2005-05-31
O Espantalho Psicadélico
Por entre as árvores vejo um cintilar incessante, apuro o olho e descubro uma nova forma de afugentar a passarada.
São CDs pendurados nas árvores que oscilando com o vento trazem reflexos de sol.
Efeito estranho e totalmente inesperado nesta pequena aldeia do concelho de Arganil chamada Foz da Moura.
Por entre as árvores vejo um cintilar incessante, apuro o olho e descubro uma nova forma de afugentar a passarada.
São CDs pendurados nas árvores que oscilando com o vento trazem reflexos de sol.
Efeito estranho e totalmente inesperado nesta pequena aldeia do concelho de Arganil chamada Foz da Moura.
2005-05-29
Novas medidas para combater o défice, estas bem mais originais :-)
Segundo fontes bem informadas, a da Alameda D. Afonso Henriques e a de Belém (na foto), o Governo vai passar a cobrar imposto sobre três transações hoje em dia isentas de pagar qualquer imposto, a saber:
1. Mesada - Milhares de pais portugueses pagam mesadas aos seus filhos sem que o Governo cobre o devido imposto. Esta medida, é além de mais uma medida de justiça social, uma vez que são os papás mais ricos que pagam maior mesada.
2. Donativos à igreja - A partir do próximo mês de cada vez que o padre estender um envelope para recolha de donativos em baptizados, casamentos e cerimónias afins, terá de estender um segundo envelope para donativos ao Governo que não poderão ser inferiores a 10 % do donativo principal.
3. Moedinhas para os arrumadores de carros - Ora aqui está mais uma sem vergonha herdada dos governos PSD/PP que sempre foram muito permissivos para as profissões liberais, os arrumadores de carros vão ter de passar a declarar os seus rendimentos sendo o ónus da prova dos próprios, ou seja, serão eles que terão de provar que "tiram" menos de 500 euros por dia.
Por falar em profissões liberais, aliás muito liberais, o Governo prepara-se, também, segundo as mesmas fontes, para legalizar a prostituição, os dealers e os vendedores de borda d'água com o fim de lhes cobrar o devido imposto.
2005-05-28
Hoje está um dia bom para ir até à Feira do Livro, respirar, por entre as folhas... Sabe sempre bem, andar um pouco é saudável, folhear e comprar uns livros (poucos...a vida está cara, infelizmente), recolher alguns autografos, o do Tiago Rebelo, por exemplo, pelas 17.30, e comer uma fartura!!! Bora lá?
2005-05-26
#7 (e último)
Carta aberta ao Primeiro Ministro
Senhor primeiro ministro eu não votei si, ou melhor, eu não votei no seu partido. No entanto foi com alguma alegria e esperança que o vi assumir o cargo.
Já quando das eleições primárias no PS, e apesar de na dicotomia esquerda-direita, ser o candidato da direita contra a pretensa esquerda de Alegre, achei que era preferível um líder do PS com vontade, competência e coragem para afrontar interesses instalados, que um livre pensador mas que no episódio da co-incineração em Souselas se mostrou igual a qualquer outro cacique local.
Desde que tomou posse tenho visto o seu Governo a actuar de forma a que eu chamaria de “profissional”. A encarar os problemas de frente e a tomar medidas concretas e eficazes, por exemplo na saúde e na justiça.
Senhor primeiro ministro, dei por mim a respeitar e a admirar o seu equilibrio entre o pragmatismo e a preocupação com o social.
Sendo certo que após o governo anterior, não era dificil causar boa impressão, de uma forma geral todo o Governo tem acompanhado uma nova forma de estar na política com a qual concordo. Na Europa, apenas considero como melhor o Governo de Zapatero.
Senhor primeiro ministro, após o relatório Constancio, e contra os meus habituais companheiros de tertúlia, defendi que a sua coerencia e a sua competência não nos iriam arrastar para soluções estafadas, injustas e ineficazes.
Hoje percebi que me enganei. O aumento do IVA de 19 % para 21 % é um erro crasso. É uma traição política e um desastre económico. Das outras medidas apresentadas, até concordo com quase todas elas, mas essa é imperdoável, porque para além de ser uma quebra do compromisso assumido com os portugueses ao longo da campanha eleitoral e na tomada de posse, é principalmente um ataque à capacidade de exportação dos produtos portugueses, ao nível de vida dos mais carenciados e duvido que se venha a traduzir num aumento de receita fiscal – é que 21 % só é mais do que 19 % se as percentagens incidirem sobre a mesma quantia. Se o consumo se retrair pode muito ser bastante menos.
Senhor primeiro ministro eu não votei si, ou melhor, eu não votei no seu partido. No entanto foi com alguma alegria e esperança que o vi assumir o cargo.
Já quando das eleições primárias no PS, e apesar de na dicotomia esquerda-direita, ser o candidato da direita contra a pretensa esquerda de Alegre, achei que era preferível um líder do PS com vontade, competência e coragem para afrontar interesses instalados, que um livre pensador mas que no episódio da co-incineração em Souselas se mostrou igual a qualquer outro cacique local.
Desde que tomou posse tenho visto o seu Governo a actuar de forma a que eu chamaria de “profissional”. A encarar os problemas de frente e a tomar medidas concretas e eficazes, por exemplo na saúde e na justiça.
Senhor primeiro ministro, dei por mim a respeitar e a admirar o seu equilibrio entre o pragmatismo e a preocupação com o social.
Sendo certo que após o governo anterior, não era dificil causar boa impressão, de uma forma geral todo o Governo tem acompanhado uma nova forma de estar na política com a qual concordo. Na Europa, apenas considero como melhor o Governo de Zapatero.
Senhor primeiro ministro, após o relatório Constancio, e contra os meus habituais companheiros de tertúlia, defendi que a sua coerencia e a sua competência não nos iriam arrastar para soluções estafadas, injustas e ineficazes.
Hoje percebi que me enganei. O aumento do IVA de 19 % para 21 % é um erro crasso. É uma traição política e um desastre económico. Das outras medidas apresentadas, até concordo com quase todas elas, mas essa é imperdoável, porque para além de ser uma quebra do compromisso assumido com os portugueses ao longo da campanha eleitoral e na tomada de posse, é principalmente um ataque à capacidade de exportação dos produtos portugueses, ao nível de vida dos mais carenciados e duvido que se venha a traduzir num aumento de receita fiscal – é que 21 % só é mais do que 19 % se as percentagens incidirem sobre a mesma quantia. Se o consumo se retrair pode muito ser bastante menos.
2005-05-25
Sophie Scholl - Os últimos dias
Um filme de Marc Rothemund, com Jörg Hube, Petra Kelling, André Hennicke, Johanna Gastdorf, Julia Jentsch, Florian Stetter, Gerald Alexander Held, Maximilian Brückner, Fabian Hinrichs
Um relato do que foi em 1943 o Movimento de resistência da Rosa Branca. Os jovens tentam de algum modo ir contra a desumana política de Hitler, defendendo a liberdade e apelando para o fim da guerra.
