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2005-06-30

 
Contigo esta Noite
Joana Miranda




Contigo esta noite, é o último romance de Joana Miranda. Uma história, leve sobre duas irmãs gémeas, diferentes como a noite do dia. A história é nos apresentada quer por Marta quer por Júlia, que intercalam entre si as suas vidas, os desencontros, frustações, amores, desamores, entre Portugal e uma encantadora Veneza.
Este último romance de Joana Miranda, está escrito com muita calma, numa escrita quase poética, em que realça o sentido da familia e a base para estarmos bem, ou pelo menos melhores.

"As relações amorosas, tal como as relações em geral, constroem-se, destroem-se e reconstroem-se. Quando vale a pena."
in Contigo esta Noite
Joana Miranda
Editorial Presença

2005-06-29

 



Hoje comprei o Público, por causa da nova colecção 9mm, para os “doentes” de policiais, nos quais me incluo, o livro de hoje adquire-se por apenas mais 1 euro, e é de Arthur Conan Doyle, “Um Estudo em Vermelho”, os próximos serão a 3,50, vêm aí as férias, parece-me uma boa opção !

E para espanto meu saiu hoje também, o fabuloso filme de Alejandro Amenábar, Mar Adentro, com o grande actor Javier Bardem, por 9,9 euros!!!!!
Já há uma semana e tal, encontrei por acaso, o SARABAND, com o Público, e fiquei pasmada, é mesmo o Saraband do Ingmar Bergman, aquele que esteve apenas, em exibição no Alvaláxia e que deixei escapar. Chamam eles a esta colecção Inéditos Público, não faço ideia se há ou não alguma lista dos lançamentos dos filmes, se souberem avisem.

Dia 4 de Julho, sai um Especial Jacques Tati (25 euros), Há Festa na Aldeia, O meu Tio, As Férias do Sr. Hulot, Playtime, Vida Moderna.

A partir de 9 de Julho, começa a colecção Era uma vez...em Dvd, histórias clássicas de Andersen, narradas em português por Ruy de Carvalho (€6,70).

PS – Há...e li também o jornal!

2005-06-28

 
Conselho de ética considera que médicos devem respeitar recusa de transfusão de sangue
Concordo mas sejamos coerentes

O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNEV) considerou que os doentes têm direito a recusar transfusões de sangue, desde que os mesmos sejam maiores, não sofram de anomalia psíquica e tenham plena consciência da decisão que tomaram e dos riscos associados.

Concordo plenamente. Em última instância a decisão do doente pode conduzir à eutanásia. No entanto se o doente estiver consciente desse risco continuo a concordar.

Na prática este parecer vêm de encontro àquilo que eu sempre defendi. Um ser humano, maior de idade e de mente lúcida deve poder decidir sobre o que fazer sobre o seu corpo. Gostava, portanto, e por uma questão de coerência saber se o CNEV também emitiu parecer favorável à eutanásia e à interrupção voluntária de gravidez. É que para mim, são outras faces da mesma moeda.

2005-06-27

 
Para a Molly



"Olhos verdes de gata na escuridão a brilhar, e as bruxas nas esfarrapadas vassouras, sobre as colinas escuras onde as fogueiras aumentam a cintilar."

Myra Cohn Livingston
in Gatos
adriano Bacchella

 
A culpa é da bandeira

Como é que um país que acumula na sua bandeira o verde e o vermelho há-de saber se deve avançar ou parar.

2005-06-26

 
O número
50.000

O Farol das Artes atingiu hoje as 50.000 visitas ao fim de cerca de 23 meses de actividade. Para nós que estamos aqui deste lado, e que apenas sabemos quem são os poucos leitores que deixam comentários, por vezes perguntamo-nos quem são os restantes e de onde vêm.
Sabemos que vêm sobretudo de Portugal, mas também do Brasil, dos EUA, de França, Holanda, e em menor número de Inglaterra, para além de alguns outros países apenas esporádicos. A análise às paginas de origem que apenas apresenta resultados para quem cá chegou via link, aponta para uma maioria, esperada, via Google e depois para alguns outros blogs que também frequentamos.
Já agora, e para acabar a estatística, o dia em que registámos maior número de visitas foi 23 de Dezembro de 2004. Quereriam ideias para prendas de Natal ?

Pois é, esperamos que continuem a cá vir e já agora, uma vez por outra, que se apresentem, e digam quem são, o que gostam de ler aqui e onde estão.

