais recente e único amigo.
Daniel tenta limitar a imaginação de Emily e as suas atitudes, mas factos estranhos começam a acontecer nas suas vidas e na sua casa.
Para quem goste deste género de filme, é de ver. O filme está bem interpretado, Dakota (Man on Fire) está excelente, De Niro dispensa elogios, o filme tem um bom ritmo de acção e um twist final que nos poderá surpreender.
Um filme de John Polson, com Robert De Niro, Dakota Fanning, Elisabeth Shue, entre outros.
Daniel, um psicólogo de renome, muda-se para uma casa no campo com a sua filha. Emily, a filha, sofre de um traumatismo recente, a sua mãe suicidou-se em casa, cortando os pulsos na banheira.
Após alguns dias na nova casa, Emily confronta o Pai com um novo amigo, apesar de imaginário.
Emily desafia Daniel confrontando-o com as opiniões de Charlie, o seu mais recente e único amigo.
Daniel tenta limitar a imaginação de Emily e as suas atitudes, mas factos estranhos começam a acontecer nas suas vidas e na sua casa.
Para quem goste deste género de filme, é de ver. O filme está bem interpretado, Dakota (Man on Fire) está excelente, De Niro dispensa elogios, o filme tem um bom ritmo de acção e um twist final que nos poderá surpreender.
2005-04-13
Nostalgia
Existe sempre uma nostalgia daquilo que nos marcou na nossa infância ou adolescência. Essa nostalgia estende-se a livros, músicas, filmes e séries de televisão e nestas últimas tive a felicidade de ver editadas em DVD, programas que me eram tão queridos como Os pequenos vagabundos ou Espaço 1999.
Mas uma das séries que mais me marcou nunca mais sai - Sandokan. Por favor senhores das produtoras de DVDs façam lá um esforço, se já existe a Pipi, a Lassie, a Heidi, o Marco, etc. Porque não o Sandokan. pode ser, pode ?!
Existe sempre uma nostalgia daquilo que nos marcou na nossa infância ou adolescência. Essa nostalgia estende-se a livros, músicas, filmes e séries de televisão e nestas últimas tive a felicidade de ver editadas em DVD, programas que me eram tão queridos como Os pequenos vagabundos ou Espaço 1999.
Mas uma das séries que mais me marcou nunca mais sai - Sandokan. Por favor senhores das produtoras de DVDs façam lá um esforço, se já existe a Pipi, a Lassie, a Heidi, o Marco, etc. Porque não o Sandokan. pode ser, pode ?!
2005-04-12
Assalto à 13ª Esquadra
Um filme de Jean-François Richet, com Ethan Hawke, Lawrence Fishburne, Gabriel Byrne, Maria Bello, Drea de Matteo, entre outros.
Numa noite tempestuosa, faz-se o transporte de um grupo de criminosos, entre eles está Marion Bishop, um poderoso gangster procurado por vários crimes, tendo recentemente morto um policia.
Acabam por ter de se resguardar da tempestade numa esquadra local a 13ª, cujo Chefe Jake, é um homem com alguns problemas em lidar com uma situação passada que matou a sua equipa de trabalho.
A psicóloga de Jake, também é obrigada a procurar abrigo na esquadra. A noite é de passagem de ano, e o que prometia uma pacata festa entre meia dúzia de policias em serviço, acaba num pesadelo, quando inesperadamente são surpreendidos com um violento ataque tendo como objectivo, Bishop. É aqui que Jake, tem de tomar medidas extremas, tendo inclusive que permitir aos prisioneiros armas, para todos se defenderem e lutarem pelas sua vidas.
Um bom filme de acção, em que alguns personagens nos surpreendem, tanto no desenrolar da acção como no seu destino final.
Um filme de Jean-François Richet, com Ethan Hawke, Lawrence Fishburne, Gabriel Byrne, Maria Bello, Drea de Matteo, entre outros.
Numa noite tempestuosa, faz-se o transporte de um grupo de criminosos, entre eles está Marion Bishop, um poderoso gangster procurado por vários crimes, tendo recentemente morto um policia.
Acabam por ter de se resguardar da tempestade numa esquadra local a 13ª, cujo Chefe Jake, é um homem com alguns problemas em lidar com uma situação passada que matou a sua equipa de trabalho.