Sophie e Hans, dois irmãos são apanhados a distribuir panfletos na universidade. Ficam sob o comando e interrogatório da Gestapo.
Como o próprio título sugere, Sophie acaba por ser condenada à morte, apenas porque defendia um ideal, o sonho de ver a Alemanha livre.
O filme tem excelentes interpretações, e centraliza-se quase exclusivamente no interrogatório à jovem. Mas dá-nos uma visão bem real e cruel do que terão sido estes tempos. Não esquecer que o filme é baseado em factos verídicos.
Um filme de Marc Rothemund, com Jörg Hube, Petra Kelling, André Hennicke, Johanna Gastdorf, Julia Jentsch, Florian Stetter, Gerald Alexander Held, Maximilian Brückner, Fabian Hinrichs
Um relato do que foi em 1943 o Movimento de resistência da Rosa Branca. Os jovens tentam de algum modo ir contra a desumana política de Hitler, defendendo a liberdade e apelando para o fim da guerra.
Sophie e Hans, dois irmãos são apanhados a distribuir panfletos na universidade. Ficam sob o comando e interrogatório da Gestapo.
Como o próprio título sugere, Sophie acaba por ser condenada à morte, apenas porque defendia um ideal, o sonho de ver a Alemanha livre.
O filme tem excelentes interpretações, e centraliza-se quase exclusivamente no interrogatório à jovem. Mas dá-nos uma visão bem real e cruel do que terão sido estes tempos. Não esquecer que o filme é baseado em factos verídicos.
2005-05-24
SER CIDADÃ HONESTA SAI CARO ...
Aqui fica o relato de uma situação caricata : Depois de ter recebido um aviso das Finanças para pagar o Imposto sobre Imóveis, relativo a 2004, dirigi-me à repartição e efectuei uma reclamação porque tinha na minha posse um documento que me isentava da CA por um período de 10 anos. Passados dias recebi um postal solicitando a minha comparência, com urgência, para esclarecer assunto do meu interesse. Com não me era possível lá ir telefonei e fui informada de que :
- A isenção tinha-me sido incorrectamente concedida;
- fui aconselhada a desistir da minha reclamação para meu benefício e do funcionário que tinha concedido incorrectamente a isenção: Ele para não ser penalizado e eu para não me cobrarem mais impostos ( Contribuição Autárquica ) . Sim, mas a minha situação era precária porque corria o risco de algum funcionário mais zeloso detectar posteriormente a situação.
Tenho pena de não ser mosca para ter visualizado a cara do Sr. que me atendia quando lhe disse textualmente:
“- Meu caro senhor, se estou em dívida para com as Finanças quero pagar o que devo! E lamento que a minha decisão possa ser maléfica para o seu colega, mas é esta a minha decisão”.
Confesso que fiquei irritada com a situação, mas em paz comigo porque tomei a decisão que considero correcta. Mesmo ontem, quando recebi os avisos de pagamentos e percebi que uma fatia do meu subsídio de férias ia para as Finanças não me arrependi! Mas valerá a pena? Eu acho que sim! Ou serei uma lunática e utópica?
Aqui fica o relato de uma situação caricata : Depois de ter recebido um aviso das Finanças para pagar o Imposto sobre Imóveis, relativo a 2004, dirigi-me à repartição e efectuei uma reclamação porque tinha na minha posse um documento que me isentava da CA por um período de 10 anos. Passados dias recebi um postal solicitando a minha comparência, com urgência, para esclarecer assunto do meu interesse. Com não me era possível lá ir telefonei e fui informada de que :
- A isenção tinha-me sido incorrectamente concedida;
- fui aconselhada a desistir da minha reclamação para meu benefício e do funcionário que tinha concedido incorrectamente a isenção: Ele para não ser penalizado e eu para não me cobrarem mais impostos ( Contribuição Autárquica ) . Sim, mas a minha situação era precária porque corria o risco de algum funcionário mais zeloso detectar posteriormente a situação.
Tenho pena de não ser mosca para ter visualizado a cara do Sr. que me atendia quando lhe disse textualmente:
“- Meu caro senhor, se estou em dívida para com as Finanças quero pagar o que devo! E lamento que a minha decisão possa ser maléfica para o seu colega, mas é esta a minha decisão”.
Confesso que fiquei irritada com a situação, mas em paz comigo porque tomei a decisão que considero correcta. Mesmo ontem, quando recebi os avisos de pagamentos e percebi que uma fatia do meu subsídio de férias ia para as Finanças não me arrependi! Mas valerá a pena? Eu acho que sim! Ou serei uma lunática e utópica?
#6
Guterres e Barroso (sem Durão)
Logo que surgiu a notícia de que Guterres fora o escolhido para Alto-Comissário dos Refugiados das NU, um amigo telefonou-me. “- Tás a ver como tinha razão? Afinal, os políticos portugueses são mesmo os melhores do Mundo... – Essa Agora! E Porquê? – Tás mesmo por fora... Então não percebes que se os dois políticos que mais contribuíram para a crise económica portuguesa – primeiro o Guterres, depois o Durão - têm grande cotação internacional, todos os outros são quase génios? É preciso dizer mais? – Não, claro. Acho que entendi...”
Não entendi nada na verdade, mas também não quis fazer figura de parvo. Será que os políticos, tal como alguns trabalhadores portugueses, só são bons quando emigram? Fiquei a matutar mais de duas horas e não cheguei a conclusão nenhuma. E a única que me veio à cabeça é mesmo estúpida: tendo em conta as premissas, a solução seria exportar todos os políticos e trabalhadores do país e importar políticos e trabalhadores doutros Estados da UE. Isto, desde que me dessem a reforma antecipada, para eu ficar a ver o resultado. Infelizmente, acho que vou ter de fazer mais sacrifícios, em nome de um objectivo que cada vez fica mais longe, se é que, entretanto, não me despedem e ainda fico a esmolar numa esquina qualquer.
Seja como for, uma certeza tenho: não voto mais enquanto não exportarem, pelo menos, metade da classe política que temos e a restante diminuir as suas regalias, como o vencimento e o tempo de reforma. É que tou mesmo farto!
Logo que surgiu a notícia de que Guterres fora o escolhido para Alto-Comissário dos Refugiados das NU, um amigo telefonou-me. “- Tás a ver como tinha razão? Afinal, os políticos portugueses são mesmo os melhores do Mundo... – Essa Agora! E Porquê? – Tás mesmo por fora... Então não percebes que se os dois políticos que mais contribuíram para a crise económica portuguesa – primeiro o Guterres, depois o Durão - têm grande cotação internacional, todos os outros são quase génios? É preciso dizer mais? – Não, claro. Acho que entendi...”