2005-06-25

 
Feira do Artesanato


Esta noite na FIL

 
Histórias de Balneário

No final do treino, como de costume, suados, exaustos, mas felizes, precipitámo-nos para os balneários. Ao lado um do outro, o masculino e o feminino, cada um com cinco chuveiros.
O problema é que eramos 15 rapazes e apenas 2 raparigas.

Virei-me, então, para o treinador e perguntei-lhe se podia ir tomar duche no balneário feminino.
- Claro que não!
- Porquê? Asseguro-lhe que não existe qualquer risco de elas desmaiarem ou ficarem excessivamente bem impressionadas.
- Não é isso - respondeu-me ele - achas que elas gostavam de te ver nu?
- Provavelmente não. Mas estou certo que os rapazes também não gostam. Aliás, estatisticamente, é mais provável que uma delas goste do que um deles. Mas - prossegui - se a questão é essa, eu vou perguntar nos dois balneários e depois logo vejo onde tomo banho.

Escusado será dizer que nesse dia, longínquo, tive de ir para casa perfeitamente nojento.

2005-06-23

 



Ainda falando da fabulosa série Desperate Housewives, aqui fica o canalizador....

Aproveitem para fazer o quiz e verem com qual delas se identificam!!!

2005-06-22

 


Queria agradecer a todos os vossos parabéns. Na verdade sempre gostei muito de fazer anos. Lembro-me quando era miúdo que adorava ficar mais velho e receber prendas.

Hoje continuo a gostar da parte das prendas.

Mas mesmo a questão das prendas também mudou com a idade. Quando era miúdo havia quem me desse dinheiro para eu comprar qualquer coisa. O que eu detestava porque queria era prendas e não pedaços de papel enfiados em envelopes. Hoje, que já aprecio o dinheiro (apesar de ter a sensação que tal não é recíproco porque ele foge de mim a toda a velocidade) ninguém me oferece envelopes, ou quando oferece só têm um cartão dentro.

Outra coisa que mudou foi que quando eu era miúdo todos os meus desejos eram satisfeitos neste dia. Eu queria, por exemplo, mais que tudo no mundo, ter o equipamento do FCP, ou o último livro do Sandokan e eis que apareciam embrulhados à minha frente.

Agora eu gostava de ter uma casa de férias com vista para o mar e um Peugeot 407 ...

Mas agora falando (escrevendo) a sério. O melhor que estes anos (todos?!) me deram foi mesmo terem enchido a minha memória (que por vezes falha) de recordações felizes vividas com todas as idades. E, claro, as mensagens que aqui e noutros lados me deixaram.

 



Hoje aqui no Farol, há um aniversariante! Parabéns Pedro.

2005-06-21

 



Têm visto (o) a maravilhosa (o), (jardineiro) série Desesperate HouseWifes – Donas de casa desesperadas? (Jesse Metcalf) É que eu estou fã....

2005-06-18

 
Equilíbrios pontuados

Este livro de Jorge Reis Sá tem uma série de apontamentos interessantes, alguns mesmo muito bons, outros nem tanto. Falta-lhe no entanto, a meu ver, uma linha condutora que os aglutine e faça dele um livro.

Deixo aqui um dos tais "apontamentos" de que gostei particularmente:

Roubaste-me a verdade que é um corpo sensível. Percorri a casa vazia sem saber que os pés descalços tocavam o chão. Andava no ar sem o peso do meu corpo como medida. Flutuava no soalho, sangrei de uma dor mais funda que é esta epiderme. Bati na perna da cama por não saber por onde andava e vi como o dedo, partido, não doía. Nem os ossos deixaste para que os sentisse.
Mónica: levaste-me o sentido do corpo e deixaste-me apenas com a sua inutilidade.

2005-06-17

 


Este livro como Prémio

Recebi hoje pelo correio o novo sucesso da literatura fantástica Jonathan Strange e Sr. Norrel de Susanna Clark como prémio pelo primeiro lugar num passatempo do Forum Literário Bad Books Don't Exist onde tive de escrever um conto com o tema Dragões.

Foi uma experiência interessante tanto mais que foge aos meus temas habituais, além de ter sido a primeira vez que ganhei algo com o que escrevo. Se quiserem espreitem aqui e aproveitem para aderirem a este fórum que é bastante interessante para quem gosta de livros.