A psicóloga de Jake, também é obrigada a procurar abrigo na esquadra. A noite é de passagem de ano, e o que prometia uma pacata festa entre meia dúzia de policias em serviço, acaba num pesadelo, quando inesperadamente são surpreendidos com um violento ataque tendo como objectivo, Bishop. É aqui que Jake, tem de tomar medidas extremas, tendo inclusive que permitir aos prisioneiros armas, para todos se defenderem e lutarem pelas sua vidas.
Um bom filme de acção, em que alguns personagens nos surpreendem, tanto no desenrolar da acção como no seu destino final.
2005-04-11
Hoax – Mentiras na rede
A internet, como veículo potente de comunicação, trouxe uma nova dinâmica às lendas urbanas, aos boatos e às mentiras puras e simples.
Este tipo de fenómeno, da história inventada e contada como verídica, é algo que nada tem de novo mas que passou de uma lógica de contada boca a boca para uma difusão rápida e intercontinental via internet. Uma das histórias mais conhecidas e antigas é a do Homem de Piltdown inventada por Sir Arthur Conan Doyle em 1912 e que revela um achado arqueológico que provava a existência do homem mais antigo em Inglaterra. Essa hoax chegou a ser publicada em diversos manuais escolares até 1923.
Hoje em dia proliferam as mais diversas histórias muitas delas documentadas com fotografias e sites. Algumas das histórias são traduzidas ao saltarem fronteiras e as personagens vêem os nomes adaptados como por exemplo acontece com a célebre história do médico que abusa de paciente em coma, outras mantêm a mesma versão internacionalmente e chegam a dar vez a petições on line e recolha de assinaturas de protesto. Um dos casos mais emblemáticos é o dos gatinhos bonsai.
Outra secção é a que têm a ver com uma infinidade de produtos cancerígenos como as bandas magnéticas dos bilhetes de estacionamento que muitas vezes pomos na boca ou que associam o uso de desodorizantes ao cancro de mama.
Existem ainda um sem número de mails com promoções de telemóveis ou de re-envio de mails que farão aparecer um screensaver qualquer ou um punhado de dólares e que acabam por funcionar como corrente.
O pior de todo este movimento do tipo spam é que muitas pessoas bem intencionadas tornam-se verdadeiras cúmplices e re-enviam toda a espécie de mail que recebem pensando que estão a ajudar a fome em África, a relatar como verdadeira a existência de uns frangos que são só pernas para a KFC ou outras bizarrias do género.
Por isso da próxima vez que receberes um mail do género, pensa duas vezes antes de re-enviá-lo.
2005-04-10
O Chupeta - The Pacifier
Um filme de Adam Shankman, com Vin Diesel entre outros, e com a assinatura da Disney.
Um soldado de elite Shane, destemido, tem em mãos uma dificil tarefa, a de Baby sitter de uma familia composta por 5 crianças, bem pestes, uma ama checoslovaqua e um pato....Shane tem de prestar protecção aos pequenos, mas a tarefa revela-se dificil, mesmo para um super agente como ele. Obviamente que se trata de um filme para levarmos os mais pequenos, e vale a pena por eles, apesar de alguns "clichés" o filme está bem conseguido, o que vos posso dizer é que os meus adoraram. Um filme para ver em familia.
Um filme de Adam Shankman, com Vin Diesel entre outros, e com a assinatura da Disney.
Um soldado de elite Shane, destemido, tem em mãos uma dificil tarefa, a de Baby sitter de uma familia composta por 5 crianças, bem pestes, uma ama checoslovaqua e um pato....Shane tem de prestar protecção aos pequenos, mas a tarefa revela-se dificil, mesmo para um super agente como ele. Obviamente que se trata de um filme para levarmos os mais pequenos, e vale a pena por eles, apesar de alguns "clichés" o filme está bem conseguido, o que vos posso dizer é que os meus adoraram. Um filme para ver em familia.
PSD tem finalmente um líder à sua altura
2005-04-09
Dificuldades em estender a roupa :-)
2005-04-08
Há um ano "postavamos" assim
Memórias de Farol
Nasces por entre os gritos da dor
Por entre as lágrimas escorridas
Entras no meu mundo deserto
Que floresce, de repente, ao ritmo do teu respirar
E nascem girassóis, malmequeres, papoilas e outras mais
E olhas-me inquieto, inseguro, mas o meu corpo,
Esse, tu reconheces, e bem
E se isto não é magia, diz-me tu o que será então!