Não entendi nada na verdade, mas também não quis fazer figura de parvo. Será que os políticos, tal como alguns trabalhadores portugueses, só são bons quando emigram? Fiquei a matutar mais de duas horas e não cheguei a conclusão nenhuma. E a única que me veio à cabeça é mesmo estúpida: tendo em conta as premissas, a solução seria exportar todos os políticos e trabalhadores do país e importar políticos e trabalhadores doutros Estados da UE. Isto, desde que me dessem a reforma antecipada, para eu ficar a ver o resultado. Infelizmente, acho que vou ter de fazer mais sacrifícios, em nome de um objectivo que cada vez fica mais longe, se é que, entretanto, não me despedem e ainda fico a esmolar numa esquina qualquer.
Seja como for, uma certeza tenho: não voto mais enquanto não exportarem, pelo menos, metade da classe política que temos e a restante diminuir as suas regalias, como o vencimento e o tempo de reforma. É que tou mesmo farto!
2005-05-23
Amigos do Campo
De cada vez que vamos ao campo fazemos sempre novos amigos. A Cristina, já se sabe, não pode ver um gato sem parar para lhe fazer uma festinha, um mimo, ou lhe dar uma ração suplementar.
Mas para mim, nada se compara ao olhar terno e fiel de um cão.
De cada vez que vamos ao campo fazemos sempre novos amigos. A Cristina, já se sabe, não pode ver um gato sem parar para lhe fazer uma festinha, um mimo, ou lhe dar uma ração suplementar.
Mas para mim, nada se compara ao olhar terno e fiel de um cão.
2005-05-22
CAMPEÕESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!
2005-05-20
#5
Constituição Europeia - Sim ou não na blogoesfera
José Pacheco Pereira lançou o Sítio do Não com o objectivo de lançar o debate sobre a Constituição Europeia e dado o seu "Não" ser talvez diferente dos outros "Não" que têm sido mais divulgados.
Também já há um Sítio do Sim e os comentários e tomadas de posição começam a conhecer-se por esta blogoesfera fora.
Na verdade se há quem diga que Portugal não está preparado para o referendo sobre a IVG, eu acho que não está é de todo preparado para o referendo sobre a Europa. Talvez fale por mim que me considero um cidadão mais ou menos informado e que neste aspecto ainda não tenho opinião formada, apesar de me inclinar mais para o não.
O debate urge e se na comunicação social mais tradicional anda um pouco arredado, é de louvar a atitude de JPP que trará concerteza os seus frutos.
José Pacheco Pereira lançou o Sítio do Não com o objectivo de lançar o debate sobre a Constituição Europeia e dado o seu "Não" ser talvez diferente dos outros "Não" que têm sido mais divulgados.
Também já há um Sítio do Sim e os comentários e tomadas de posição começam a conhecer-se por esta blogoesfera fora.
Na verdade se há quem diga que Portugal não está preparado para o referendo sobre a IVG, eu acho que não está é de todo preparado para o referendo sobre a Europa. Talvez fale por mim que me considero um cidadão mais ou menos informado e que neste aspecto ainda não tenho opinião formada, apesar de me inclinar mais para o não.
O debate urge e se na comunicação social mais tradicional anda um pouco arredado, é de louvar a atitude de JPP que trará concerteza os seus frutos.
2005-05-19
Amanhã começo o fim de semana, indo para a zona de Coja, onde a paisagem é verde, e o ar é mais puro! A todos um bom fim de semana!
2005-05-18
O Sporting perdeu, mas viva o Sporting
#4
2005-05-17
24,94 Euros
Foi em Oeiras e eu já estava atrasado para uma reunião e não dava com o raio da morada. Foi então que parei junto de um energúmeno, digo de um transeunte, e perguntei-lhe o caminho. O imbecil, digo o transeunte, disse para seguir em frente e virar na segunda à direita e eu feito transeunte, digo imbecil, assim o fiz sem reparar que estava a entrar numa rua só com um sentido que por acaso não era aquele em que eu seguia.
Eu não reparei, mas o carro da policía que apareceu sabe-se lá de onde, cá para mim feito com o imbecil do transeunte, reparou. E face ao novo código da estrada lá tive na hora e no momento de desembolsar a quantia de 24,94 euros que era coisa que eu não tinha. – Não faz mal – disse o Polícia que por acaso até era delicado e simpático (mas imbecil porque me me multou ainda que eu merecesse) – há ali um multibanco (será que eles agora andam sempre a fiscalizar as infracções só ao pé de caixas ATM ?).
Mas depois de eu levantar dinheiro pôs-se um sério problema, é que o policia não me aceitou 25 euros, e não tinha os seis cêntimos para me dar de troco, devia estar com medo que eu o estivesse a subornar. Enfim a coisa lá se resolveu e para compensar o policia explicou-me o caminho de carro para a tal morada.
P.S. Sr Engenheiro VB se está a ler este post fica a saber a razão porque eu cheguei atrasado hoje de manhã e espero que não se importe que eu apresente uma pequena factura no valor exacto de 24,94 euros.
#3
2005-05-15
#2
2005-05-14
Um Caso Nacional 2
Eu tinha dito que voltava a conversar sobre este assunto neste fim-de-semana e aqui estou. Mas não quero comentar nada. Apenas acho, apesar de adepto, que o Benfica teve sorte. Que o Sporting vença a Taça da UEFA, é o meu desejo agora.
Eu tinha dito que voltava a conversar sobre este assunto neste fim-de-semana e aqui estou. Mas não quero comentar nada. Apenas acho, apesar de adepto, que o Benfica teve sorte. Que o Sporting vença a Taça da UEFA, é o meu desejo agora.
#1
O DIA DA CRIAÇÃO
"Porque Hoje É Sábado"
I
Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E nosso senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de nosso senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas, livrai-nos meu Deus, de todo o mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
Impossível fugir à essa dura realidade!
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.
II
Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado.
Há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado.
Há um homem rico que se mata
Porque hoje é sábado.
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado.
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado.
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado.
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado.
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado.
Há um grande espírito de porco
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado.
Há criancinhas que não comem
Porque hoje é sábado.
Há um pic-nic de políticos
Porque hoje é sábado.
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado.
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado.
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado.
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado.
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado.
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado.
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado.
Há um garden-party na cadeia
Porque hoje é sábado.
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado.
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado.
Umas difíceis, outras fáceis
Porque hoje é sábado.
Há um beber e um dar sem contas
Porque hoje é sábado.
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado.
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado.
Há um frenesi de dar bananas
Porque hoje é sábado.
Há uma sensação angustiante
Porque hoje é sábado.
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado.
Há uma comemoração fantástica
Porque hoje é sábado.
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado.
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado.
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado.
III
Por todas essas razões
Deveria ter sido riscado do Livro das Origens, o Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Ziat, e da divisão de luzes e trevas
E depois da separação das águas, e depois da fecundação da terra;
E depois da gênese dos peixes e das aves, e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade o homem não era necessário.
Nem tu mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres como as plantas, imovelmente e nunca saciada.