2005-06-16

 
(Ba) Sin City

Um filme de Robert Rodriguez e Frank Miller, com a participação especial de Quentin Tarantino.
Com Bruce Willis, Mickey Rourke, Clive Owen, Elijah Wood, Benicio Del Toro, Rosario Dawson Jessica Alba, Jaime King, Britanny Murphy, Devon Aoki, Nick Stahl, Powers Boothe, Rutger Hauer



Frank Miller lançou a banda desenhada Sin City, em 1991, usando e abusando do preto e branco, dispensando quase no essencial as cores. O filme baseia-se em três histórias, “The Hard Goodbye”, “The Big Fat Kill” e “The Yellow Bastard”, todas editadas em BD.
Neste filme temos retratada a década de 40 e os filmes noir, os filmes pulp, os policiais, os thrillers o suspense... à semelhança de Pulp Fiction de Tarantino, surgem as 3 histórias entrecortadas, ligadas apenas numa ponta de um Bar.




Uma cidade violenta, policias corruptos, perigo em cada esquina, mulheres sensuais, assim é (Ba)Sin City.

Na cidade ocorrem três histórias diferentes.

Marv (Mickey Rourke - irreconhecível), um homem dominado pela sede de vingança, quando Goldie (Jaime King), uma mulher com quem dormiu apenas um vez, é morta enquanto dormia ao seu lado.
Dwight (Clive Owen), mata acidentalmente um polícia condecorado (Benicio Del Toro) e que tenta a custo esconder o que fez, ajudando ao mesmo tempo as mulheres de Sin City.
Hartigan (Bruce Willis) um policia honesto (aliás o único honesto), preso por um crime que não cometeu, ao salvar uma menina das mãos de um psicopata pedófilo filho de um político poderoso.



À semelhança do processo utilizado no filme “Sky Captain e o mundo de amanhã”, o filme foi rodado sob uma tela verde, ou seja apenas os actores, as armas e os carros eram verdadeiros, o restante é feito por máquinas, a virtualidade impera. É um um filme que se adequa aos nossos tempos, à era digital, da cópia original, remix, etc. Enfim, vale a pena ver, é uma sensação curiosa de ver banda desenhada num grande écran, em que tudo lá está lá, apenas faltam os balõezinhos das legendas, o restante está perfeito!

2005-06-15

 


Estranha infância a minha

Ligo a televisão e sinto-me transportado para a minha infância. Milhares de bandeiras vermelhas e de vozes a cantar de forma fraterna e comovida a Internacional ou o Avante camarada.

Essas são as canções da minha infância. Além do Alerta e, claro, e da Grândola, vila morena.

Em casa, sintonizava o rádio na Renascença (Queira o patriacado ou não queira, queiram fascistas ou não, rádio renascença será, a porta-voz da razão) e ouvia as canções revolucionárias que gravava num velho gravador comprado a propósito de um curso de inglês.

Claro que as canções infantis também marcaram a minha infância. Lembro-me perfeitamente de ir ouvir o José Barata Moura a cantar o Joana come a papa após uma ocupação de casas do Monte Estoril.

Em casa, com os meus irmãos, brincávamos às eleições e às revoluções. Memórias que me ficaram gravadas, tal como algumas reuniões que por vezes ocorriam lá em casa e que acabavam numa jantarada ou numa combinação de piquenique para o fim de semana seguinte.

A memória foge-me e o meu olhar fixa-se de novo na televisão onde milhares de pessoas de punho erguido deitam um último adeus a Álvaro Cunhal entoando palavras de ordem.

 
Nestes últimos dias vi partir Portugueses que marcaram a História do meu país, despedi-me dos meus quase 200 alunos deste ano .... por isso apetece-me parafrasear Miguel Torga:
ADEUS


É um adeus...
Não vale a pena sofismar a hora!
É tarde nos meus olhos e nos teus...
Agora,
O remédio é partir discretamente,
Sem palavras,
Sem lágrimas,
Sem gestos.
De que servem lamentos e protestos
Contra o destino?
Cego assassino
A que nenhum poder
Limita a crueldade,
Só o pode vencer a humanidade
Da nossa lucidez desencantada.
Antes da iniquidade
Consumada,
Um poema de líquido pudor,
Um sorriso de amor,
E mais nada.
Miguel Torga - 5/6/1978