Post de 08.04.2005 por Cristina
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Memórias de Farol
Nasces por entre os gritos da dor
Por entre as lágrimas escorridas
Entras no meu mundo deserto
Que floresce, de repente, ao ritmo do teu respirar
E nascem girassóis, malmequeres, papoilas e outras mais
E olhas-me inquieto, inseguro, mas o meu corpo,
Esse, tu reconheces, e bem
E se isto não é magia, diz-me tu o que será então!
Post de 08.04.2005 por Cristina
.
Rapidinha, recebida por mail
O Mourinho está a fazer sexo com uma inglesa e a inglesa grita:
-OH OOOOH OOOOOOOOOOHHHHH My God!
E Mourinho responde com um ar sério:
-Na intimidade pode tratar-me por Mourinho.
O Mourinho está a fazer sexo com uma inglesa e a inglesa grita:
-OH OOOOH OOOOOOOOOOHHHHH My God!
E Mourinho responde com um ar sério:
-Na intimidade pode tratar-me por Mourinho.
2005-04-06
"Quando se fala do mercado de escravos do amor entenda-se do seguinte modo: os escravos são os compradores."
Pedro Paixão
Girls in Bikinis
Pedro Paixão
Girls in Bikinis
"o sexo é o consolo de uma pessoa quando lhe falta o amor."
Gabriel García Márquez
in Memória das minhas putas tristes
Gabriel García Márquez
in Memória das minhas putas tristes
2005-04-05
Be Cool
Um filme de F. Gary Gray, com John Travolta, Uma Thurman, Vince Vaughn, Harvey Keitel, Christina Millian, entre outros.
Chili um ex-agiota além de se tornar um alvo a abater pela máfia, vira-se para o mercado da música, tentando lançar para a ribalta uma jovem desconhecida, que tem fracos agentes, apesar de serem detentores de um grande mau feitio e mau perder. Chili junta-se à viúva, Edie, de um amigo seu recentemente morto. Este era o patrão de uma editora discográfica.
Ao longo de todo o filme vão ainda surgindo mais personagens, gangs, que por vezes nos baralham um pouco.
O filme é ligeiro, vê-se uma vez e não fica na memória.
De acrescentar a simpática participação do vocalistas dos Aerosmith, Steven Tyler, que contracena com Travolta e Thurman.
A ver apenas na falta de outro melhor.
Um filme de F. Gary Gray, com John Travolta, Uma Thurman, Vince Vaughn, Harvey Keitel, Christina Millian, entre outros.
Chili um ex-agiota além de se tornar um alvo a abater pela máfia, vira-se para o mercado da música, tentando lançar para a ribalta uma jovem desconhecida, que tem fracos agentes, apesar de serem detentores de um grande mau feitio e mau perder. Chili junta-se à viúva, Edie, de um amigo seu recentemente morto. Este era o patrão de uma editora discográfica.
Ao longo de todo o filme vão ainda surgindo mais personagens, gangs, que por vezes nos baralham um pouco.
O filme é ligeiro, vê-se uma vez e não fica na memória.
De acrescentar a simpática participação do vocalistas dos Aerosmith, Steven Tyler, que contracena com Travolta e Thurman.
A ver apenas na falta de outro melhor.
2005-04-04
Karol Wojtyla
João Paulo II morreu. Os meios de comunicação social acompanharam o prenúncio do fim, a agonia e o pós-morte do papa mais mediático de sempre. Porque ele entendeu e soube aproveitar, talvez como ninguém até agora, a força da palavra e da imagem dos tempos modernos. Mas, quando se esperava deste homem de Deus uma abertura à realidade dos nossos dias, fechou-se numa teologia quase fundamentalista, que ignora a prática dos próprios fiéis. Aborto, contracepção, igualdade de homens e mulheres no seio da Igreja, são algumas das questões que levaram a qualificá-lo como conservador. A imagem do homem universalista, que partilhou a fé com outras religiões, que levou a esperança a povos sem voz (como no caso de Timor), não foi capaz ou não conseguiu ultrapassar os lobbys mais retrógrados do Vaticano, como a Opus Dei. Reconheço, contudo, que nos deu, sobretudo nos últimos tempos, uma lição de vida, da forma como lidou com a morte anunciada. Se, diferenças à parte, gostava daquele homem vindo da cortina de ferro, com um inusitada força, dinamismo e incondicional entrega à sua missão, acho-o agora um exemplo para quem sofre, lembrando que mesmo os doentes, mais ou menos incapacitados, são parte da sociedade a que pertencem e merecem a solidariedade de todos. Quando os sistemas de saúde se pautam por resultados financeiros é bom lembrar que, até na morte, a dignidade humana deve ser respeitada. Porque é o fim de todos, mesmo dos maiores paladinos do neoliberalismo, que parecem ter esquecido a efemeridade do poder e da vida fácil.