Tu que carrega no meio de ti o vórtice supremo da paixão
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias.
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor,
E simplesmente não existiríamos.
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas em queda invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da asfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor
Nem suaríamos o pão nosso de cada dia.
Não sofreríamos males de amor
Nem desejaríamos a mulher do próximo.
Não teríamos escola, serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda e missa de sétimo dia.
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde, das terras e das águas em núpcias.
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos;
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade.
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia,
E sim no Sétimo...
E, para não ficar com as mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente,
Porque era Sábado.
Vinícius de Melo Moraes
"Porque Hoje É Sábado"
I
Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E nosso senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de nosso senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas, livrai-nos meu Deus, de todo o mal.
Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.
Impossível fugir à essa dura realidade!
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.
II
Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado.
Há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado.
Há um homem rico que se mata
Porque hoje é sábado.
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado.
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado.
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado.
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado.
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado.
Há um grande espírito de porco
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado.
Há criancinhas que não comem
Porque hoje é sábado.
Há um pic-nic de políticos
Porque hoje é sábado.
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado.
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado.
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado.
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado.
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado.
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado.
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado.
Há um garden-party na cadeia
Porque hoje é sábado.
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado.
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado.
Umas difíceis, outras fáceis
Porque hoje é sábado.
Há um beber e um dar sem contas
Porque hoje é sábado.
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado.
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado.
Há um frenesi de dar bananas
Porque hoje é sábado.
Há uma sensação angustiante
Porque hoje é sábado.
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado.
Há uma comemoração fantástica
Porque hoje é sábado.
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado.
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado.
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado.
III
Por todas essas razões
Deveria ter sido riscado do Livro das Origens, o Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Ziat, e da divisão de luzes e trevas
E depois da separação das águas, e depois da fecundação da terra;
E depois da gênese dos peixes e das aves, e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade o homem não era necessário.
Nem tu mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres como as plantas, imovelmente e nunca saciada.
Tu que carrega no meio de ti o vórtice supremo da paixão
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias.
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor,
E simplesmente não existiríamos.
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas em queda invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da asfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor
Nem suaríamos o pão nosso de cada dia.
Não sofreríamos males de amor
Nem desejaríamos a mulher do próximo.
Não teríamos escola, serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda e missa de sétimo dia.
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde, das terras e das águas em núpcias.
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos;
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade.
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia,
E sim no Sétimo...
E, para não ficar com as mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente,
Porque era Sábado.
Vinícius de Melo Moraes
2005-05-13
Orgulho e vaidade...
Os meus Gatos e eu...hoje estamos “inchados”, não é que um famoso artista os pintou? Ahhh pois é....
E aconselho-vos a todos, a irem lá espreitar as maravilhas que naquela recente janela, da blogosfera, se fazem, e até se podem ter em casa!!!
Os meus Gatos e eu...hoje estamos “inchados”, não é que um famoso artista os pintou? Ahhh pois é....
E aconselho-vos a todos, a irem lá espreitar as maravilhas que naquela recente janela, da blogosfera, se fazem, e até se podem ter em casa!!!
2005-05-12
Ladrão de Fogo
Pedro Paixão
"Trago-te debaixo da minha pele. Apanhaste-me desprevenido. Atingiste-me o coração, pecado meu. E agora é tarde para tudo senão para escrever. O teu coração tão branco a bater perto de mim. Embora o não ouvisse sei que estava lá.
É tão estranho trazer em nós um coração. É tão estranho conter o sangue nas veias. Mas o mais estranho é amar.
Amar não se conjuga no condicional. É bem possível amar um assassino. O amor não tem partes nem tempo usual. Tudo altera. Tudo inverte. Tudo perdoa. Não é só uma coisa por dentro. Para uma pessoa que ame, o mundo torna-se amável. Para uma pessoa que não ame tudo parece estar prestes a desmoronar-se sem mais se levantar. As avalanches, as crianças mortas, a angústia tanto dos ricos como dos pobres. Nada saber fazer com as próprias mãos.
(...)
O amor é um animal selvagem que chega até nós em silêncio. Aloja-se em nós e ocupa cada ponto do nosso corpo, mais, toda a nossa vida. O seu poder de contaminação é total. Basta um só olhar. O amor é esse conflito permanente e completo: liberta e agarra, é doçura e amargura, refaz e desfaz, ressuscita e adormece, faz-nos sonhar e confronta-nos com a realidade pura e dura, dá à luz. Mas também tem o poder de nos matar.
(...)
Tu sabes, não sabes? Eu sei muito pouco, quase nada. De ti quero aprender tudo. O melhor e o pior. O resto é-me indiferente."
Pedro Paixão in Ladrão de fogo
Prime Books Sociedade Editorial
É o décimo sétimo livro de Pedro Paixão, mas nada nos traz de novo. Como em vários livros anteriores, o autor relata-nos o Homem, a depressão, os amigos, a solidão, as mulheres que chegam mas partem, o amor, o desamor, e muito xanax.
Pedro Paixão
"Trago-te debaixo da minha pele. Apanhaste-me desprevenido. Atingiste-me o coração, pecado meu. E agora é tarde para tudo senão para escrever. O teu coração tão branco a bater perto de mim. Embora o não ouvisse sei que estava lá.
É tão estranho trazer em nós um coração. É tão estranho conter o sangue nas veias. Mas o mais estranho é amar.
Amar não se conjuga no condicional. É bem possível amar um assassino. O amor não tem partes nem tempo usual. Tudo altera. Tudo inverte. Tudo perdoa. Não é só uma coisa por dentro. Para uma pessoa que ame, o mundo torna-se amável. Para uma pessoa que não ame tudo parece estar prestes a desmoronar-se sem mais se levantar. As avalanches, as crianças mortas, a angústia tanto dos ricos como dos pobres. Nada saber fazer com as próprias mãos.
(...)
O amor é um animal selvagem que chega até nós em silêncio. Aloja-se em nós e ocupa cada ponto do nosso corpo, mais, toda a nossa vida. O seu poder de contaminação é total. Basta um só olhar. O amor é esse conflito permanente e completo: liberta e agarra, é doçura e amargura, refaz e desfaz, ressuscita e adormece, faz-nos sonhar e confronta-nos com a realidade pura e dura, dá à luz. Mas também tem o poder de nos matar.
(...)
Tu sabes, não sabes? Eu sei muito pouco, quase nada. De ti quero aprender tudo. O melhor e o pior. O resto é-me indiferente."
Pedro Paixão in Ladrão de fogo
Prime Books Sociedade Editorial
É o décimo sétimo livro de Pedro Paixão, mas nada nos traz de novo. Como em vários livros anteriores, o autor relata-nos o Homem, a depressão, os amigos, a solidão, as mulheres que chegam mas partem, o amor, o desamor, e muito xanax.
2005-05-11
Sahara
Um filme de Breck Eisner, com Matthew McConaughey, Steve Zahn e Penelope Cruz.