2005-06-13

 
Para além do político

Paulo trabalhou noite dentro. A excitação do primeiro contacto com as organizações que passavam a estar-lhe confiadas não o deixava dormir. Um minuto perdido parecia-lhe neste momento um minuto roubado ao Partido. Nem se lembrava de que havia muitas noites não dormia o suficiente. Vira o violento ritmo de trabalho dos outros. Lembrava-se de Rosa, magra e extenuada, perdendo a noite a imprimir manifestos. Via diante de si Vaz, pálido e enérgico, nunca poupando passos, fadigas e privações. Via Ramos chalaceando da dureza da vida. E sentia-se ele próprio arrastado no grande esforço colectivo. Assim, depois de escrever um caderno de revindicações e de tomar notas relativas às suas novas tarefas, apesar de já serem duas da manhã e estar esgotado, continuou a leitura, há dias interrompida, de um livro de Lénine. Não, não podia perder tempo.


Manuel Tiago (Álvaro Cunhal) in Até amanhã camaradas.


Desenho de Álvaro Cunhal in Desenhos da Prisão

 


Álvaro Cunhal

Falei com ele poucas vezes, então por alturas do PREC. A minha militância comunista acabou em 1976, durando pouco mais de dois anos. Já então a minha incompreensão para com os políticos se manifestava. Mas, sobretudo a não aceitação de um modelo que, mal sabia, teria os dias contados. Contudo, nunca deixei de admirar o homem, em particular pelo seu passado, por lutar por uma causa. Forte, bem constituído, fluente na prédica, convicto do que dizia, igual a si mesmo na prática quotidiana. Um homem que fez história muito antes da morte.

 
Eugénio de Andrade


Urgentemente

É urgente o Amor,
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.
É urgente o amor,
É urgente permanecer.

.

 


RUMOR

Acorda-me
um rumor de ave.
Talvez seja a tarde
a querer voar.

A levantar do chão
qualquer coisa que vive,
e é como um perdão
que não tive.

Talvez nada.
Ou só um olhar
que na tarde fechada
é ave.

Mas não pode voar.

Eugénio de Andrade

2005-06-11

 


Obrigado

2005-06-09

 
Há um ano "postavamos" assim...
Memórias de Farol


A Morte de Sousa Franco

Conheci mal o Professor Sousa Franco, apesar de ter trabalhado três anos lectivos como Monitor da Cadeira que ele então regia na Faculdade de Direito – Finanças Públicas. Mas fui-me apercebendo das suas qualidades como docente, dirigente partidário e governante. Todos dizem, hoje, que era um homem bom, motivado por convicções fortes. Todos reconhecem, hoje, que foi um excepcional docente, um bom Presidente do Tribunal de Contas e um bom Ministro das Finanças. Mesmo os que o rotularam de “pai do deficit” e o tentaram ridicularizar da forma mais primitiva. Todos afirmam, hoje, que a sua morte é uma perda irreparável para a Democracia. E todos, agora em coro, elegem a vida como bem supremo, que deve estar acima de tudo.

Pena é que só descubram isso perante a morte. Pena é que não respeitem isso perante a vida. E o pior é que vão voltar a esquecer isso daqui a uns poucos dias. Porque, infelizmente, tudo vai voltar ao mesmo na cena política. A vida continua, claro. Mas o que me aflige é que haja gente que não seja capaz de retirar lições, que persista na efemeridade das coisas inúteis. Até ao dia em também tenham direito a elogio fúnebre. É a vida... ou a inconstância do discurso e das convicções. É, enfim, a ilusão do poder.

À Dr.ª Matilde, minha colega de trabalho durante alguns anos, os meus sentidos pêsames.

Post de 2004.06.09 por Avelino Rosa
.

 
Um "daqueles" dias

Entrei no carro e arranquei de raiva deixando as marcas dos pneus na estrada. Uma recta comprida e livre, à minha frente, fez-me acelerar e desprezar, sem problemas, os dois primeiros sinais vermelhos. Mas ao terceiro, surgindo do nada, apareceu-me pela esquerda um carro da polícia e não pude evitar o choque.

É claro que devia ter parado, mas a adrenalina disparou. Dei uma guinada e acelerei, de novo, a fundo.