Pela minha parte, com algum currículo nas coisas religiosas, quedo-me pela contemplação do homem, como agnóstico militante. Porque não posso negar a existência de Deus, nem afirmar o contrário. Embora, viva em permanente crise existencialista na busca de algo que não sei se é divino. Que não sei se está no homem ou no seu criador. Nem sei se o homem foi feito assim por alguma entidade superior ou se foi apenas resultado de uma experiência mais global e com efeitos colaterais. Não sei mesmo, mas isso incomoda-me. Sendo baptizado e crismado – sem contar a minha vontade -, fui catequista, maestro de capela e até conto com um curso de cristandade. Mas, algures, uma pequena frase, um instantâneo clique, levaram-me a questionar. Bertrand Russel encarregou-se do resto, com o seu “Porque Não Sou Cristão”. O padre da minha freguesia, a quem escrevi sobre o assunto, respondeu-me que essa leitura era perigosa para quem não tinha bases filosóficas. Não mais lhe voltei a escrever, mas entendi ler mais, saber mais e até escrever a minha autocrítica religiosa. E desde aí vivo, pelo menos, com a certeza de que não será a Igreja que me dará resposta ou consolo. Mas na dúvida permanente se não seria muito mais feliz acreditando em Deus. Chego mesmo a ter inveja de quem tem fé. Porque é muito mais simples, fácil e descartam-se os pecados, como os pratos de papel de um piquenique qualquer.
2005-04-03
Histórias com Rádio
Descobri aquela rádio uma noite qualquer. E aos poucos fui-me habituando aquele Rock dos anos 70 e à voz feminina que quando em vez nos pedia um e-mail, versão moderna para quando o telefone toca. Nunca me fiz rogado e habituei-me, um pouco surpreendido, a ouvir de seguida, todas as músicas que eu pedia.
Até que um dia, a voz dela, numa súbita mudança de registo, se dirigiu a mim directamente – Pedro, e hoje o que queres ouvir ?
Olhei para o rádio espantado, é que ela, há muito, sabia que eu era o único ouvinte daquela rádio pirata, das três às quatro da manhã.
Chamava-se Rock on the rocks e de segunda a sexta, à hora de almoço, emitia na Rádio ISEL. A quinta-feira era o meu dia com A Quinta do Jazz, mas foi numa terça-feira, no programa dedicado à música portuguesa, que resolvemos fazer um programa dedicado ao Zeca Afonso.
Ao fim de duas ou três músicas, o Jorge que conduzia a emissão, não pôde de deixar de colocar a Grândola. Do outro lado do Tejo, o presidente da associação de estudantes tinha acabado de sintonizar a rádio no final de um almoço com elementos do PSD para pedir apoio para a campanha para a associação de estudantes que se ia iniciar. Ao ouvir a Grândola ficou possesso e ligou de imediato para o estúdio. Nós os quatro, dentro do estúdio, sorrimos uns para os outros e mal a música acabou pusemo-la outra vez.
Um segundo telefonema, desta vez não para nós, não tardou e recebemos ordem para sair de imediato do estúdio ou eramos expulsos da rádio. Trancámos a porta e até ao final da nossa hora as músicas revolucionárias não pararam.
Foi em 1986 e foi o último programa de rádio que fiz. Por acaso às vezes dá umas saudades... (1)
(1) - Ao contrário da maior parte das histórias que aqui conto e que são ficcionadas, esta é absolutamente verídica.