Mais um filme de aventuras, desta vez baseado no best-seller de Clive Cussler, “Sahara”.
Dirk e Al, comparsas há muitos anos, dedicam-se a procurar tesouros ao serviço da NUMA - National Underwater Marine Agency. Acidentalmente conhecem Eva Rojas uma médica ao serviço da OMS, que tenta descobrir a causa de uma epidemia mortal. Para tal juntos embarcam para o Maui, vivendo “extraordinárias” aventuras cheias de acção e muitos perigos.
Um filme de puro entretenimento, que nem sempre tem piada, posicionando-se bem longe de um Indiana Jones. De qualquer forma, para os mais novos, talvez seja de ver, de salientar apenas Steve Zahn, que apesar de estar em papel de secundário tem muito mais piada que o Matthew McConaughey.
Um filme de Breck Eisner, com Matthew McConaughey, Steve Zahn e Penelope Cruz.
Mais um filme de aventuras, desta vez baseado no best-seller de Clive Cussler, “Sahara”.
Dirk e Al, comparsas há muitos anos, dedicam-se a procurar tesouros ao serviço da NUMA - National Underwater Marine Agency. Acidentalmente conhecem Eva Rojas uma médica ao serviço da OMS, que tenta descobrir a causa de uma epidemia mortal. Para tal juntos embarcam para o Maui, vivendo “extraordinárias” aventuras cheias de acção e muitos perigos.
Um filme de puro entretenimento, que nem sempre tem piada, posicionando-se bem longe de um Indiana Jones. De qualquer forma, para os mais novos, talvez seja de ver, de salientar apenas Steve Zahn, que apesar de estar em papel de secundário tem muito mais piada que o Matthew McConaughey.
Festival de Cannes
Começou hoje o 58º Festival de cinema de Cannes, prolongando-se até dia 22. Alguns nomes sonantes já conhecidos irão participar, tal como Gus Van Sant, Lars Von Trier, Wim Wenders, Jean-Pierre e Luc Dardenne. Este ano o júri é presidido por Emir Kusturica.
Ao todo irão estar a concurso 21 filmes.
Fora de competição serão apresentados os filmes, Episódio III-Guerra das Estrelas, e Match Point de Woody Allen, entre outros.
De salientar a homenagem que irá ser feita ao actor James Dean, 50 anos depois do fatal acidente da sua morte. Serão expostas fotografias, e J. Sheridan apresentará um documentário sobre o actor – Forever Young.
Começou hoje o 58º Festival de cinema de Cannes, prolongando-se até dia 22. Alguns nomes sonantes já conhecidos irão participar, tal como Gus Van Sant, Lars Von Trier, Wim Wenders, Jean-Pierre e Luc Dardenne. Este ano o júri é presidido por Emir Kusturica.
Ao todo irão estar a concurso 21 filmes.
Fora de competição serão apresentados os filmes, Episódio III-Guerra das Estrelas, e Match Point de Woody Allen, entre outros.
De salientar a homenagem que irá ser feita ao actor James Dean, 50 anos depois do fatal acidente da sua morte. Serão expostas fotografias, e J. Sheridan apresentará um documentário sobre o actor – Forever Young.
2005-05-10
Um Caso Nacional
Ainda vamos em terça-feira e já se agitam as águas. Como prenúncio de Tsunami que varrerá a segunda circular lá para a noite de Sábado. A minha proximidade com o epicentro do terramoto, poderia fazer-me recear pelas janelas amplas expostas para a Avenida do Colégio Militar, mas nem por isso me preocupo com o perigo eminente. Estou habituado a ver as hostes passarem, por vezes com mais aparato de segurança do que militantes das causas. O que me faz espécie à cabeça mesmo é ver uma data de jovens a vociferar contra causa nenhuma. Por coisa nenhuma. Porque o futebol deixou de ser um desporto e passou a ser uma indústria como outra qualquer. É por isso que, apesar da minha simpatia pela equipa da Luz, me estou nas tintas para o resultado. Que vença simplesmente o melhor ou o que for bafejado pela sorte. Numa de desportivismo, deixo os parabéns antecipados aos meus amigos do Clube de Alvalade. Mas, à cautela, a gente volta a conversar no próximo fim-de-semana, tá?
Ainda vamos em terça-feira e já se agitam as águas. Como prenúncio de Tsunami que varrerá a segunda circular lá para a noite de Sábado. A minha proximidade com o epicentro do terramoto, poderia fazer-me recear pelas janelas amplas expostas para a Avenida do Colégio Militar, mas nem por isso me preocupo com o perigo eminente. Estou habituado a ver as hostes passarem, por vezes com mais aparato de segurança do que militantes das causas. O que me faz espécie à cabeça mesmo é ver uma data de jovens a vociferar contra causa nenhuma. Por coisa nenhuma. Porque o futebol deixou de ser um desporto e passou a ser uma indústria como outra qualquer. É por isso que, apesar da minha simpatia pela equipa da Luz, me estou nas tintas para o resultado. Que vença simplesmente o melhor ou o que for bafejado pela sorte. Numa de desportivismo, deixo os parabéns antecipados aos meus amigos do Clube de Alvalade. Mas, à cautela, a gente volta a conversar no próximo fim-de-semana, tá?
Encontro em Jerusalém
Francisca e Afonso são um casal de repórteres, que se conheceram num cenário de guerra na Terra Santa. Passam também pelas guerras do Golfo e da Bósnia. Mas ao longo do romance, o casal apesar da cumplicidade que os une, vai passar por uma dura prova de vida.
Tiago Rebelo, apresenta-nos uma história de amor, em vários cenários de guerra, entre explosões, olhares de crianças que morrem junto às suas Mães, “snipers” que não olham a meios, mulheres que levam a cabo atentados suicidas, um político que tenta conquistar votos através de queixas de facadas nas costas, uma menina desaparecida no Algarve, em que a Mãe presa é a principal suspeita, todos estes factos proliferam nas palavras do autor, ele próprio experiente de cenários de algumas guerras, e agarram-nos desde o início.
Este é o sexto romance de Tiago Rebelo, que recomendamos.
Como somos curiosos, questionamos o autor, que simpaticamente nos respondeu:
Farol: No seu livro temos vários cenários de guerra, que não devem ser fáceis, o Tiago também por lá passou, trouxe consigo algum trauma?
Tiago Rebelo: Nenhum trauma. Embora, como é evidente, não seja algo possível de esquecer.
Farol: No seu caso, como Pai de família, ao estar nesses cenários qual foi a sensação? Alguma das vezes se arrependeu de ter ido?
Tiago Rebelo: Bom, quando eu estive nestes cenários ainda não tinha filhos. Em todo o caso não me arrependi de nada, bem pelo contrário. As situações de conflito são a experiência maior que um jornalista pode ter.
Farol: Num momento político do seu livro, refere "facadas nas costas", inspirou-se nalgum dos nossos estimados políticos portugueses?