Ouvi a sirene atrás de mim e vi uma fila de carros à minha frente. Meti pela relva e fui parar a uma outra rua, esta sem trânsito, até que entrei numa ponte. Apesar da manobra o carro da polícia ainda me seguia. Com um sorriso, acelerei o mais que pude, mas uma barragem policial no outro lado da ponte atirou-me o sorriso e o carro para a valeta.

No entanto não desisti. Saquei da pistola e comecei a disparar. Eles não se aproximaram mas eu estava encurralado e vi-me obrigado a esvaziar os carregadores. Que se lixe - pensei. Desliguei a playsation e fui fazer qualquer coisa de útil.

2005-06-08

 


Zorro
O começo da Lenda

O novo romance de Isabel Allende traz-nos a infância e adolescência de uma das mais lendárias personagens de aventuras de capa e espada.

Para além da qualidade literária, da emoção e do ritmo que Isabel Allende impõe à escrita, a leitura do romance, traz-nos deliciosos pormenores que explicam de onde veio o nome Zorro, o porquê da máscara preta ou onde é que Diego de la Vega aprendeu a manejar com mestria a espada e o chicote ou como conheceu o seu cavalo Tornado.

Um livro para todas as idades mas especial para os adultos que sonharam com o Zorro na sua infância.


- Não é justo, diz ? Pensa realmente que a vida é justa, senhor De la Vega ?
- Não, mestre, mas penso fazer o que estiver na minha mão para que o seja.

 
O fim da BYBLOS...É pena...

"Após sete anos de investimento e trabalho empenhados, a livraria virtual Byblos vai cessar a sua actividade no próximo dia 30 de Junho.

Esta decisão, muito penosa para toda a equipa da Byblos, decorre das dificuldades económicas e financeiras que a empresa começou a sentir a partir de 2003, devido à crise económica em que Portugal mergulhou, e que se agravaram já no decurso de 2005. Na verdade, entre Fevereiro e Abril do corrente ano, a Byblos viu-se confrontada com graves problemas técnicos, causados pela Netcabo, fornecedora da ligação à Internet, e que provocaram uma quebra das vendas superior a 50% nos meses de Fevereiro, Março e Abril. Estes problemas tornam inviável a prossecução da actividade da Byblos".

(recebido por mail)

2005-06-06

 


Hora di Bai

Enquanto a 2ª guerra mundial decorre na Europa, Cabo Verde é atingido por um períuodo de seca que provoca a fome e a miséria.

E é neste cenário que a população de Cabo Verde, personagem central deste roimance, se depara, desepera e revolta.

É um bom livro que já várias vezes tinha pegado para ler e que só agora, em boa hora, o fiz. Para além do mais tem o bom sabor da catchupa.

 



Mascarilho é alto e esguio, arruivado tem o pêlo.
É logo reconhecido por ter olhos encovados, redonda cabeça e rugas cavadas de tanto pensar;
Por desleixo, tem lixo no pêlo, bigode eriçado.
Para ambos os lados abana a cabeça, parece serpente.
E mantém-se sempre alerta quando finge dormitar.

Thomas S. Eliot


Gatos

adriano bachella
Lisma Editores

2005-06-04

 


Vivó Futebol

Ao fim de tantos anos a achar que o futebol era uma espécie de ópio do povo, eis que me vejo rendido, ou melhor, vencido. É que de política nem quero ouvir falar. Da profissão prefiro desligar às 17:30 horas. Do futuro, alheei-me completamente. Porque, no espaço de 2 anos, a qualidade de vida e alguns projectos ficaram sem sentido. Quando antevia uma reforma daqui a 3 anos, tenho agora um horizonte de 13, se entretanto não me obrigarem a mais anos de trabalho. Donde, sem grandes conjecturas, deduzo que nunca vou ter reforma nenhuma. Lá terei de morrer ao serviço da Nação, que é coisa que já pouco ou nada me diz.

Que tenha os mesmos direitos e regalias que pautam o sector privado, estou de acordo. Que tenha de fazer os mesmos sacrifícios que toda a gente, estou de acordo. O que não me apetece mesmo é sacrificar-me em benefício de uns quantos. De uns administradores de ocasião (ou devia dizer de interesse político ou de pagamento por conta do mesmo?) e, muito menos, em nome dos direitos adquiridos dos políticos. Porque que é que os deputados têm direitos adquiridos e os outros não? Porque é que os governantes não dão o exemplo? Porque não são trabalhadores? Porque é difícil recrutar quadros de qualidade para servir o Estado? Ou talvez apenas porque se perdeu o espírito de missão e se encara a actividade política como promoção pessoal? Nem respondo, para não descer ao mesmo nível dos que praticam e abusam do ditado de Frei Tomás, com a desfaçatez de quem se julga superior e sobranceiro à sociedade civil – que é uma espécie de reserva dos que, já não tendo poder, começam a ficar com o estatuto de quase escravidão.