2005-04-02
RELIGIÕES, RESPEITO, CRENÇAS E A MORTE DO PAPA
Dando continuidade ao post anterior do Pedro e a propósito de acontecimentos actuais quero aqui expressar os meus pensamentos sobre o tema:
1- Se queremos ser respeitados temos que começar por respeitar as ideias dos outros!
2- Quem será mais intolerante? No caso parece-me que foi quem fez a petição pela liberdade de Lúcia de Jesus!
3- Cada um tem direito a ter as suas crenças, religião ou acreditar no que quiser ... desde que não prejudique a liberdade dos outros.
4- Assumo-me como Católica, depois de ter passado por várias fases na minha vida de dúvida, ateísmo ... Mas, no momento mais complicado da minha vida, foi a religião que me ajudou a reencontrar a paz que eu necessitava. Pode ser um lugar comum só nos virarmos para a religião nos momentos mais graves... mas eu assumo a minha mudança.
5- Sou crente em Deus, mas não sou fanática! E condeno o uso abusivo que a Igreja Católica fez do poder temporal ao longo da História da Humanidade.
6- Respeito o Papa João Paulo II pelo que fez, pelo Homem que foi, por posições que tomou( nomeadamente pela sua contribuição para o diálogo inter-religioso); mas não concordo com todas as suas posições como por exemplo sobre o aborto, celibato obrigatório para o clero; entre outras. Acho excessiva a atenção que os media têm dedicado à sua doença e nesta noite à sua morte! Eu fui à cidade do Vaticano no verão passado e não vi o Papa! E também não me preocupei minimamente com isso!
Resumindo e concluindo: Nem 8 nem 80! No meio é que está a virtude!
Dando continuidade ao post anterior do Pedro e a propósito de acontecimentos actuais quero aqui expressar os meus pensamentos sobre o tema:
1- Se queremos ser respeitados temos que começar por respeitar as ideias dos outros!
2- Quem será mais intolerante? No caso parece-me que foi quem fez a petição pela liberdade de Lúcia de Jesus!
3- Cada um tem direito a ter as suas crenças, religião ou acreditar no que quiser ... desde que não prejudique a liberdade dos outros.
4- Assumo-me como Católica, depois de ter passado por várias fases na minha vida de dúvida, ateísmo ... Mas, no momento mais complicado da minha vida, foi a religião que me ajudou a reencontrar a paz que eu necessitava. Pode ser um lugar comum só nos virarmos para a religião nos momentos mais graves... mas eu assumo a minha mudança.
5- Sou crente em Deus, mas não sou fanática! E condeno o uso abusivo que a Igreja Católica fez do poder temporal ao longo da História da Humanidade.
6- Respeito o Papa João Paulo II pelo que fez, pelo Homem que foi, por posições que tomou( nomeadamente pela sua contribuição para o diálogo inter-religioso); mas não concordo com todas as suas posições como por exemplo sobre o aborto, celibato obrigatório para o clero; entre outras. Acho excessiva a atenção que os media têm dedicado à sua doença e nesta noite à sua morte! Eu fui à cidade do Vaticano no verão passado e não vi o Papa! E também não me preocupei minimamente com isso!
Resumindo e concluindo: Nem 8 nem 80! No meio é que está a virtude!
Mau gosto no Barnabé
O Barnabé faz parte de um pequeno conjunto de blogues que não me privo de visitar diariamente. As suas criticas certeiras, um sentido de humor aguçado e a diversidade de opiniões que por lá proliferam fazem do Barnabé um dos meus blogues de eleição.
No entanto acho de um extremo mau gosto a manutenção da Petição Liberdade para Lucia de Jesus! . Independentemente de ser ateu e da minha opinião pessoal sobre o episódio de Fátima, penso que após a morte da senhora, a manutenção deste link no Barnabé é no minímo desrespeitosa.
O Barnabé faz parte de um pequeno conjunto de blogues que não me privo de visitar diariamente. As suas criticas certeiras, um sentido de humor aguçado e a diversidade de opiniões que por lá proliferam fazem do Barnabé um dos meus blogues de eleição.
No entanto acho de um extremo mau gosto a manutenção da Petição Liberdade para Lucia de Jesus! . Independentemente de ser ateu e da minha opinião pessoal sobre o episódio de Fátima, penso que após a morte da senhora, a manutenção deste link no Barnabé é no minímo desrespeitosa.
2005-04-01
Dia 1 de Abril!