Tiago Rebelo: Sim, no que se refere à expressão e a algum tipo de actuação política desastrada que é descrita no livro. Mas é mesmo só inspiração, pois não pretende retratar uma situação ou um líder político concretos.
Farol: Neste romance, está presente a referência ao caso da criança desaparecida no Algarve - Joana Cipriano....O Tiago acredita, ou tem esperança, que a Joana, poderia ter tido um fim feliz como descreve a sua imaginação no livro?
Tiago Rebelo: Mais uma vez, trata-se da adaptação de um caso conhecido para uma história ficcionada. Como tal, não pretende tirar qualquer conclusão sobre o caso verdadeiro. E a resposta é não, não acredito e já não tenho esperança nenhuma de que o caso da Joana tenha um final feliz.
Francisca e Afonso são um casal de repórteres, que se conheceram num cenário de guerra na Terra Santa. Passam também pelas guerras do Golfo e da Bósnia. Mas ao longo do romance, o casal apesar da cumplicidade que os une, vai passar por uma dura prova de vida.
Tiago Rebelo, apresenta-nos uma história de amor, em vários cenários de guerra, entre explosões, olhares de crianças que morrem junto às suas Mães, “snipers” que não olham a meios, mulheres que levam a cabo atentados suicidas, um político que tenta conquistar votos através de queixas de facadas nas costas, uma menina desaparecida no Algarve, em que a Mãe presa é a principal suspeita, todos estes factos proliferam nas palavras do autor, ele próprio experiente de cenários de algumas guerras, e agarram-nos desde o início.
Este é o sexto romance de Tiago Rebelo, que recomendamos.
Como somos curiosos, questionamos o autor, que simpaticamente nos respondeu:
Farol: No seu livro temos vários cenários de guerra, que não devem ser fáceis, o Tiago também por lá passou, trouxe consigo algum trauma?
Tiago Rebelo: Nenhum trauma. Embora, como é evidente, não seja algo possível de esquecer.
Farol: No seu caso, como Pai de família, ao estar nesses cenários qual foi a sensação? Alguma das vezes se arrependeu de ter ido?
Tiago Rebelo: Bom, quando eu estive nestes cenários ainda não tinha filhos. Em todo o caso não me arrependi de nada, bem pelo contrário. As situações de conflito são a experiência maior que um jornalista pode ter.
Farol: Num momento político do seu livro, refere "facadas nas costas", inspirou-se nalgum dos nossos estimados políticos portugueses?
Tiago Rebelo: Sim, no que se refere à expressão e a algum tipo de actuação política desastrada que é descrita no livro. Mas é mesmo só inspiração, pois não pretende retratar uma situação ou um líder político concretos.
Farol: Neste romance, está presente a referência ao caso da criança desaparecida no Algarve - Joana Cipriano....O Tiago acredita, ou tem esperança, que a Joana, poderia ter tido um fim feliz como descreve a sua imaginação no livro?
Tiago Rebelo: Mais uma vez, trata-se da adaptação de um caso conhecido para uma história ficcionada. Como tal, não pretende tirar qualquer conclusão sobre o caso verdadeiro. E a resposta é não, não acredito e já não tenho esperança nenhuma de que o caso da Joana tenha um final feliz.
2005-05-09
A Queda
Um filme de Oliver Hirschbiegel, com Bruno Ganz, Alexandra Maria Lara, Juliane Köhler, Corinna Harfouch, Ulrich Matthes.
Baseado nas memórias de Traudl Junge, estenógrafa de Hitler, um filme que nos conta os últimos dias da vida do ditador, que se refugiou num bunker.
Berlim 1945, Hitler e os seus compatriotas, estão cercados pelos russos mas não cedem perante à pressão. O ditador recusa-se a abandonar Berlim, e prepara o seu suicídio, chegando mesmo a dar ordens a um soldado, para que depois de morto este queime o seu corpo, pois assim evitará cair nas mãos do inimigo.
Alguns soldados desertam, muitos documentos são queimados sob as ordens de Hitler. Muitos homens suicidam-se, mas Hitler mantém-se firme no seu propósito, custe o que custar, liquidando inclusive o seu próprio povo, que terá de pagar por ser fraco.
Há quem acuse este filme, de se permitir criar alguma empatia para com o ditador, ao mostrar o seu lado mais humano, eu não vi humanidade alguma, ou seja nenhuma humanidade transcendente, obviamente Hitler era humano, não era um robot, daí não que não entendo muito bem quando leio sobre a tal “humanidade” demonstrada pelo filme...
As interpretações são boas, o filme é um pouco asfixiante, também devido à atmosfera do bunker...De resto é um documento que se vê.
De salientar a cena mais marcante de todo o filme, em que Magda Goebbels envenena os seus seis filhos adormecidos.
Um filme de Oliver Hirschbiegel, com Bruno Ganz, Alexandra Maria Lara, Juliane Köhler, Corinna Harfouch, Ulrich Matthes.
Baseado nas memórias de Traudl Junge, estenógrafa de Hitler, um filme que nos conta os últimos dias da vida do ditador, que se refugiou num bunker.
Berlim 1945, Hitler e os seus compatriotas, estão cercados pelos russos mas não cedem perante à pressão. O ditador recusa-se a abandonar Berlim, e prepara o seu suicídio, chegando mesmo a dar ordens a um soldado, para que depois de morto este queime o seu corpo, pois assim evitará cair nas mãos do inimigo.
Alguns soldados desertam, muitos documentos são queimados sob as ordens de Hitler. Muitos homens suicidam-se, mas Hitler mantém-se firme no seu propósito, custe o que custar, liquidando inclusive o seu próprio povo, que terá de pagar por ser fraco.
Há quem acuse este filme, de se permitir criar alguma empatia para com o ditador, ao mostrar o seu lado mais humano, eu não vi humanidade alguma, ou seja nenhuma humanidade transcendente, obviamente Hitler era humano, não era um robot, daí não que não entendo muito bem quando leio sobre a tal “humanidade” demonstrada pelo filme...
As interpretações são boas, o filme é um pouco asfixiante, também devido à atmosfera do bunker...De resto é um documento que se vê.
De salientar a cena mais marcante de todo o filme, em que Magda Goebbels envenena os seus seis filhos adormecidos.
2005-05-07
25 momentos na história da blogosfera
Trata-se de um documento bem interessante para quem se interessa pelos blogues em Portugal. Claro que o acho algo incompleto... nem fala do Farol.
Trata-se de um documento bem interessante para quem se interessa pelos blogues em Portugal. Claro que o acho algo incompleto... nem fala do Farol.
Alta Velocidade
No Puxapalavra discute-se a Alta Velocidade, local singular da blogoesfera para esta discussão dado tratar-se de um blog fundado pelo actual ministro do sector, Mário Lino.