Portanto, vou estar cada vez mais atento ao futebol. Alienar-me na vulgaridade das frases feitas, na adrenalina que relega para plano secundário aquilo que julgava o cerne da vida. Que se lixe. Ao chefe hei-de dizer, com voz cansada: “- Chefe, lamento, mas não consegui... A minha espondilose, a asma, a artrite e outras doenças que não digo, para não me expor, impediram-me de cumprir a minha tarefa.”. Ele, com a mesma idade que a minha, há-de responder-me: “- Pois..., estamos a ficar velhos, não estamos? Já não vamos lá, mas que queres, lá temos de cumprir calendário...”. Não sei se vai ser assim, mas de uma coisa tenho certeza: enquanto os votos em branco e nulos não tiverem a mesma importância mediática que a abstenção, vou mesmo ficar em casa nas próximas eleições. Abro apenas excepção para o referendo sobre o aborto ou outros que me façam despertar os sentidos. Até lá, senhores políticos elejam-se a vós mesmos. Eu, por cá, fico a ver Futebol. Até ao dia, em que, mesmo de bengala, relembrando velhas lutas de algumas décadas atrás, volte às contestações de rua. É que já faltou mais!...

2005-06-02

 



Um gato leva a outro.
É inevitável...

Ernest Hemingway
in Gatos
adriano bachella
Lisma Editores

 
Política não é Futebol...

É costume dizer-se erradamente que a política é como o futebol. É verdade que existem os adeptos, os fanáticos, uma grande maioria que não muda de cor mesmo quando não gosta do treinador ou de como a equipa está a jogar.

No entanto, infelizmente, ainda falta à política algo que é essencial ao futebol: as contratações.

Já pensaram que bom que era poder ler títulos como este:

PS contrata Zapatero para a próxima remodelação

ou: PP reforça-se com Ministro da Defesa de Itália

ou mesmo: Depois do flop Jerónimo, olheiros do PCP deslocam-se à Russia e à Ucrânia em busca de novo treinador.

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2005-06-01

 
Reflexões a partir do convento …

OS FRANCESES E OS HOLANDESES DISSERAM NÃO AO TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA …. E AGORA?

Estive em França até ao passado dia 6 de Maio , durante 12 dias, e as conversas eram dominadas pelo referendo que se realizou no passado domingo. Indecisos e adeptos do não justificavam as suas posições com argumentos jurídicos e de natureza política: Uma Constituição não regulamenta assuntos de natureza económica e deve ser elaborada pelos representantes do povo, eleitos por sufrágio universal. Ora este Tratado não satisfaz estas duas condições! Muitas conversas, algumas leituras mas ainda não consigo formular uma posição clara sobre o assunto. A França no domingo e hoje a Holanda disseram não ao Tratado e urge reflectir sobre toda a situação: O Tratado, tal como está , não serve os interesses da maior parte dos Europeus? Porque votaram não nestes dois países? Foi uma decisão consciente ou apenas um cartão vermelho, que os franceses e holandeses apresentaram aos seus governos, pelos problemas internos de cada país? Algumas destas perguntas podem não ter uma resposta imediata e objectiva, mas louvo a coragem destes dois países terem obrigado todos os europeus a pensar no seu futuro. Uma lição do exercício de cidadania sem dúvida. E uma certeza : Nós Portugueses precisamos de nos informar e de debater amplamente o Tratado para podermos decidir conscientemente : Sim ou Não ?

 
Encontrada !

Já há muito que andavamos desconfiados com os prolongados silêncios da nossa Blogger Henriqueta Alface. Normalmente tão efusiva e comunicativa, ultimamente pouco comentava e ainda menos postava... mas O Farol das Artes foi à procura e descobriu-a em retiro espiritual.


Claro que ainda veio com a desculpa que se tratava de uma recriação de uma Feira medieval ou outra coisa qualquer igualmente improvável e mirabolante. Bah !

 
Dia 1 de Junho - Dia Mundial da Criança




by Anne Geddes