Na minha perspectiva, o TGV é mais um avião que anda sobre carris, do que um comboio que se desloca depressa. Ou seja, se analisarmos o público alvo, o tipo de estações e serviços inerentes ao TGV aproximamo-nos bastante daquilo que é hoje o transporte aéreo.
Noutros termos, e no discurso de abertura do VI congresso da ADFER proferido por Jorge Sampaio, foi dito: a Alta Velocidade terá o seu mercado de eleição, no caso dos passageiros, na faixa de distâncias entre o “longo” do automóvel e o “curto” do avião, qualquer coisa entre os 200 e os 900 kms.
No entanto recordo-me nesse congresso de ouvir vários especialistas debaterem ideias antagónicas para a Alta Velocidade, como o T deitado (uma ligação a Espanha, e uma linha no litoral português), o PI deitado (duas ligações a Espanha e uma linha no litoral português), e ainda a questão da bitola (em Portugal a bitola, distância entre carris, é diferente da europeia); mas a verdade é que numa coisa todos estavam de acordo: a necessidade de fazer uma linha de Alta Velocidade em Portugal que ligasse Lisboa ao Porto, porventura estendida a Braga e ao Algarve.
Pois eu não concordo. A instalação dessa linha, que teria de ser feita de raiz, representava uma fortissímo investimento financeiro para conseguir reduzir de forma pouco significativa o tempo realizado, hoje em dia, pelos pendulares. Trata-se apenas de um bairrismo parolo de que também temos de ter o TGVêzinho cá no burgo.
O que realmente importa é a ligação Lisboa-Madrid dado, aí sim, existir mercado tanto mais que cada vez mais são maiores as ligações empresariais entre estas duas capitais. Uma linha de Alta Velocidade Lisboa - Madrid, sem paragens intermédias, concorreria fortemente com o transporte aéreo e colocaria Portugal bem mais perto do resto da Europa.
A título de exemplo, e para ver a actual situação, pesquisei num dos sites que promovem a ligação Londres - Lisboa por comboio e retirei os seguintes tempos:
- Londres - Paris (Eurostar) - 3:38 horas
- Paris - Irun (TGV) - 5:30 horas
- Irun- Lisboa - 12:41 horas,
é preciso dizer mais ?
2005-05-06
hoje o dia amanheceu verde...
Parabéns !
Parabéns !
2005-05-05
Vera Drake
Só agora tive oportunidade de ver este filme, que concorreu aos óscares pelo menos na categoria de melhor actriz - Imelda Staunton. Recomendo.
Um filme de Mike Leigh, com Imelda Staunton, Jim Broadbent, Phil Davis, Peter Wright, Adrian Scarborough, Heather Craney, Daniel Mays, Alex Kelly, Sally Hawkins, Eddie Marsan, Ruth Sheen, Helen Coker, Martin Savage, Sinead Matthews, Fenella Wollgar.
Reino Unido, anos 50, Vera Drake, é uma mulher muito simples dedicada à família, e à comunidade onde habita, sempre pronta a ajudar alguém, trabalhando como empregada de limpeza em várias casas, e sempre sorrindo para a vida. Através de uma amiga chegam-lhe vários pedidos de ajuda, de mulheres que pretendem abortar, aos quais Vera acede, sem receber nada em troca, e sem o revelar à sua própria família. Acontece que um dos abortos corre mal, a rapariga é hospitalizada e a mãe desta, sob pressão acaba por revelar que Vera Drake foi quem induziu o aborto.
É aqui que a pacata vida de Vera desaba, é presa, a família sabe a verdade, e ela fica destroçada.
Este filme, passa-se nos anos 50, mas tendo em atenção a nossa actualidade torna-se um bom exemplo, para ver e mais uma vez, alguns reflectirem.
Mike Leigh não aproveita o filme para defender ou não um aborto, apenas nos demonstra e muito bem, uma lei rígida e cínica, que pode ser contornada com hipocrisia pelos que podem, enquanto que os que menos podem é que a sofrem! De realçar o bom desempenho de Imelda Staunton, que com os seus olhos bem azuis marejados de lágrimas diz, “eu apenas queria ajudá-las...”
Penso que no Reino Unido o aborto foi legalizado em 1967.
Só agora tive oportunidade de ver este filme, que concorreu aos óscares pelo menos na categoria de melhor actriz - Imelda Staunton. Recomendo.
Um filme de Mike Leigh, com Imelda Staunton, Jim Broadbent, Phil Davis, Peter Wright, Adrian Scarborough, Heather Craney, Daniel Mays, Alex Kelly, Sally Hawkins, Eddie Marsan, Ruth Sheen, Helen Coker, Martin Savage, Sinead Matthews, Fenella Wollgar.
Reino Unido, anos 50, Vera Drake, é uma mulher muito simples dedicada à família, e à comunidade onde habita, sempre pronta a ajudar alguém, trabalhando como empregada de limpeza em várias casas, e sempre sorrindo para a vida. Através de uma amiga chegam-lhe vários pedidos de ajuda, de mulheres que pretendem abortar, aos quais Vera acede, sem receber nada em troca, e sem o revelar à sua própria família. Acontece que um dos abortos corre mal, a rapariga é hospitalizada e a mãe desta, sob pressão acaba por revelar que Vera Drake foi quem induziu o aborto.
É aqui que a pacata vida de Vera desaba, é presa, a família sabe a verdade, e ela fica destroçada.
Este filme, passa-se nos anos 50, mas tendo em atenção a nossa actualidade torna-se um bom exemplo, para ver e mais uma vez, alguns reflectirem.
Mike Leigh não aproveita o filme para defender ou não um aborto, apenas nos demonstra e muito bem, uma lei rígida e cínica, que pode ser contornada com hipocrisia pelos que podem, enquanto que os que menos podem é que a sofrem! De realçar o bom desempenho de Imelda Staunton, que com os seus olhos bem azuis marejados de lágrimas diz, “eu apenas queria ajudá-las...”
Penso que no Reino Unido o aborto foi legalizado em 1967.
2005-05-04
Questionário literário
Pois como não podia deixar de ser, mais cedo ou mais tarde, viriam bater à minha porta com o questionário que está a circular pela blogoesfera. Agradeço a lembrança ao José Alexandre Ramos que já foi cá da casa e que foi a única pessoa até hoje que achou que eu merecia uma entrevista aqui há um ano atrás.
Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Se eu fosse um livro ao invés de um leitor, o meu entretém, seria ver quem me lia... por isso acho que gostava de ser um best seller mundial, talvez O código da Vinci.
Já alguma vez ficaste apanhadinho por uma personagem de ficção?
Tenho uma tendência natural para me identificar sempre com alguma, ou várias, das personagens de ficção dos livros que estou a ler.
O caso mais grave (e esquizofrénico) foi o personagem do Tonto, morto, bastardo e invisível de Juan José Millás e o que arrasta há mais tempo é o Corto Maltese
Qual foi o último livro que compraste?
Memórias das minhas putas tristes do Gabriel Garcia Marquez.
Qual o último livro que leste?
Jerusalém do Gonçalo M. Tavares
Que livros estás a ler?
Noticías do paraíso de David Lodge
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Cinco livros em branco. Podia ser que numa ilha deserta arranjasse mais tempo para a escrita.
A quem vais passar este testemunho (3 pessoas) e porquê?
Aqui no Farol não posso passar ao Avelino porque lhe passaram ao mesmo tempo que a mim, nem à Henriqueta que anda por França e sabe-se lá quanto terá tempo para dar continuidade, por isso passo à Cristina.
E depois passo ao Guilherme da Lembranças dos Guerreiros e à Formiguinha Atómica porque não os conheço muito bem e uma forma de conhecer as pessoas é ver como elas se desembaraçam de questionários como este.
P.S. Penso que também que ainda não responderam...
Pois como não podia deixar de ser, mais cedo ou mais tarde, viriam bater à minha porta com o questionário que está a circular pela blogoesfera. Agradeço a lembrança ao José Alexandre Ramos que já foi cá da casa e que foi a única pessoa até hoje que achou que eu merecia uma entrevista aqui há um ano atrás.
Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Se eu fosse um livro ao invés de um leitor, o meu entretém, seria ver quem me lia... por isso acho que gostava de ser um best seller mundial, talvez O código da Vinci.
Já alguma vez ficaste apanhadinho por uma personagem de ficção?
Tenho uma tendência natural para me identificar sempre com alguma, ou várias, das personagens de ficção dos livros que estou a ler.
O caso mais grave (e esquizofrénico) foi o personagem do Tonto, morto, bastardo e invisível de Juan José Millás e o que arrasta há mais tempo é o Corto Maltese
Qual foi o último livro que compraste?
Memórias das minhas putas tristes do Gabriel Garcia Marquez.
Qual o último livro que leste?
Jerusalém do Gonçalo M. Tavares
Que livros estás a ler?
Noticías do paraíso de David Lodge
Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Cinco livros em branco. Podia ser que numa ilha deserta arranjasse mais tempo para a escrita.
A quem vais passar este testemunho (3 pessoas) e porquê?
Aqui no Farol não posso passar ao Avelino porque lhe passaram ao mesmo tempo que a mim, nem à Henriqueta que anda por França e sabe-se lá quanto terá tempo para dar continuidade, por isso passo à Cristina.
E depois passo ao Guilherme da Lembranças dos Guerreiros e à Formiguinha Atómica porque não os conheço muito bem e uma forma de conhecer as pessoas é ver como elas se desembaraçam de questionários como este.
P.S. Penso que também que ainda não responderam...
2005-05-03
O Fardo do Amor
Estreou na última 5ª feira O Fardo do Amor, um filme baseado na obra de Ian McEwan
Realizado por Roger Michell, com Daniel Craig, Rhys Ifans, Samantha Morton, Bill Nighy, Alexandra Aitken, Aoife Carroll, Rory Carroll, Susan Lynch, Anna Maxwell Martin, Helen McCrory, Rosie Michell, Justin Salinger, Lee Sheward, Bill Weston, Ben Whishaw.
O filme inicia-se com um pic-nic entre Joe e Claire, em que Joe pretende pedi-la formalmente em casamento. Mas inesperadamente surge no céu um balão de ar, em perigo com uma criança lá dentro. Um grupo de estranhos junta-se à volta do balão tentando a todo o custo salvar a criança, mas um deles perde tragicamente a vida.
Joe fica perturbado com o acontecimento, sente em si o fardo da culpa, e inesperadamente é contactado por Jed um dos estranhos que também esteve no local, que ao contrário de Joe carrega um outro fardo.
Jed a pouco e pouco vai invadindo a vida de Joe e Claire, perseguindo-o, e asfixiando a vida destes cada vez mais.
Um filme sobre o amor, a demência, a obsessão, a ver !
Estreou na última 5ª feira O Fardo do Amor, um filme baseado na obra de Ian McEwan
Realizado por Roger Michell, com Daniel Craig, Rhys Ifans, Samantha Morton, Bill Nighy, Alexandra Aitken, Aoife Carroll, Rory Carroll, Susan Lynch, Anna Maxwell Martin, Helen McCrory, Rosie Michell, Justin Salinger, Lee Sheward, Bill Weston, Ben Whishaw.
O filme inicia-se com um pic-nic entre Joe e Claire, em que Joe pretende pedi-la formalmente em casamento. Mas inesperadamente surge no céu um balão de ar, em perigo com uma criança lá dentro. Um grupo de estranhos junta-se à volta do balão tentando a todo o custo salvar a criança, mas um deles perde tragicamente a vida.
Joe fica perturbado com o acontecimento, sente em si o fardo da culpa, e inesperadamente é contactado por Jed um dos estranhos que também esteve no local, que ao contrário de Joe carrega um outro fardo.
Jed a pouco e pouco vai invadindo a vida de Joe e Claire, perseguindo-o, e asfixiando a vida destes cada vez mais.
Um filme sobre o amor, a demência, a obsessão, a ver !
2005-05-02
Interrogações religioso-sexuais
Um católico praticante tenta explicar-me, a mim que sou praticante mas não católico, o ponto de vista de igreja sobre as relações sexuais:
- Que o sexo só deve ser feito após o casamento. Que o sexo não deve ser praticado apenas por prazer, que não se devem, portanto, usar preservativos, que o controlo da natalidade se deve fazer pela abstinência e por aí fora. Em suma que o sexo visa apenas a reprodução.
É então que não me contenho e lhe pergunto: - Se Deus pensa realmente assim, porque é que fez o sexo tão bom e o acto de parir tão doloroso ?
Um católico praticante tenta explicar-me, a mim que sou praticante mas não católico, o ponto de vista de igreja sobre as relações sexuais:
- Que o sexo só deve ser feito após o casamento. Que o sexo não deve ser praticado apenas por prazer, que não se devem, portanto, usar preservativos, que o controlo da natalidade se deve fazer pela abstinência e por aí fora. Em suma que o sexo visa apenas a reprodução.
É então que não me contenho e lhe pergunto: - Se Deus pensa realmente assim, porque é que fez o sexo tão bom e o acto de parir tão doloroso ?
2005-05-01
Após ter pedido, infrutíferamente, ao meu marido para me tratar de um "afazer doméstico", sem que ele acedesse...eis que lhe enviei um mail, e não é que ele tratou?
As tecnologias são o máximo!
As tecnologias são o máximo!
Dia do Trabalhador
Imagem de primeiro 1º de Maio, em Chicago em 1886.
Dia da Mãe
Mãe! Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traz tinta encarnada para escrever estas coisas!
Tinta cor de sangue verdadeiro, encarnado!
Eu ainda não fiz viagens
E a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar.
Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um.
Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa.
Depois venho sentar-me a teu lado.
Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa.
Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exatamente para a nossa casa, como a mesa. Como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!
Poema de Almada Negreiros
Pintura de Picasso